Mesmo com a pausa de dois anos (entre 2011 e 2013) para tratamento de saúde do vocalista Arthur Migotto, a banda de Heavy Metal paranaense Hazy Hamlet continuou divulgando sua música, mas não com tanta força com a própria queria. Mesmo com a acolhida do álbum de estreia, “Forging Metal”, inclusive fora do país, as coisas não andavam bem para a banda. Então, como o próprio Arthur informa na entrevista a seguir, a banda, em comum acordo, deu uma cartada decisiva, surgindo, assim, “Full Throttle”, lançado pelo selo Arthorium Records. Um álbum que vem para mostrar que, mesmo com todos os problemas, o Hazy Hamlet está mais vivo do que nunca! A formação da banda é complementada por Fábio Nakahara (baixo), Cadu Madera (baixo) e Júlio Bertin (guitarra). Recife Metal Law – O primeiro álbum da banda, “Forging Metal”, foi lançado, em 2009, de forma totalmente independente. Tendo em vista a forma de seu lançamento, como foi o trabalho de divulgação desse álbum? Os objetivos foram alcançados?
Arthur Migotto – Olá Valterlir! Toda a divulgação e distribuição do “Forging Metal” foi realizada de modo independente e, praticamente, por e-mail, pois em 2009 o Facebook ainda estava engatinhando e não era uma fração do gigante de hoje. Fizemos um levantamento dos webzines e revistas para envio de material e entramos em contato com inúmeros selos e lojas independentes. À época conquistamos muitos elogios, que ajudaram na distribuição. O álbum foi vendido em vários países e acredito que conquistamos muito mais do que havíamos planejado.
Recife Metal Law – Inclusive esse álbum teve boa repercussão fora do país, recebendo vários elogios, principalmente na Europa. Tendo recebidos tantos elogios, chegou a se cogitar uma turnê no Velho Mundo?
Arthur – Ah, certamente! Todo mundo que toca nosso estilo sabe que a maior concentração de ouvintes e parceiros está na Europa, e é vontade universal. Infelizmente uma turnê dessas necessita de uma estrutura razoável, muito planejamento antecipado, e de modo independente isto é muito mais difícil. É preciso alguém confiável pendurado na Internet realizando contatos o tempo todo, recurso que não dispomos. Havíamos planejado começar com uma turnê brasileira em 2011, mas então veio minha mudança, o problema vocal e consequentemente a pausa na banda.
Recife Metal Law – Ainda na Europa, a banda foi convidada pelo selo alemão Remedy Records para participar de um Tributo ao W.A.S.P.. Nesse tributo vocês fizeram uma versão de “Rebel in the F.D.G.”. Esse tributo teve distribuição no Brasil?
Arthur – Não, Valterlir. É uma pena. Nenhum distribuidor trouxe esse material, e nem mesmo a banda recebeu do selo as cópias que haviam sido prometidas...
Recife Metal Law – Infelizmente, após o lançamento do primeiro álbum, não vieram apenas coisas boas, uma vez que você, Arthur, no início de 2011, teve que se afastar da banda, em decorrência de problemas de saúde. Como foi todo o processo de recuperação, que durou mais de um ano? Certamente houve uma preocupação de todos, que devem ter ficado temerosos que você não pudesse usar o seu instrumento: a voz...
Arthur – Eu me mudei de Maringá para Curitiba em outubro de 2010, e no primeiro ensaio de 2011 senti o problema da disfonia, pois não consegui passar da primeira música. Resolvi então procurar tratamento, e quando todos viram que era sério, restaram duas alternativas: ou eu deixaria o posto de vocalista, ou o grupo pausaria suas atividades e esperaria. Felizmente – para mim – os integrantes decidiram aguardar o tempo que fosse necessário. Tratei durante muitos meses um refluxo laringofaríngeo, porém diagnosticado incorretamente. Um terceiro médico descobriu fortes alergias que desenvolvi pela mudança brusca entre os ambientes, e que estavam me causando faringite e cordite crônicos. Iniciei então um tratamento imunológico com previsão de três anos... Mas como desgraça pouca é bobagem, o tratamento foi interrompido pela metade com o falecimento do médico.
Recife Metal Law – E como foi poder voltar a cantar e saber que estava tudo bem, depois dos tratamentos? Foi um alívio ou foi mais uma espécie de batalha vencida?
Arthur – Nunca houve um momento em que eu disse: “Agora estou 100%, posso arrebentar de novo!” – até porque esse momento nunca chegou, com a interrupção do tratamento. Entretanto, a banda já estava dispersa, cada um seguindo com sua vida e seus interesses, e se uma atitude não fosse tomada rapidamente, temo que o Hazy Hamlet encerraria de vez suas atividades. É nesse contexto que entrou a criação e gravação do novo disco. Eu tive que registrar as músicas de modo calmo e espaçado, sem forçar tanto como no anterior, para ter certeza de que conseguiria gravar no tempo limitado que dispunha. No final, foi sim uma enorme sensação de alívio ouvir minha voz novamente, mas confesso que nunca recuperei a força de antes. Continuo sofrendo de faringite e cordite, mas não de modo tão agressivo.
Recife Metal Law – O novo álbum recebe o título de “Full Throttle” e a música que dá título ao disco traz algo de pessoal em sua letra, além de ser uma letra que fala sobre viver intensamente, de correr e enfrentar “a estrada”. A letra dessa música tem algo a ver com a sua recuperação?
Arthur – Certamente! Foi durante o nosso tempo parado, aquela minha depressão causada pela sensação de incapacidade, que valorizei cada pequeno momento vivido com a banda, fazendo aquilo que realmente amo. Refleti muito sobre a importância de vivermos mais intensamente, com mais realizações e menos consumo, deixando para trás algumas amarras, como dogmas religiosos e entretenimento fútil, em nome da satisfação plena com o que você consegue produzir, realizar, expressar. Neste contexto surge imediatamente a imagem do motociclista, que roda em busca de uma ‘liberdade’. Foi num momento dessas reflexões que tive a estúpida visão de Odin transformando seu companheiro Sleipnir para rodar numa estradeira bem foda, como se isso fosse a realização de um sonho oculto. Ri sozinho, mas logo pensei: “Caralho, isso daria uma bela capa!”.
Recife Metal Law – Sobre a temática lírica, a banda continuou, no novo disco, falando de temas como batalhas, vikings, temas históricos, mas, em algumas letras, dá para notar algo que foge de tais temas, mesmo que inseridos em meio as músicas. Como foi a forma de trabalhar as letras para o novo álbum?
Arthur – A temática da mitologia nórdica sempre atraiu a mim e aos ‘cordistas’, mas, de certo modo, o lado épico é uma herança ainda das Demos do grupo, e que acredito que não podíamos romper totalmente, para não descaracterizá-lo. O que fizemos foi trabalhar a mitologia nórdica usando-a nas capas como cartão de visitas e em várias músicas, mas como metáforas para outros temas e reflexões. Isto teve início ainda no “Forging Metal”, com letras como “Chariot of Thor” (que fala sobre as guerras e o homem como seu próprio inimigo) e “Chrome Heart” (que faz uma confusão proposital entre o coração e uma espada, para refletir sobre a nossa força interior e a superação), e continuou agora no “Full Throttle”, onde elementos nórdicos são encontrados em letras como “Jaws of Fenris” (que faz um estudo sobre o arquétipo humano e atributos como desconfiança, traição, punição) e “Thorium” (que é uma invocação aos bangers a terem olhar mais crítico contra sistemas opressores e autoritários). Entretanto, jamais quisemos ser conhecidos como uma banda viking e utilizamos de outros recursos em várias de nossas letras. Elementos literários podem ser encontrados em “Field of Crosses”, “Full Throttle” e “Vendetta”, por exemplo, e elementos históricos podem ser encontrados também em “Field of Crosses” e “Red Baron”, no novo álbum.
Recife Metal Law – Por falar em criação, tudo foi criado por Arthur, desde os riffs até as letras. Os demais músicos ficaram encarregados de fazer os arranjos das músicas. Mesmo sendo Arthur o responsável por toda a criação, os demais músicos chegaram a opinar em algo nesse álbum, seja na parte musical ou lírica?
Arthur – Este álbum teve um processo diferente de criação, quando comparado aos materiais anteriores, exatamente pelo fato de o grupo estar totalmente disperso durante a nossa pausa – cada um ocupado com interesses pessoais. Compor e gravar um novo disco foi o modo que encontrei de reunir o grupo novamente e motivar a continuação do Hazy Hamlet. Para isto, juntei várias ideias antigas minhas, criei umas novas, e em um mês tinha o esqueleto do novo disco, já com as trilhas-guia para gravação. Mandei para os outros integrantes, mas não houve tempo suficiente antes da gravação para todo mundo tirar tudo e trabalhar os arranjos. Acabamos gravando sem ensaio prévio e houve muitos improvisos no estúdio, quanto a arranjos e solos. Eu fiquei muito feliz com o resultado. De qualquer modo, nunca fui um ditador e sempre cobrei bastante os outros integrantes para trabalharem em suas próprias composições, e o próximo material que lançarmos certamente será mais cooperativo.
Recife Metal Law – Voltando a falar sobre as letras, os eternos (e imortais) Ronnie James Dio e Chuck Schuldiner foram mencionados na música “Thorium”. Por sua vez “Thorium” (em português, Tório) é o nome de um elemento químico, nome este que é uma homenagem ao deus escandinavo do trovão Thor. Como surgiu a ideia de fazer toda essa junção e “homenagens” a tantos deuses?
Arthur – Sonoramente, a ideia de “Thorium” era de ser cadenciada e forte, quase como uma marcha de guerra. Liricamente, ela deveria passar a ideia de que nós, Headbangers, somos, de certa forma, mais críticos que o público de outros estilos alternativos, mais interessados em liberdade, literatura, conhecimento, e unidos somos capazes de maior engajamento social, luta contra estados opressores, maior luta a favor do humanismo. Quando falamos de humanismo, ninguém melhor que Dio ou Schuldiner, que transpareciam isso diretamente com sua imagem simples e gentil, ainda que expressassem tamanha força em suas composições e conteúdo em suas letras. Citá-los foi, sim, uma forma de homenagem, mas também de mostrar aos ouvintes – “vejam só: estes são verdadeiros ídolos, estas devem ser nossas referências, não mentes medíocres e arrogantes que vemos espalhados por aí!”. Além disso, a música precisava de um nome forte. Tório é o único elemento da tabela periódica cujo nome é baseado em um deus nórdico, justamente o deus do trovão, e reflete esta ideia de que somos um grupo especial, como se tivéssemos tório correndo em nossas veias.
Recife Metal Law – Já “Red Baron” homenageia Manfred von Richthofen, o famoso piloto alemão também conhecido como o “Barão Vermelho”. Por qual razão vocês decidiram colocar esse tema histórico no álbum?
Arthur – Olhando de fora, é complicado homenagear um herói de guerra, porque, essencialmente, ele é apenas um assassino maior, alguém que matou mais. Porém, fazendo uma leitura mais profunda de sua história, há vários elementos interessantes. O primeiro é o código de honra que havia entre os aviadores na primeira guerra mundial, já que a maioria dos aviadores eram nobres e cavaleiros. O segundo é que, uma vez imerso na guerra, o soldado em algum momento não enxerga mais seus oponentes como homens, mas como obstáculos, desafios e, neste sentido, Manfred von Richthofen foi simplesmente o melhor combatente, reconhecido e homenageado mesmo pelos inimigos. Em terceiro, é interessante observar a mudança de comportamento do Barão durante todo o período de guerra, que iniciou com um jovem insolente e inconsequente e findou com um homem ranzinza e preocupado com as mortes. Ao juntar tudo isto, o tema parece implorar por uma música!
Recife Metal Law – Tanto “Red Baron” como a instrumental “A Havoc Quest” têm forte influência do Iron Maiden em seus andamentos. Isso foi proposital, já que ambos os temas pedem uma sonoridade como a que o Iron Maiden fazia no seu início?
Arthur – Nós sempre fomos apaixonados pelo som do Maiden nos anos 80, e não negamos que há enorme influência do grupo nestas faixas, mas deixamos claro que o disco está mais tradicional que o anterior e recheado de influências da NWOBHM. Este movimento foi muito rico, e eu pessoalmente adoro bandas como Cloven Hoof, Gaskin, Tank, além de bandas mais antigas que possuem guitarra dobrada, como Thin Lizzy e Judas Priest. Há elementos de todos estes nas nossas músicas, mas quando se ouve bases cavalgadas, guitarras dobradas e baixo estalado, é inegável que Iron Maiden é o primeiro nome a vir à cabeça.
Recife Metal Law – Para o novo álbum houve dois convidados: Demir Sabiar, vocalista do Executtioner, e Vinicius Massaneta, ex-guitarrista do Hazy Hamlet. Qual a razão para convidar esses músicos?
Arthur – O Demir é um amigo nosso de longa data e, pessoalmente, um de meus melhores amigos. É um grande talento, tanto como vocal quanto como letrista, mas que nunca teve muita sorte com os grupos pelo qual passou. Eu sempre quis que ele participasse em alguma música minha, mas compus o álbum com muita pressa e não deixei um espaço adequado para participação. Resolvi convidá-lo assim mesmo para gravar os backings conosco, e espero deixar mais espaço para ele em alguma composição futura. Já o Vinícius, além de ex-guitarrista do Hazy Hamlet, é primo do nosso guitarrista Julio Bertin e um grande camarada. O convidamos para assistir as gravações enquanto tomava umas cervejas, e então puxá-lo para o aquário para gravar os backings foi apenas uma questão de minutos (e goles).
Recife Metal Law – Com relação à parte instrumental, achei que esse novo álbum soa ainda mais tradicional que o anterior. Altamente indicados aos amantes de artistas como Accept, Judas Priest, Dio, Iron Maiden, porém mais indicado ainda para fãs de boa música e que querem conhecer uma banda que soa totalmente honesta. Como é fazer algo nos moldes da ‘velha escola’, mas mesmo assim soar com certa peculiaridade?
Arthur – É muito interessante a sua observação. O Hazy Hamlet é um daqueles grupos que não têm intenção alguma de soar inovadores. Nós gostamos do que já foi criado, do que foi fundido da genialidade dos mestres nos anos 70 e 80 e, sonoramente, é isto que queremos usar para a nossa música. Veja bem, não somos um “clone de uma banda só”, como vemos com alguns grupos que copiam integralmente o Running Wild ou o Iron Maiden. Nós fazemos uso de elementos de todos os grupos que você citou e muitos outros, de forma absolutamente honesta, mas para expressarmos com nossa interpretação aquilo que queremos transmitir das nossas vidas e das nossas reflexões. Nossa arte é como a nossa própria contribuição para a velha escola, um novo patch remendado numa velha jaqueta.
Recife Metal Law – A capa foi feita novamente por Celso Mathias. Novamente ele fez um desenho com Odin, só que dessa vez um Odin mais insano, pilotando uma moto. Supostamente essa moto é Sleipnir, a montaria mágica de Odin. Essa capa está repleta de metáforas, mas vocês deixaram bem claro que é uma espécie de mensagem que diga: “vá, siga em frente, supere os obstáculos, liberte-se das amarras e viva intensamente”. Essa espécie de mensagem tem algo a ver com a mitologia nórdica, que tanto permeia as letras do Hazy Hamlet e ilustra as capas de seus lançamentos?
Arthur – Na verdade não, tem muito mais a ver com a nossa própria experiência de vida. A mitologia nórdica, que apresenta tantos deuses de força e de imagem guerreira, é que se apresenta como uma perfeita ferramenta providencial para que tenhamos êxito em passarmos essas nossas mensagens. Usamos letras simples e grudentas nos refrãos e nos aprofundamos nas metáforas pelas estrofes, tentando fazer com que as músicas sejam atraentes tanto para o ouvinte casual quanto para o Headbanger mais atento e que prefere se aprofundar no encarte.
Recife Metal Law – O álbum foi lançado, dessa vez, pelo selo Arthorium Records, de sua propriedade. Antes, porém, havia a notícia de que o álbum seria lançado por um selo europeu, o que não foi concretizado. O que de fato ocorreu?
Arthur – Foi apenas mais um golpe de azar em nossa carreira. Assinamos contrato em abril para o lançamento em setembro. Logo após assinarmos, perdemos totalmente contato com o dono do selo, e todas as suas atividades haviam cessado – tanto no website oficial quanto nas redes sociais. Tentamos contato por outras bandas do ‘roster’ e nada. Após mais de três meses de silêncio e sem perspectiva, optamos por mandar uma mensagem rescindindo contrato, e eu resolvi antecipar meus planos de abrir um selo – que eram para meados de 2014 – de modo a lançar o disco ainda em 2013. O cara reapareceu logo após termos fechado com a fábrica. Aceitamos as desculpas e compreendemos os motivos, mas já era tarde demais.
Recife Metal Law – E parece que vocês gostam de estar à frente de tudo que envolve um lançamento da banda, uma vez que o álbum foi totalmente produzido no estúdio do Hazy Hamlet. O que os leva a trabalhar dessa forma?
Arthur – Começamos a trabalhar sozinhos ainda na época das Demos, no começo, por falta de opção de selos interessados. Quando fomos lançar o “Forging Metal”, acabamos não procurando selos e resolvemos trabalhar sozinhos, não mais por falta de opção e, sim, porque tomamos gosto pelo trabalho independente, pela capacidade de termos tudo sob nosso controle e termos como resultado exatamente aquilo que desejávamos. Foi essencial para o “Forging Metal” tomar a forma que tomou, tanto na produção gráfica quanto na sonora. Neste caminho todo aprendemos todo o processo, de ponta a ponta. Já com “Full Throttle” queríamos um selo europeu justamente para abrir nossas portas para a Europa, mas como tivemos o problema, foi automático retomarmos o trabalho independente. A diferença é que resolvi assumir todo o processo de produção, já me preparando para trabalhar com isso futuramente. Gosto do que faço, e sinto que posso usar toda a experiência adquirida para contribuir de alguma forma com outros grupos.
Recife Metal Law – Novamente vocês cogitam um lançamento em vinil. Será que dessa vez um álbum do Hazy Hamlet será lançado nesse formato, que novamente vem ganhando bastante força?
Arthur – Este é um desejo antigo e bastante forte, mas ainda nada fácil. Embora o projeto tenha sido inteiramente concebido para o vinil, os custos ainda inviabilizam. Eu esperava que com o interesse crescente, a volta da produção, os custos fossem baixar. Pelo contrário, eles subiram muito e são absurdos, quando comparados com o do exterior. Talvez só consigamos tornar isto realidade com alguma parceria financeira.
Recife Metal Law – Como vem sendo trabalhado os shows em suporte a divulgação de “Full Throttle”? Existe a possibilidade de uma turnê pelo Brasil ou até mesmo fora do país?
Arthur – Até agora estivemos trabalhando na divulgação e ainda estamos concluindo o processo de apresentação do material junto à imprensa especializada. As resenhas estão começando a aparecer e no último mês de fevereiro começamos a agendar os shows para tirar proveito disso. Temos intenção de percorrer todos os cantos do país entre 2014 e 2015, passando por onde nunca estivemos, mas faremos isto de maneira alternada e não em forma de uma turnê corrida. Vamos iniciar agora em 21 de março com o show de abertura para o Raven, em Curitiba. Quanto a uma turnê internacional, nós não desistimos, mas está cada vez mais difícil, já que já temos algumas raízes fincadas por aqui.