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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

MONSTER COYOTE



O Monster Coyote surgiu na cidade de Mossoró/RN, no ano de 2010, e faz um estilo sonoro um tanto difícil de ser classificado, afinal, como definir o estilo Stoner Metal? Mas na entrevista a seguir o baixista/vocalista Kalyl Lamarck nos fala sobre o estilo da banda e o define para os leitores do Recife Metal Law. Além disso, Kalyl aborda diversos tópicos e dá uma geral acerca da recente carreira do Monster Coyote, que tem sua formação complementada por Amilton Jr. (guitarra) e Daniel Araújo (bateria).
 
Recife Metal Law – O primeiro lançamento do Monster Coyote foi o EP “Ignition”, lançado em 2009. De que forma esse trabalho ajudou a moldar a sonoridade atual da banda?
Kalyl Lamarck –
Então, na verdade o “Ignition” foi um EP de outra banda que nós tínhamos, o Pumping Engines. Claro que pode ser considerado o embrião do que viria ser o Monster Coyote, já que foi nosso primeiro contato com riffs mais pesados. Somente em 2010, com o “Stoner to the Boner”, que o Monster Coyote nasceu de fato. Acreditamos que ele ajudou a moldar a sonoridade atual por fazer a gente pesquisar e conhecer bandas novas, saindo da zona de conforto.

Recife Metal Law – O estilo Stoner Metal vem ganhando bastante espaço atualmente, porém é um estilo bem difícil de ser definido. Como vocês definiriam o estilo Stoner Metal do Monster Coyote?
Kalyl –
Hoje a gente se sente mais confortável tocando entre bandas de Metal extremo que com bandas de Stoner, Rock n’Roll e afins, como era mais comum em shows passados. Gostamos do rótulo, acho importante... Facilita o contato com o público alvo e bandas parecidas. Creio que estão entendendo que essa definição de Stoner Metal não é limitada e que, no nosso caso, a parte Metal é bem forte. O som é pesado apesar de não ter tanta velocidade, com brutalidade nos riffs e vocais.
 
Recife Metal Law – Não tive a oportunidade de ouvir os trabalhos anteriores da banda, apenas o mais recente, “The Howling”. Como vocês comparariam esse novo trabalho aos trabalhos iniciais?
Kalyl –
Os trabalhos acompanham nossa evolução como músicos. Nós éramos muito, muito, muito mais limitados. Para ter uma ideia, eu nunca havia chegado perto de um microfone antes do Monster Coyote e Amilton (guitarrista) tocava em bandas de Punk Rock. Com o tempo a gente aprende a tocar todas as notas sem os dedos travar tanto. (risos) O “The Howling” é bem superior ao “Stoner to the Boner”, em nossa opinião. E o terceiro disco ‘tá ficando bem foda também.
 
Recife Metal Law – É perceptível em “The Howling” várias influências na sonoridade do Monster Coyote, que vão do Rock n’Roll mais cru, passando por algumas doses homeopáticas do Death Metal e o Doom Metal. Como foi todo o processo de criação para esse trabalho?
Kalyl –
Era algo como se a gente acreditasse que não conseguiríamos partir para a próxima música, pelo fato de ter gastado todos os riffs na mesma composição. Creio que o “The Howling” podia ter um pouco menos de firula, mas isso vem com a maturidade. A gente ‘tá se testando, errando e aprendendo a cada passo que damos.

Recife Metal Law – As linhas de guitarras de Amilton Jr. ganharam grande destaque no novo CD, mas todos os músicos sabem bem o terreno que pisam, haja vista a boa pegada da bateria de Renan Matos e as linhas contundentes do baixo de Kalyl Lamarck. Cada música trabalha com seu instrumento separadamente ou a banda costuma criar em conjunto?
Kalyl –
Totalmente em conjunto. Todas as músicas são feitas por todos. Hoje o Renan saiu da banda e quem tá na batera é Daniel Araújo, e sinto que a presença do baterista nas composições ficou ainda mais forte. Mas todos compõem em todas as músicas.
 
Recife Metal Law – Notei que, em certos momentos, os vocais ficam um pouco abaixo dos demais instrumentos. Isso foi proposital? A produção sonora agradou totalmente ao Monster Coyote?
Kalyl –
É aquilo, eu não tinha confiança e confesso que hoje não sou o cara mais seguro no palco. A gente tinha medo de soar horrível (os vocais) e a estratégia seria enterrar na música. Acredito que estamos nos acertando melhor nesse terceiro disco.
 
Recife Metal Law – A parte gráfica, como no álbum anterior, vem numa tonalidade escura e faz menção a lobos/lobisomens. Usar uma tonalidade escura tem a intenção de fazer uma espécie de casamento entre desenho da capa e temática abordada pela banda?
Kalyl –
A intenção é essa, que o material inteiro do nosso merchandising seja refletido pela nossa sonoridade.
 
Recife Metal Law – O material que tenho em mãos veio simples, com encarte apresentado no formato envelope. Lançar “The Howling” nesses moldes se deu pelo fato do CD ter saído de forma independente?
Kalyl –
Isso! Moramos em uma cidade em que as coisas são muito caras, tendo em vista a dificuldade de acesso. A robustez do material tenderá a melhorar de agora em diante. Firmamos com bons parceiros e está fluindo bem.
 
Recife Metal Law – A banda vem numa boa crescente, inclusive fazendo show em diversas cidades. Como é feita a programação dos shows e como vocês fazem o contato com os produtores, já que o Monster Coyote é uma banda independente, como já mencionado?
Kalyl –
Nós somos gestores da banda. Os três fazem tudo e existe uma divisão interna tendo o cara que negocia os shows, o que repassa os materiais para venda, que faz as encomendas, que agenda os ensaios, gravações, etc. Preferimos assim, ter controle total. Às vezes escorregamos numa casca de banana, mas é normal.

Recife Metal Law – Recentemente vocês lançaram um clipe, porém de uma música nova, “The Shepherd Who Saves The Wolf, Doom His Sheeps”. Vocês não cogitaram de lançar um clipe de alguma música de “The Howling”, tendo em vista que é este o material que a banda vem divulgando?
Kalyl –
Sim, e será lançado em breve. Os custos para um clipe são elevados e por isso agimos com cautela. Mas temos planos de mais clipes em breve e um deles é uma música do “The Howling”.
 
Recife Metal Law – Já que a banda está divulgando um single, o que se esperar do Monster Coyote para 2014?

Kalyl – Além de querer tocar em todas as cidades do mundo, temos uma meta interna para 2014: nós estamos batalhando para tocar em alguns festivais brasileiros. O Abril Pro Rock é um deles. Além disso, lançar mais material e um terceiro disco em abril. Por fim, quem quiser contratar a banda para tocar em casamento, aniversário, confraternizações e afins manda lá um e-mail: [email protected]. Aproveitem que o cachê ainda ‘tá baixo! (risos)

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Rafael Passos e Divulgação
 
 
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