Das Reich foi o nome de uma divisão blindada do exército nazista, na II Guerra Mundial, mas essa banda gaúcha não tem sua temática dirigida ao nazismo, nem tampouco seus integrantes são simpatizantes dos ideais de Hitler. A Das Reich surgiu no ano de 1998 na cidade turística de Gramado, e de lá para cá lançaram dois materiais: a Demo “A Perfect Sign of God” (2004, onde também a temática lírica não tem qualquer ligação com o cristianismo, muito pelo contrário, basta olhar a capa e saber a razão para o título) e o EP “Sounds From the End of the World” (2008). Atualmente a banda vem trabalhando na composição de seu primeiro full lenght, o qual tem previsão de lançamento para o próximo ano de 2011. Nas palavras do vocalista Fabrício Dillenburg ficaremos sabendo um pouco mais a respeito da Das Reich.
Recife Metal Law – O release da Das Reich já avisa que o nome da banda foi escolhido por soar forte, e mesmo se tratando do nome de uma divisão blindada nazista usada na II Guerra Mundial, não existe qualquer ligação da banda com nazismo ou relações políticas. Mesmo com essa explicação, vocês já chegaram a ter problemas com o nome Das Reich?
Fabrício Dillenburg – Em primeiro lugar, é sempre um prazer responder a quem realmente se interessa pelo som da banda. Raramente damos entrevistas e, quando o fazemos, escolhemos a dedo para quem responderemos. Não por desprezo, mas justamente por termos cuidado com a imagem da banda. Consideramos um privilégio termos contato com pessoas bem esclarecidas e que realmente leem o que disponibilizamos. Então, é realmente um presente fazer parte desta mídia tão importante! Passemos, pois, ao assunto: por sorte, ainda não tivemos problemas de nenhum tipo, exceto por advertências estrangeiras às implicações relativas ao termo. Sabemos que é complicado, às vezes pensamos duas vezes sobre o nome, mas há de se convir que seja necessário um pouco de flexibilidade. É necessário que se entenda que a palavra Reich, em alemão, também remete a “Império”, e não única e exclusivamente ao I, II ou III (foram três, na história alemã, a propósito). Explicar, explicamos, mas é sempre preocupante que alguém venha com alguma bobagem. Por isso, na abertura do nosso site, pode ser lida na parte inferior uma advertência a propósito, incluindo a palavra ‘lixo’. Mais claro impossível. O problema é que há sempre aquele que não lê ou, pior, lê e não entende (ou não quer entender...). O fato é que, se houver qualquer relação sugerida por alguém, não hesitaríamos em processar até as últimas consequências. Afinal, como conhecemos História, não brincamos com esse tipo de coisa.
Recife Metal Law – A banda surgiu em 1998, quando os guitarristas Deleon e Carlos se juntaram ao baixista Deco. Como foi à procura pelos demais integrantes?
Fabrício – O baterista (Charles) entrou logo depois. Ele é irmão mais velho do guitarrista Deleon. Sim, sim, a banda é um complô familiar. Eu fui o último integrante da banda. Fui encontrado perambulando por aí, segundo alguns, já velho demais para cantar Heavy Metal (isso é sério. Foi dito com todas as letras). Ou seja, a ‘gurizada’ juntou a ‘velharada’ e deu no que deu. Nasceu a Das Reich. A formação nunca mudou, desde sua constituição inicial.
Recife Metal Law – Mesmo sem um nome ainda definido, vocês já tinham em pensamento fazer uma sonoridade na linha Heavy Metal tradicional?
Fabrício – Desde o princípio, nosso caminho foi esse. Toda nossa influência, enquanto banda e como base musical pessoal, estrutura-se sobre o Heavy Metal clássico. AC/DC, Judas Priest, Mercyful Fate, Black Sabbath, bandas que permanecem entre as novas com um papel de destaque, fizeram e fazem parte da nossa vida. As músicas nascem naturalmente porque elas são o que nós vivenciamos. Nós tocamos a partir do que ouvimos por décadas. Em essência, somos reflexo daquilo que nos construiu musicalmente. Todavia, há de se notar que não há uma fixação nisso. Há variações nas músicas da Das Reich, perceptíveis já entre os dois discos, e isso é fruto de expressões momentâneas do que sentimos e ouvimos. Na verdade, não desprezamos outros estilos ou épocas, apenas preferimos alguns. Títulos, nomes e rótulos não significam música de boa qualidade. E, de certa forma, algumas bandas são muito repetitivas e há muita enganação no som, com muitas firulas e pouco Heavy Metal de verdade. Querem fazer encenações mirabolantes, mas aquele som que ‘pega’, com peso e o impulso que o headbanger quer (e precisa!) não acontece. Preferimos nos manter no que acreditamos. E sabemos fazer.
Recife Metal Law – O primeiro lançamento da banda foi a Demo “A Perfect Sign of God”, que traz apenas duas músicas de autoria própria, juntamente com mais dois covers. Os covers foram justamente para mostrar as influências da Das Reich?
Fabrício – Sim e não. Os covers foram feitos porque queríamos muito gravar. Tínhamos duas músicas nossas prontas, e escolhemos então dois covers porque tocávamos ao vivo essas músicas. Solicitamos permissão e recebemos (emoção, emoção - receber uma mensagem da manager do Judas Priest!). Claro que a influência pesou, mas a escolha foi para fechar o primeiro CD. Queremos gravar outros covers de músicas que tocamos ao vivo, como “Children of the Sea”, que julgamos fantástica. Ainda mais agora, que o Dio se foi e sua voz vai nos fazer tanta falta. O que desejávamos era mostrar o que podíamos tocar, usar o CD como um cartão de apresentação da banda. Queríamos deixar claro que a banda podia tocar tanto músicas próprias quanto clássicos, e a coisa funcionaria – esse era o nosso recado. Há ainda outro aspecto: não havíamos entrado em estúdio ainda e era necessária a experimentação, até para entendermos o processo e conhecermos o estúdio. Então, porque não os covers? Por isso fizemos “A Perfect Sign of God” dessa forma.
Recife Metal Law – Atualmente a banda vem divulgando o excelente EP “Sounds From the End of the World”. Qual a motivo para escolher esse título para o EP, já que as letras das músicas não fazem menção ao fim do mundo?
Fabrício – Obrigado pelo ‘excelente’. Gostamos disso... O nome provém de duas coisas: primeiro, somos de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde o vento dobra a esquina e a cultura do Heavy Metal é muito pobre. Muito turismo, pouca cultura. Um fim do mundo. Mesmo assim, neste lugar, nós fizemos nosso som. Primeiro trocadilho. Segundo, o título está ligado à concepção que a capa aborda. Um tanto indefinida (e assim foi escolhida), a imagem está atribuída a um suposto fantasma. Pensamos que com o crescimento do discurso religioso fanatizado, que aborda a tudo e a todos indiscriminadamente, não respeitando absolutamente ninguém, e a mídia de grande porte insistindo não apenas em programas religiosos de fato, mas em discursos terrivelmente pretensiosos disfarçados em novelas e séries, chegamos a um estágio insuportável. Quando alguém começa a fazer declarações sobre o fim do mundo, sobre fantasmas e espíritos que assombram por aí, sobre feitiços e bobagens afins, é claro que a ciência e o conhecimento racional estão perdendo espaço. É nítido que as respostas corretas para as perguntas estão sendo manipuladas e escondidas. Aproveitam-se da ignorância das pessoas para meter medo e divulgar asneiras. Vejam bem, nada temos contra fé ou crença. Temos contra a religião organizada e manipulada, cujo único objetivo parece ser cobrir os buracos da vida financeira de um deus atrapalhado que está sempre com o caixa vazio! Para nós, é esse tipo de discurso, esse tipo de falta de vergonha na cara, que configura os sons do fim do mundo. O fim do mundo racional. O fim do mundo lógico e da liberdade de escolha, consumida pelo medo e escondida pela estupidez.
Recife Metal Law – Por falar nas letras, elas não vieram no encarte do EP, o que é uma pena, pois as músicas fazem com que o ouvinte queiram acompanhar suas letras. Por qual razão não inserir as letras no encarte?
Fabrício – Essencialmente, o custo foi o fator primordial. Todas as produções da banda saem dos bolsos dos músicos, e todos trabalham muito em empregos nem tão agradáveis quanto gostaríamos. Mas estamos melhorando. Não ganhamos nada de dinheiro com o Heavy Metal, mas insistimos em gastar cada vez mais com ele. Talvez o próximo CD contenha as letras. De qualquer forma, as letras estão disponíveis em diversos sites na internet, além de poderem ser baixadas no site da banda. Mas nem sempre conseguimos evitar que erros sejam reproduzidos, então pedimos que tenham tolerância com a divulgação. A intenção do pessoal é boa, a execução nem sempre. Mas tudo é válido.
Recife Metal Law – Ainda sobre as letras, elas falam sobre temas mitológicos, históricos e sobre filosofia. Como os integrantes trabalham a parte lírica da Das Reich? Existe um estudo prévio para que, após, as letras sejam construídas?
Fabrício – O processo de composição como um todo dar-se através da apresentação dos riffs por um ou por ambos os guitarristas, às vezes já com algumas baterias inclusas. A partir daí, as vozes são implementadas simultaneamente às letras. Aliás, não consigo conceber um sem o outro, porque não sou um cantor, mas um vocalista mesmo, e busco expressar um sentido através da articulação dos sons, tentando moldar harmonicamente as frases. O canto é uma consequência. Se acontecer, ótimo. Mas nem sempre é assim, como algumas passagens mostram. A abertura de “Sedna Screams” expressa isso, bem como as passagens de “Seeds of Rage”, por exemplo. Depois de montarmos uma estrutura básica da música, com a letra constituída e o relato montado (o objetivo é sempre dizer alguma coisa ou tentar contar uma história com o maior nexo possível), vamos ao ensaio e construímos, moldamos, ajustamos até que tudo se encaixe para que a história se faça consistente. Pode acontecer de a estrutura musical ser tão boa que a letra se encaixa mais facilmente sobre ela, então é só realizar um trabalho de lapidação, de acabamento. Entretanto, todas as letras nascem de leituras e estudos. Podemos até falhar na transmissão, eventualmente, mas as lendas, os mitos e a história são muito bem estudados para não dizermos bobagens. Alguns ajustes podem ser feitos, como no caso da letra de “Seeds of Rage”, que trata da fundação de Tebas, uma polis grega, na qual representamos a serpente como “Satan’s Seal”, ou o selo de Satã. Obviamente, na Grécia antiga o conceito cristão de Satã não existia, sequer existia o próprio cristianismo, mas para fins musicais, soou bem e não implicou na destruição do sentido da música. Então, é válido, embora tenhamos consciência de que é historicamente incorreto. Nada é posto por acaso ou lançado para ocupar espaço, apenas. Buscamos sempre um sentido contextual.
Recife Metal Law – O EP foi lançado de forma independente. Como tem sido a distribuição desse material? Ele tem chegado a muitas pessoas?
Fabrício – O CD encontra-se em divulgação na Grécia e em algumas rádios dos EUA. Mas é tudo derivado de um trabalho boca-a-boca, de muito esforço entre o pessoal que é fã e que curte a banda. O alcance é limitado. Não temos gravadora ou distribuidora. Não temos patrocinadores. Não pagamos para tocar nosso som, não vendemos a banda através de grandes mecanismos, porque acreditamos no potencial da nossa música, então é tudo bastante difícil. Não queremos COMPRAR espaço. Queremos CONQUISTAR POR MÉRITO nosso espaço. Ou morrer tentando...
Recife Metal Law – No encarte existe um parágrafo onde a banda diz que trabalha arduamente para fazer seu som; que respeitem seus direitos autorais; que trabalha de forma independente e para quem quiser conhecer a música da banda deveria pagar por ela, pois só assim vocês terão condições monetárias de gravar um próximo trabalho. Porém todas as músicas feitas pela banda estão disponíveis para download em seu site. Isso não é paradoxal?
Fabrício – O fato não chega a se configurar como um paradoxo porque as músicas que estão disponíveis para download não têm a mesma qualidade, o mesmo peso, nem estão completas, quando comparadas com os CDs. Na verdade, são amostras das músicas. Sem falar nas capas. Até já conversamos sobre disponibilizar os discos, mas é complicado, porque a qualidade realmente muda pela compressão dos arquivos, embora para muitos seja imperceptível. Por outro lado, como realmente pagamos cada centavo pelo nosso trabalho, ficaria muito difícil se não vendêssemos nenhum CD: sem a renda deles e dos shows, não poderíamos gravar. Esse é um motivo pelo qual levamos dois a três anos para entrarmos em estúdio. Não podemos nos dar ao luxo de nos dedicarmos somente à banda devido às nossas responsabilidades profissionais fora dela e porque não temos patrocínio.
Recife Metal Law – Ouvindo o EP dá para notar influências de bandas como Judas Priest, King Diamond e até mesmo o Overkill, mas mesmo assim a Das Reich apresenta certa peculiaridade em sua sonoridade. Como usar as influências para que não soem como plágio?
Fabrício – Se a coisa fica muito igual, nós mesmos nos policiamos. Mas o estilo é próprio, cada um tem suas influências, e é a liga, a mistura, que faz a banda. As músicas fluem de forma natural, e não há nada forçado. Terminamos uma música quando achamos que dá para terminar, e não forçamos coisa alguma. Pode levar mais de ano para que uma música seja finalizada, enquanto outras vão sendo acabadas. Gostaria de ter explicação para tanto, mas não tenho mesmo, honestamente. Penso que é o conjunto de elementos e, claro, a noção de que está soando ou não como algo que já ouvimos, que faz com que mudemos ou mantenhamos um riff ou uma linha de vocal, por exemplo. Mas admitimos que, de vez em quando, nós mesmos nos pegamos com um ‘isso parece Black Sabbath’, ou ‘isso está como um Mercyful Fate’ e tal. Não é, em absoluto, intencional. Está no sangue de quem ouviu isso a vida inteira. Mas, cá entre nós, também não é algo ruim. É como ser músico de blues e nunca ter tocado uma passagem igual a B. B. King. Simplesmente impossível...
Recife Metal Law – No fim de “The Blind Shepherd and his Deaf Sheeps” existe uma música incidental. Que música é aquela e qual o motivo para ela ser inserida justamente nessa faixa?
Fabrício – A música “The Blind Shepherd and his Deaf Sheeps” é complexa e exibe uma letra bastante crítica, que trata da passividade na aceitação manipuladora do Estado e da Igreja. Aliás, o nome, “O Pastor Cego e Suas Ovelhas Surdas” já diz muito, e foi sugerido por um amigo e fã da banda. A música incidental chama-se “Fly me to the Moon”, foi composta por Bart Howard (com outro nome: “In Other Words”), em 1954, e era cantada em cabarés até acabar imortalizada na voz de Frank Sinatra, numa gravação de 1964. Descontextualizadas (a música é uma canção de amor), as frases caíram como uma luva para a música, porque depois de tudo que é dito, ainda assim as pessoas permanecem como se nada acontecesse, como se tudo estivesse maravilhoso, como se estivessem, literalmente, em outro mundo: ‘eleve-me para a lua, deixe-me brincar entre as estrelas, deixe-me ver como é a primavera em Júpiter e Marte’. Só alguém sem noção para não se deixar afetar pela incompetência do Estado e pelos discursos enganosos de seitas e religiões, que trocam qualquer coisa por status e dinheiro. A intenção da música incidental é servir como um modelo de lunático (trocadilho infernal, este...) que permanece inerte, sedado pela ignorância, perdido entre as estrelas, apesar de tudo que acontece à sua volta. Também pode ser entendida, em outra interpretação, como ‘tire-me deste inferno que me cerca e leve-me para longe – o mundo que exploda!’. O clima de rádio antigo remete diretamente à época da música, um excelente trabalho feito pelo estúdio Nitro, por sinal. A propósito, a música foi tocada duas vezes pelos astronautas da NASA, nas missões da Apollo 10 e da Apollo 11, em suas missões à lua.
Recife Metal Law – Dá para perceber que o que motiva a Das Reich a continuar a fazer Heavy Metal é o seu amor pelo estilo. Mas fazer tal estilo, que muitas vezes não tem nem o apoio dos ditos headbangers, no Brasil, será que vale a pena?
Fabrício – No Brasil, falando profissionalmente, pouca coisa vale à pena. Trabalha-se muito, há muita picaretagem e pouca valorização. A ideia de que tudo que vem de fora é bom e o que está aqui pode ser relegado a um segundo plano continua forte, e são poucos que realmente sabem da dureza que é o cenário Metal, principalmente nas pequenas cidades. Há muitas bandas excelentes lutando por espaço para simplesmente sobreviver, enquanto a mediocridade grassa nas gravadoras e distribuidoras. Mas foi, é e pelo jeito sempre será assim. Um dia virá aquela conversa (quem já não ouviu??!) de que ‘a banda era boa, as músicas legais, boa banda – pena que acabou...’. Com mais de dez anos de estrada, sempre lutando, é muito complicado entender como as coisas funcionam e que interesses estão em jogo. Mas como já dissemos, acreditamos no nosso som, e sabemos que o que fazemos tem um valor intrínseco, ainda que pouco reconhecido. Além disso, temos nossos fãs cativos e um público fiel, que acompanha a banda seguidamente. E, claro, no final, é a música que faz a diferença. Gostamos demais do que fazemos. A Das Reich vem crescendo, inclusive fora do país, e não esperamos grandes sucessos – apenas o reconhecimento do nosso trabalho e a valorização do nosso esforço pelo e para o Heavy Metal. Modas vão e vem, somem em bandas que surgem e desaparecem em questão de meses. Mas o bom e velho Heavy Metal permanece acima disso, acima de qualquer moda. E nós vamos ficando, enquanto pudermos tocar, porque a banda é teimosa. E talvez isso aconteça porque nós não mentimos em nossa música. Jamais.
Recife Metal Law – Mesmo fazendo o que se gosta, vez ou outra encontramos obstáculos e decepções. Quais foram os maiores obstáculos e decepções já ocorridos com o Das Reich?
Fabrício – Shows são uma beleza... Sempre vem aquela conversa ‘na segunda vez vocês recebem...’, mas nunca há uma segunda vez. Bandas que prometem isso e aquilo são comuns; tocam conosco, compartilham público e sempre deixam um ‘vamos chamar vocês para shows’ - depois somem do mapa. Não precisam ficar prometendo coisas que não vão fazer. Acabam passando por mentirosos. E é muito chato. E as bandas podres, que vem, aprontam e ainda acham que tem razão, porque tratam as outras bandas – e o nosso público - como lixo. É o caso da Shaman, da qual não queremos sequer ouvir falar. Nunca mais. O que mais irrita, definitivamente, é o desrespeito, o estrelismo e a falta de profissionalismo. Tudo é feito à base do ‘meia-boca’. Por isso valorizamos tanto o pessoal que organiza de forma competente alguns festivais e shows da região. Como músicos e parceiros, sabem das dificuldades e investem em prol de um objetivo, que é oferecer shows de qualidade para quem gosta do estilo. Especificamente, foram tantas as frustrações que fica difícil listar.
Recife Metal Law – O EP já tem um tempo de lançado, então para quando teremos mais músicas inéditas da Das Reich?
Fabrício – Estamos em trabalho de composição do novo CD. Há várias músicas novas sendo desenvolvidas, e acreditamos que antes do final do primeiro semestre de 2011 nosso novo disco deve estar disponível. Tradicionalmente, iniciamos as gravações dos discos no final do ano. Nossos agradecimentos a todos vocês pelo apoio e pela inteligência apresentada nas questões. Em nome da Das Reich, muito obrigado.