Em entrevista ao portal Whiplash!, Camilla Raven e Dewindson Wolfheart, membros da banda de Gothic Metal Ravenland, falaram sobre a saturada cena do Gothic Metal, sua ligação com bandas como Theatre of Tragedy e Lake of Tears, entre outros temas. A matéria foi realizada pelo redator Ben Ami Scopinho, responsável também por resenhar o novo álbum do grupo, “...and a Crow Brings Me Back”, onde elogiou suas composições e citou o reconhecimento da banda por parte do público como “o maior representante do Gothic Metal em território brasileiro”. Confira abaixo alguns trechos da entrevista.
Whiplash!: Em 1996, quando a Ravenland começou suas atividades, não havia tantas bandas como a saturada cena gótica dos últimos tempos. Até onde venho acompanhando, vocês pretendem adicionar novos elementos para reforçar suas próprias características. Poderiam adiantar que elementos seriam estes?
Camilla Raven: Sim. Hoje em dia é difícil inovar em um estilo que já existe e acabar se limitando por se preocupar tanto com a inovação e não com a qualidade das composições. Considero o diferencial da Ravenland, além dos vocais fugirem do comum “a Bela e a Fera”, a mistura que fazemos de Rock 80’s com o peso do Metal. Acredito que se não tivéssemos algum diferencial, não conseguiríamos atrair várias tribos como o que está acontecendo. Recebemos elogios de pessoas que curtem Black Metal, Gothic Metal, Dark Wave e até mesmo Pop e de pessoas que não são tão ligadas a música, é muito comum ouvirmos “...não curto Metal Gótico, mas a banda de vocês eu gosto”. Isso é importante pra gente, pois abre as portas para o nosso estilo ser mais conhecido. Sei que ele não é comum aqui no Brasil, isso é fato, é cultural, como, por exemplo, o Within Temptation que sempre passa na TV aberta na Holanda. Mas enfim, podemos fazer com que a cena cresça e se fortaleça um pouco mais. Além de termos conseguido atrair outros públicos, não fugimos do estilo a que somos comprometidos! E você pode sentir influências de outras bandas em nossas músicas, afinal, é a nossa bagagem, é o que ouvimos desde sempre, uma idéia surge de outra ou outras que já foram criadas antes e que se espelharam em outras idéias anteriores. É sempre assim, mas além de sentir essas influências, nunca nos disseram que tal música nossa era cópia de outra, considero isso o mais importante.
Whiplash!: Outro importante envolvido em “...And A Crow Brings Me Back” é Tommy Lindal, ex-Theatre Of Tragedy. Como rolou o contato e até onde ele se envolveu nas composições em que participou?
Wolfheart: O Tommy já era um grande amigo do meu afilhado Cláudio Lago, então o Cláudio apresentou nosso trabalho ao Tommy e ele gostou bastante. O Cláudio comentou sobre a admiração do Tommy sobre a Ravenland, então a Camilla teve a excelente idéia de convidá-lo a participar do disco, e quando fizemos o convite, ele topou na hora! Hoje temos uma grande amizade e respeito pelo Tommy, até porque ele é muito humilde e legal, um norueguês quase brasileiro. Seu nome trouxe grande peso ao nosso disco, pois ele foi um dos fundadores do Theatre Of Tragedy, que, junto ao Paradise Lost, é praticamente uma das bandas responsáveis diretamente pela criação deste estilo Gothic Metal.
Whiplash!: Tendo liberado há pouco “...And A Crow Brings Me Back”, e tendo em vista seus planos para o futuro, qual o significado de ‘Ravenland’ para seus músicos?
Camilla Raven: A Ravenland, desde o inicio, sempre teve o significado de objetivo de vida para nós. Estamos lutando pelo nosso espaço, e acreditar no nosso trabalho, colocar a nossa alma em nossas músicas e ter o comprometimento com a banda, isso parte de todos os integrantes da Ravenland. Somos uma família e queremos tocar e evoluir juntos, por muito tempo ainda, e mostrar a nossa música ao mundo.
A matéria pode ser conferida na íntegra em aqui.
Links relacionados:
[email protected]
www.ravenland.net
www.myspace.com/ravenland