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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

BRUXA ARGAICA



Apesar de ter surgido no ano de 1986, a banda Bruxa Argaica nunca teve uma grande exposição de seu nome, mesmo tendo lançado dois registros: “Consciência e “Ao Vivo”. O grupo é oriundo do Rio de Janeiro e sua musicalidade, mesmo não sendo adeptas de ‘rótulos’, transita entre o Heavy e o Thrash Metal, como se pode ouvir no recém-lançado álbum de estreia, intitulado “Poder Fatal”, lançado através do selo Dark Sun. Saibamos um pouco mais sobre a banda através das palavras do baterista “pequeno Lobo”.


Recife Metal Law – A Bruxa Argaica surgiu no longínquo ano de 1986, mas sua divulgação foi praticamente nula e quase nada se ouviu falar da banda durante todos esses anos. Por que a banda ficou nesse ostracismo?
“pequeno Lobo” –
Não houve ostracismo, apenas falta de grana para uma maior divulgação, pois a mola mestra para tal é essa, além do próprio desinteresse da mídia aqui no Rio de Janeiro. Até fomos em programas da TV aberta, como Atitude.com da TVE, e na Rua-JBTV, o que nos projetou em diversos locais do país.

Recife Metal Law – O nome da banda é bem peculiar, e o release diz que é uma homenagem a alguns gênios musicais. Quais seriam esses gênios musicais e como esse nome se encaixa no perfil da banda?
“pequeno Lobo” –
Hendrix, Bach e muitos outros que, indubitavelmente, foram “bruxos” musicais, sem falar em Hermeto Pascoal, é claro. Em nosso novo site (www.argaica.com.br) isso se explica melhor.

Recife Metal Law – Com relação aos nomes citados como gênios musicais, como eles influenciam a sonoridade da Bruxa Argaica?
“pequeno Lobo” –
Procuramos pegar a essência desses gênios e as adaptar da melhor forma ao nosso trabalho.

Recife Metal Law – Apesar de todos os anos de estrada, a banda pouco produziu, e só apresentando dois trabalhos, que eu tenho conhecimento, até hoje. Um deles é um “Ao Vivo” lançado em 2004. Qual é o ‘track list’ que compõe esse material?
“pequeno Lobo” –
Temos o disco “Consciência”, anterior ao “Ao Vivo”, também independente, e acreditamos ser melhor poucas produções, mas com qualidade, além da já relatada falta de grana, pois somos assalariados, como a maioria da população brasileira.

Recife Metal Law – Recentemente a banda lançou o álbum “Poder Fatal”, via Dark Sun Label. Como surgiu a oportunidade de trabalhar com esse selo e de que forma vem sendo trabalhada a divulgação desse full lenght?
“pequeno Lobo” –
O titular do selo, Ader Jr., já conhecia nosso trabalho há algum tempo e se interessou em investir em um sonho antigo nosso: ter um disco oficial lançado aqui e fora daqui. Essa divulgação está mais centrada a ele, especificamente, pois sem sua interferência não teríamos condições para tal, afinal não somos ‘maludos’, como alguns músicos e bandas do cenário nacional. Agradecemos muito a ele por isso e ressaltamos sua importância, pois já fez o mesmo por outras bandas daqui.

Recife Metal Law – Esse álbum conta com 12 músicas em mais de uma hora de duração, ou seja, o álbum vem com músicas, de certo modo, longas. As músicas contidas em “Poder Fatal” são músicas feitas durante toda a carreira da banda?
“pequeno Lobo” –
Carregamos a influência de ícones dos anos 70/80 e fazemos nosso trabalho pautado em liberdade de composições, tanto em letras, arranjos, etc. Não nos limitamos a padrões e a coisa flui naturalmente.

Recife Metal Law – A musicalidade da banda traz diversas influências, porém, basicamente, faz um Heavy Metal com influência da NWOBHM e das bandas nacionais de meados da década de 80. Como vocês definiriam a música da Bruxa Argaica?
“pequeno Lobo” –
As semelhanças ocorrem ao acaso, se é que isso existe, mas não temos rótulos, modismos. Apenas compomos todo o trabalho sem nos preocuparmos com tais definições. Isso fica a critério do público ou da crítica, que atribui arbitrariamente tais etiquetas. Friso que não somos uma banda de Heavy Metal, mas de som pesado, que abrange do Progressivo ao Extremo, passando por todas as vertentes musicais que possam existir.

Recife Metal Law – Por falar em influência, os vocais da música “Cobaias Malignas” me remeteu, de imediato, aos vocais feitos por Carlos Lopes (Dorsal Atlântica), assim como a sonoridade de tal música tem certa influência de sua antiga banda. Isso foi algo proposital?
“pequeno Lobo” –
Atentando para outras obras nossas, temos “A Escolha”, que nos remete ao Judas Priest na pegada; “Anjos”, que nos remete a Pink Floyd, e por aí vai... Admiramos e respeitamos a Dorsal, o Carlos, assim como Azul Limão e tantas outras referências de boa música nacional, mas quaisquer semelhanças são meros acasos, somente. Como disse, fazemos um trabalho sem rótulos, mas bem pesado.

Recife Metal Law – As letras das músicas falam basicamente das mazelas sociais, capitalismo, maldade, ganância, etc. Quem é o responsável pelas letras da banda? Esse será o tema que sempre será seguido?
“pequeno Lobo” –
Todos colaboram em letras, arranjos e tudo que diz respeito às músicas da Bruxa. Falamos sobre as verdades que compõem nosso dia a dia e ‘pra não dizer que não te falei de flores’, provocamos a reflexão nas pessoas. Quem sabe, não partimos para algo apenas instrumental no futuro?

Recife Metal Law – Com relação aos shows, a banda vem recebendo muitos convites para se apresentar ao vivo? Quais as exigências que vocês fazem para se apresentar?
“pequeno Lobo” –
Não exigimos nada, além de uma estrutura adequada para tal, em todos os sentidos no local, seja onde for.

Recife Metal Law – O que a Bruxa Argaica pretende fazer para que seu nome se mantenha em voga, após o lançamento de seu primeiro álbum?
“pequeno Lobo” –
Trabalhar, trabalhar e trabalhar muito, pois, como já disse, somos trabalhadores humildes e assalariados. Além disso, nos mantemos sempre na ativa, enquanto muitas bandas ‘jogam a toalha’, por inúmeros motivos, os quais todos conhecem bem aqui em nosso país. Finalizo agradecendo a oportunidade de poder falar mais a respeito do trabalho da Bruxa Argaica. Lembranças da Bruxa a todos! “A Bruxa está solta, sobrevoando os labirintos da consciência de quem pensa além”.

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação e Márcio Leandro

 
 
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