Houve um tempo em que o Thrash Metal passou por certa “crise”, mesmo sendo um estilo bastante popular no meio Heavy Metal. E mesmo passando por tal momento crítico, o estilo nunca deixou de existir, com algumas bandas, na época, surgindo e apostando em fazer esse tipo de música. Entre essas bandas está o Bywar, que surgiu em 1996, quando muitas bandas que fizeram o estilo popular procuravam por outros caminhos. Desde então, o Bywar lançou diversos álbuns, passou por momentos conturbados, mas sempre se manteve firme e forte, fazendo a música que gosta, inclusive criando um som bem próprio, mas sem fugir das raízes do Thrash Metal. E isso pode ser conferido no novo álbum de estúdio, “Abduction”, um dos melhores já lançados pela banda. Na entrevista a seguir Enrico Ozio (bateria) e Hélio Patrizzi (baixo) nos falam mais a respeito do novo álbum, entre outros tópicos. Confiram!
Recife Metal Law – Com exceção do primeiro para o segundo álbum, os demais foram lançados com intervalos de quatro anos. Alguma explicação para que isso ocorresse?
Enrico Ozio – Sim, nos dois tivemos alguns problemas. Tanto no “Twelve Devil’s Graveyards” quanto no “Abduction”, tínhamos trocado de gravadora, e todo o processo de negociação com estúdio acabou demorando um pouco. No “Twelve Devil’s Graveyards” nós tivemos um problema com a finalização do álbum e envio para fábrica, que acabou atrasando ainda mais. Já no “Abduction” tínhamos um planejamento de mixar e masterizar o álbum fora do Brasil, o que acabou não acontecendo por problemas com o técnico que o faria. Com essas idas e vindas de material/negociação o processo foi se estendo ainda mais. Em minha opinião, algo normal para bandas brasileiras. Entretanto, hoje estamos bem felizes depois de tudo isso! Hélio Patrizzi – Esse é o tipo de problema que foge ao controle da banda. Só nos restando mesmo tentar resolvê-lo da melhor forma possível. Não é o tipo de problema que é fácil de prever e evitar seus efeitos.
Recife Metal Law – Antes do lançamento do novo álbum, houve a participação da banda em três splits, porém as músicas que fizeram partes de tais splits foram todas retiradas de lançamentos anteriores (exceto o split intitulado “Booze Brothers Vol. 1”, lançado em vinil 7’ Picture, que conta com dois covers). Vocês cogitaram a possibilidade de incluir, em algum split, alguma música nova, como uma espécie de prévia do que estaria por vir?
Ozio – Na época não, pois só tínhamos as Demos da primeira pré-produção e esta estava sem qualidade adequada para um lançamento nesse formato. Talvez se fosse um EP só nosso poderíamos pensar em lançar assim mesmo, mas se tratando de material com outras bandas de qualidade não achamos uma boa! Mas quem sabe no futuro... Patrizzi – Um desses três splits (“Thrashing War”) nada mais é do que o relançamento de nosso primeiro álbum, “Invincible War”, em conjunto com um EP do Witchburner da Alemanha. Nosso primeiro lançamento já estava esgotado há algum tempo e resolvemos fazer um lançamento de estreia com a então nossa nova gravadora, Mutilation Records. Para valorizá-lo, o álbum recebeu o formato CD digipack. O “Booze Brothers Vol.1” foi outro lançamento em conjunto com o Witchburner, onde uma banda gravou um cover da outra e homenageou alguma outra banda que faz parte de suas influências. Já o “Two Shots of Thrash Metal” foi com o grego Crucifier. Nesse split, em formato vinil 7’, pegamos duas músicas para apresentar a banda à Grécia.
Recife Metal Law – Como estamos falando sobre os splits, ao todo, na carreira do Bywar, foram quatro lançados, e apenas um deles lançados com uma banda brasileira, na oportunidade o Violator. Isso quer dizer que o nome do Bywar está sendo bem divulgado fora do país, mais precisamente na Europa?
Ozio – Sim, com certeza, e vem aumentando nos últimos meses. Na época do “Invicible War” tivemos uma boa distribuição na Europa, especialmente na Alemanha. No decorrer dos anos ficamos mais próximos do pessoal do Desaster e Witchburner, o que fortaleceu ainda mais. Nos dois álbuns seguintes a distribuição ficou mais interna e poucas cópias foram para fora e agora, no “Abduction”, intensificamos essa distribuição internacional novamente.
Recife Metal Law – O recente lançamento da banda, “Abduction”, começou a ser concebido ainda em 2009. Como os músicos trabalharam na composição instrumental e lírica desse trabalho?
Ozio – Da mesma forma que sempre fizemos... Cada um traz uma ideia, vamos discutindo e juntando o material. A maior parte das composições (melodia) é feita pelo Adriano e Renan; depois que eles criam o “esqueleto” gravamos em MP3 e cada um, em sua casa, vai alimentando com ideias; no ensaio seguinte discutimos e finalizamos o som. Quanto à parte lírica, no caso dos guitarristas, na própria criação instrumental já começamos a ter uma ideia de como será, e depois vamos aprimorando. Nos demais casos, especificamente no meu, que gosto de escrever, passo a letra na maioria das vezes para o Adriano que adequa a música que fizemos para a letra. Patrizzi – Costumamos trabalhar dessa forma. Em síntese partimos de uma ideia central criada por algum dos integrantes e terminamos por desenvolvê-la durante os ensaios.
Recife Metal Law – Como um grande admirador do Bywar, desde o seu início, com a Demo (em K-7) “The Evil’s Attack”, devo dizer que cada lançamento feito pela banda é esperado com muita ansiedade por minha pessoa. E a ansiedade foi compensada com um álbum simplesmente magnífico! O que “Abduction” significa para a carreira do Bywar?
Ozio – Cara, primeiro queremos agradecer a você por essa admiração, valeu mesmo! Quanto ao “Abduction”, acredito que possa ser considerado como evolução. Não em relação somente ao lado musical, mas individual, de pessoas que enfrentam dificuldades no dia-a-dia, que não vivem da música e necessitam trabalhar para viver, mas que mesmo assim se esforçam para tentar ser, quem sabe um dia, músicos de verdade. De fato buscamos isso nesse disco, desde as composições, quanto à parte técnica – músicos e estúdio. Patrizzi – Acredito que signifique, além da vitória da banda e pessoal, também um marco em nossas carreiras. Conseguimos fazer um bom álbum, em um grande estúdio, com grandes profissionais, após muitos anos de batalhas intensas no Underground brasileiro. “Abduction” é também uma estreia com o pé direito na Mutilation Records. O pessoal da gravadora depositou muito esforço acreditando no Bywar e no “Abduction”. Acho que conseguimos fazer um álbum que nos deixou muito orgulhosos. Agradou a gravadora e os bangers que sempre nos apoiaram.
Recife Metal Law – Assim como no álbum anterior, vocês utilizaram um título que leva a acreditar se tratar de um álbum conceitual, mas apenas a Intro “... The Fourth Kind” e mais duas músicas falam sobre vida alienígena. Então qual foi à razão para se escolher tal título e capa para esse álbum?
Ozio – Nós quatro gostamos muito de ufologia, e esse tema é recorrente para a gente. Acho que foi natural, e algum álbum nosso, um dia, se chamaria “Abduction”... Foi agora... Ainda bem, vai que antes desse álbum alguém nos abduzisse! (risos) Patrizzi: (Risos)
Recife Metal Law – Continuando sobre a temática lírica, a mesma é bem diversificada em “Abduction”, falando sobre os já citados temas alienígenas, fenômenos sobrenaturais, Mitologia Nórdica, etc. Essa é uma forma de fugir dos principais temas falados no Thrash Metal, como guerras, caos social, destruição?
Ozio – Não considero que estamos fugindo de algo, simplesmente escrevemos o que queremos. As ideias surgem e vamos em frente com elas. Nós nunca sentamos e planejamos o que vamos escrever e tocar. A banda sempre foi assim, nunca quisemos ter um rótulo, simplesmente somos o Bywar! Patrizzi – É bem por aí mesmo. Escrevemos sobre temas que nos interessam de um modo geral. Sem se preocupar com convenções, rótulos ou qualquer outra bobagem que possa nos limitar.
Recife Metal Law – Música deve ser cultura. No Brasil, principalmente, a música é algo descartável, com modas que vão e vem. Talvez por isso continuemos sendo terceiro mundo (segundo mundo ou emergente, como queiram). O Bywar, com suas letras, abordam diversos temas e quem realmente acompanha as letras procura saber algo a mais sobre o que a banda fala, etc. A música deve ser assim: algo que alimente o intelecto e faça o ouvinte procurar saber mais a respeito de diversos assuntos?
Ozio – Primeiramente concordo e muito com a questão da música ser cultura. O problema é que quando se fala de música no Brasil, a primeira coisa que se pensa é em bunda e sexo como um todo. A ideia da música no Brasil é simplesmente ser um produto que venda. Não é preciso ter um álbum bom, e sim uma música. Você acha que quando o cara cria a “dancinha da puta-que-pariu” ele pensa em um álbum completo? Enquanto a base da sociedade não mudar, não teremos evolução nenhuma, continuaremos a ser “brindados” com funks e coisas desse tipo. A educação no país é muito fraca na sua base. Em que escola sabemos que existe aula de musica? Talvez nas escolas da alta-sociedade, mas quantos têm o privilégio de usufruir disso? 10% da população brasileira? Quando muito... Mas também não adianta o governo falar que depois da Copa (pois todas as melhorias no Brasil virão depois da Copa de 2014 – risos sarcásticos) teremos aula de música nas escolas, pois duvido que será evolutivo. Será como dizer que temos aulas de inglês; que da 1ª série até o 3º colegial só aprendemos o verbo “To Be”, e não aprendemos porra nenhuma! Só faz parte da grade escolar, com professores medíocres (que também não tem culpa, pois não podemos exigir mais de pessoas com um salário tão baixo) e condições de ensino precárias. Bom, acho que isso tá muito grande, pode editar, se quiser... (risos) Mas falando das músicas, acho que isso é da galera Headbanger, ter interesse em saber o que está cantando, conhecer as ideias e despertar algum interesse. Tomara que realmente contribua com algo. Com certeza o que leio contribui muito para minha vida! Patrizzi – Concordo com o Enrico. Não que o Headbanger seja uma super-raça que está patamares acima das outras. Mas é intrínseco do Headbanger ser um ser que de uma forma ou de outra não absorve tudo que lhe é jogado compulsoriamente. Ele reflete, vai atrás de outros pontos de vista e forma o seu. Isso de uma forma geral é uma atitude ligada diretamente ao Rock, que é contestador por essência e criador de contracultura.
Recife Metal Law – Vocês também procuraram abordar temáticas mais niilistas, como se pode ouvir em “Toward the Unreal” e “Consciously Dead”, e são letras escritas por músicos diferentes. Vocês sempre compartilham das mesmas opiniões?
Ozio – Não sei se niilista, pois não temos (ou pelo menos eu) o objetivo de destruir algum valor, ou invalidar algo. São linhas de pensamentos diferentes ou, no caso da “Consciously Dead”, simplesmente uma viagem mental. Obviamente temos nossas ideias e ideais. Eu, por exemplo, não concordo com várias coisas que as pessoas se apegam para resolver seus problemas, mas também não posso desrespeitar alguém por isso. Quanto ao lado da banda, somos seres humanos e não temos as mesmas opiniões, e não acho que ninguém deva ter, mas o que temos é a camaradagem de um com o outro que ajuda em tudo. Quanto às letras/ideias, nós sempre dividimos uns com os outros, então acabamos por entender os pontos de vista de cada um. Patrizzi – Como dito, não compartilhamos das mesmas opiniões. Inclusive temos pontos de vista muito distintos sobre determinados temas. Mas o respeito sempre foi uma das tônicas em nossa amizade. Amizade que vem de longe. De anos e anos de convivência. Seres humanos divergem, mas podem manter convivência dentro de um mesmo espaço, bastando para isso uma atitude simples: respeito mútuo.
Recife Metal Law – Sobre “Consciously Dead”, antes do lançamento do álbum ela era grafada como “Consciously Dead (Part III)”. No encarte, porém, o “Part III” foi suprimido. Bem, não existe nenhuma música do Bywar com o título “Consciously Dead”, então por qual vocês iriam usar o “Part III” nesta música?
Ozio – Essa música é uma historinha... (risos) Eu a escrevi há muito tempo atrás... Acho que eu estava ouvindo muito Iron Maiden na época e escrevi uma letra bem grande, e como o tema tinha um começo meio e fim, acabamos a dividindo em três partes. Não necessariamente as letras das músicas são uma sequência lógica, mas estão interligadas no conceito criativo. Não dá pra “colar” uma na outra e formar a história. No “Heretic Signs” temos a primeira parte, com a música “Subconscious Death”, depois no “Twelve Devil’s Graveyards” a segunda, com “The Unconscious”, e agora no “Abduction” a “Consciously Dead”, o que termina com essa saga... Talvez eu escreva para o próximo álbum uma “sub-in-consciously return”. (risos)
Recife Metal Law – Sei que estou sendo totalmente injusto em apenas apontar essas músicas, afinal o álbum, como um todo, é excelente, mas “Abduction” e as maravilhosas “Handful of Evil” e “Ragnarök (The Final War)” são, em minha opinião, o ápice desse novo álbum do Bywar. Quais músicas foram mais difíceis de compor e finalizar para o novo disco?
Ozio – Todas! (risos) Acho que a música “Abduction” deu um pouco mais de trabalho, principalmente pela intro, onde temos que prestar bastante atenção para tocar. Patrizzi – “Abduction” tem uma introdução diferente e falando especificamente do baixo, a música inteira tem uma levada bem diferente do que estamos acostumados a compor. Isso foi um desafio. “Consciously Dead”, com seu final tétrico, também foi desafiador, criar uma atmosfera adequada e que passasse o sentimento ao ouvinte de forma eficaz.
Recife Metal Law – Inclusive “Handful of Evil” e “Ragnarök (The Final War)” trazem riffs sensacionais, e parece que uma música complementa a outra, não nas letras, mas na parte instrumental...
Ozio – Não planejamos isso, mas quando ouvimos o pré-album, achamos que uma deveria ser seguida da outra... Acho que foi casual, sei lá, coisa de outro planeta... (risos) Patrizzi – Aliens! Deixe-nos em paz! (risos)
Recife Metal Law – A gravação do álbum foi conduzida pelo californiano Brendan Duffey e pelo técnico em bateria Adriano Daga, no Norcal Estúdios, em São Paulo. Por que vocês decidiram trabalhar com um produtor de fora do país?
Ozio – Gravamos todos os nossos álbuns anteriores no grande Studio Da tribo, e nesse álbum queríamos mudar um pouco de ares, não por nenhum motivo, mas simplesmente para conhecer novas pessoas e novos processos. Quando começamos a pensar em que estúdio gravaríamos, conhecemos o Norcal, e em conversa com o Brendan e o Daga, as ideias se encaixaram perfeitamente, e definimos o Norcal como o estúdio do “Abduction”. Mas nós não escolhemos um produtor de fora, simplesmente o cara é americano e está instalado no Brasil. Mas logicamente, até pelo conhecimento que ele tem, contribuiu e muito para o álbum. Patrizzi – O resultado que obtivemos com “Abduction”, a nosso ver, foi espantoso. Estamos muito felizes em termos chegado até o Norcal, Brendan e Daga.
Recife Metal Law – Existe uma informação inicial de que a mixagem e masterização seriam feitas no Sonic Train Studios, de propriedade de Andy La Rocque (guitarra – King Diamond), mas a ficha técnica do álbum não traz essa informação...
Ozio – De fato a ideia inicial era essa. Gravaríamos no Brasil e terminaríamos o álbum no Sonic Train. Infelizmente tivemos alguns problemas com o pessoal de lá e acabou não dando certo, o que, inclusive, atrasou o lançamento do álbum. Mas felizmente o Norcal estava aqui e nos ajudou e muito com o processo final. Aproveito para agradecê-los mais uma vez por toda essa ajuda. Patrizzi – Quando o material ficou pronto para mixagem e masterização alguns problemas surgiram e acabaram impossibilitando nossa parceria com Peter Laustsen da Suécia. Estava tudo acertado, mas imprevistos atrapalharam nesse momento. Porém, são nesses momentos que a vida aponta quem são seus verdadeiros amigos, com quem você pode realmente contar nos momentos difíceis e esse “problema” acabou se tornando uma prova disso. Ao saber do que estávamos enfrentando prontamente Brendan veio-nos “socorrer”. Então no final das contas o problema acabou se tornando uma coisa boa. Pois fazendo aqui nós pudemos contar com todo o talento e amizade de Brendan Duffey e pudemos ainda desfrutar de uma participação presencial durante todo o processo. Ou seja, no final o problema foi convertido em uma coisa muito positiva e estamos totalmente satisfeitos com o resultado final de “Abduction”.
Recife Metal Law – As músicas “Ragnarök (The Final War)” e “Behind the Pain” contam com as participações de Wolf War Master (Reservoir) e Marcos Cerutti (Terminal Illusion) nos backing vocals e, segundo a banda, Wolf e Marcos “deram o peso e força que faltavam às duas composições”. Como assim?
Ozio – No quesito backing vocals. Como ambos possuem vozes fortes, isso contribuiu para que os refrões ganhassem o peso que queríamos sem precisar ficar “dobrando” nossas vozes no estúdio.
Patrizzi – Eles conseguiram criar uma massa sonora gigante em um único take. São ótimos vocalistas e conseguiram reproduzir em estúdio exatamente o que precisávamos para fortalecer o refrão dessas composições.
Recife Metal Law – Durante as gravações de “Abduction” um diário e vídeos estavam sendo disponibilizados para que o público acompanhasse tais gravações. O quão importante vocês acham que esse “diário” foi para a divulgação do novo álbum?
Ozio – Totalmente importante. Além de ajudar na divulgação em si, como dito, foi uma forma de mostrar que estávamos trabalhando sério para fazer um bom álbum e, de alguma forma, acredito que foi bom para gerar a expectativa e conter a ansiedade pela demora. Patrizzi – Foi também uma alternativa criada a partir da necessidade de compartilhar com os Bangers esse sentimento de entrar em estúdio.
Recife Metal Law – O show de lançamento do novo álbum aconteceu em novembro, e teve a participação especial de Victor Regep, guitarrista da formação original do Bywar. Ainda existe uma ligação entre o Victor e o Bywar?
Ozio – Sim, somos amigos! Patrizzi – Claro que sim. Antes de termos o Bywar em comum já éramos amigos. Ozio – Quando ele saiu da banda, ficamos um tempinho sem se falar. Depois disso, voltamos a conversar e tomar nossas cervejas. Não tínhamos motivos para deixarmos a amizade de lado! A decisão de ele sair teve a ver com assuntos de banda e não de amizade!
Recife Metal Law – Com relação aos shows, o Bywar é uma banda que viaja pouco, em razão dos empregos de seus integrantes, mas vocês já cogitaram a possibilidade de sair em turnê, com diversas datas, em diversos Estados, para divulgar o novo álbum?
Ozio – Sim, temos alguns bons planos para 2012. Infelizmente o trabalho atrapalha em relação a ficarmos muito tempo fora e acabamos dando “tiros curtos” nos finais de semana para tocar. Sabemos que isso acaba “encarecendo” para os produtores, mas esperamos que esse ano seja melhor do que 2011. Assim que fecharmos as datas divulgaremos em nosso site/facebook. Inclusive, quem quiser dar uma conferida é só acessar. Já temos alguns bons shows agendados para esse ano, e novos virão... Como diria Silvio Santos: Aguardemmmmm! (risos)
Recife Metal Law – O álbum anterior foi lançado, também, no formato vinil. Vocês já trabalham com a possibilidade de lançar “Abduction” também nesse formato?
Ozio – Sim, com certeza! Assim que tivermos tudo acertado, data de lançamento e etc., divulgaremos. Patrizzi – Todo mundo sabe que gostaríamos de ter na versão em vinil desde o nosso primeiro lançamento. Tentamos isso desde aquela época. Só conseguindo êxito no “Twelve Devil’s Graveyards”. Para “Abduction” a Mutilation Records está empenhada em lançar esse formato ainda esse ano. O formato LP é bem interessante e tem tudo a ver com o Bywar e os Headbangers de um modo geral. Agora que aprendemos o caminho para viabilizar esse formato não deixaremos de fora “Abduction”.
Recife Metal Law – Em 2011 a banda completou quinze anos de existência, lançaram um novo álbum, mas vocês pensam na possibilidade de fazer mais algo para comemorar a data? Talvez o lançamento de um DVD?
Ozio – Temos muitas ideias, mas às vezes à dificuldade e o dinheiro prejudica um pouco. Queremos muito lançar um DVD esse ano e acredito que vamos. Tomara que nosso planejamento para esse ano funcione perfeitamente, daí com certeza teremos um ano 100% excelente! (Atribuo esse excelente ao Renan... risos) Gostaríamos de agradecer ao Recife Metal Law pela oportunidade e agradecer a você (Valterlir), em especial, por todos esses anos de ajuda ao Bywar e que, apesar da distância, sempre manteve acessa a chama do Bywar no Nordeste. E vê se para de ficar ouvindo esses nossos disquinhos e vai ler um livro! (risos) Abraços sinceros! Patrizzi – Muito obrigado a você, Valterlir, e a todos do Recife Metal Law pelo suporte que sempre deu ao Metal nacional. E também a todos os Headbangers do Nordeste. Encontraremo-nos em alguma gig!