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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

INFECTED MIND



A banda de Death/Thrash Metal, rótulo que serve para definir a banda paraibana Infected Mind, mas que não agrada o seu vocalista, Katalynse Ferreira (confira na entrevista a seguir o que ele diz sobre a definição de som da banda), vem, atualmente, divulgando o seu mais recente álbum de estúdio, “Keep the Hate”. Apesar de ter um bom álbum em mãos, a banda não vem conseguindo muito apoio para fazer shows pela região. Esse é um dos fatores que mais desacredita o Infected Mind atualmente e em momentos da entrevista Katalynse não poupou palavras ao falar do assunto. Na ativa desde 2005, a banda conta, em sua formação, com Thiago Lira e Fabio Rolim (guitarras) Cristiano Anchieta (bateria) e Isaac Dinoá (baixo), além do já citado Katalynse Ferreira nos vocais.

Recife Metal Law – Além da mudança na formação, o que mais mudou para o Infected Mind desde o lançamento de seu primeiro álbum, “Rascals of Destruction”?
Katalynse Ferreira –
Cara, como você bem falou, foram muitas mudanças de formação de lá pra cá, mas o principal foi o amadurecimento musical e experiência de estúdio. No primeiro álbum sofremos muito com a falta de experiência em gravações, apesar de praticamente todos já terem gravado com outras bandas. Daquela vez foi mais intenso, porque ainda tinham músicas sendo terminadas durante a gravação, e isso acabou causando uma pressão, coisa que também aconteceu no segundo ‘play’... Mas no primeiro foi mais intenso, e a falta de experiência do mesário com bandas de Metal, o que acabou prejudicando na timbragem dos instrumentos e qualidade final. Porém, no segundo álbum, trabalhamos com o André, que saca muito de estúdio e gravação, e conhece mais Metal. Daí já fomos preparados e com as ideias e timbres na cabeça. Assim foi mais fácil, e o resultado ficou ótimo!

Recife Metal Law – A banda fez diversos shows desde o lançamento de seu ‘debut’, porém todos em Estados como Pernambuco e Paraíba. O que acontece para que a banda não toque em outras regiões do país? O fato de se trabalhar de forma independente é um dos fatores?
Katalynse –
Na tour do primeiro álbum tocamos em lugares como Natal, Maceió, Recife, e João Pessoa, ao lado de grandes bandas como Korzus, Malefactor, Claustrofobia, Burning In Hell, etc. Já nessa tour do novo álbum encontramos muita dificuldade em agendar shows, isso também aconteceu na primeira tour, mas nessa agora está sendo bem pior. Não acho que tem a ver com o fato de ser independente, até porque o circuito Underground do Metal nunca foi de ter empresários e agenciadores para conseguir shows para as bandas, tudo sempre rolou na base da camaradagem, do toca lá, toca cá, da amizade e união mesmo, só que hoje em dia isso acabou! Hoje o radicalismo e o capitalismo reinam. O capitalismo de certos ‘produtores’ que visam ganhar grana e as bandas que se fodam, ou os que só ajudam a atração principal, e as outras que se virem, e nem sempre é facil conseguir tocar de graça, ou pagar para tocar, porque vem o radicalismo... Existem ‘produtores’ que ‘contratam’ bandas para os seus shows de acordo com o seu gosto pessoal, eles não pensam no público em geral, no que a galera quer ver... Eles taxam uma banda de NÃO REAL, MODINHA, NEW METAL, NÃO OITENTISTA, e mais outras baboseiras e não cedem espaço. É muito triste isso, pois excelentes bandas estão se acabando porque não tem espaço para tocar, porque, ou você tá na modinha do momento, ou você paga para tocar, e paga mesmo! Já aconteceu de alguns ‘produtores’ me pedirem para pagar o som ou a segurança do show para poder tocar no evento deles. Não basta você gastar com transporte, comida, instrumentos, estúdios de ensaios, você tem que pagar, literalmente! Já nos oferecemos para tocar de graça muitas vezes, da gente mesmo se bancar pra ir e, mesmo assim, a galera não aceita! E outra coisa, a maioria dos ‘produtores’, principalmente os de capitais, lhe trata como lixo, como se tivessem fazendo um favor a você. Você tem que engolir muito sapo para não desagradar esses filhos da puta, porque qualquer raivinha eles mandam você e sua banda se fuderem, porque se acham os fodões donos da cena!

Recife Metal Law – O novo álbum, “Keep the Hate”, também foi lançado de forma independente. Vocês chegaram a manter contato com algum selo para fazer o lançamento desse novo CD?
Katalynse –
Não! Por muitos motivos, como esses da falta de shows, desunião e radicalismo, nós meio que desanimamos em investir pesado nesse aspecto. Fizemos, sim, alguns contatos superficiais, mas nada diretamente com selo ou gravadora. Fizemos as cópias e vendemos em shows e mandamos para as revistas, sites, etc.

Recife Metal Law – O título “Keep the Hate” tem algo a ver com a jornada do Infected Mind ou se deu meramente para ilustrar a capa e as letras contidas no mesmo?
Katalynse –
Na verdade, foi um trocadilho com o título do álbum do Bon Jovi, o “Keep the Faith”. (risos) Mas, também, teve o lado do som continuar com o mesmo ódio do começo, tanto nas músicas, como nas letras!

Recife Metal Law – Por falar na capa, ela mantém a mesma ‘pegada’ do trabalho anterior, mas, em contraponto com o título (numa tradução livre “mantenha o ódio”) é bem paradoxal, já que mostra algo como um vidro quebrado. Manter o ódio pode significar que se ter tal sentimento torna uma pessoa frágil?
Katalynse –
Não! A ideia inicial seria fazer uma capa mais simples, sem os clichês de capas de Metal, cheias de monstros, guerras, etc. Algo simples, tipo o “Black Album” do Metallica, o “Back in Black” do AC/DC... Mas, pegando o título do álbum, resolvemos acrescentar algo que representasse o significado, e pedimos para a artista fazer algo nessa linha, e foi aí que veio a ideia do vidro quebrado com manchas de sangue, como se tivesse sido um soco, o que vem das letras, onde muitas falam de ódios pessoais, frustrações, indignições, e por aí vai...

Recife Metal Law – A parte instrumental e sonoridade da banda continuam a mesma. Na verdade houve uma evolução, mas sem fugir do que o Infected Mind sempre fez. Houve essa preocupação na hora de compor as músicas para esse novo álbum, de evoluir, mas sem perder as raízes?
Katalynse –
Sempre houve preocupação em não fugir da ideia de som da banda, que sempre foi unir a melodia ao peso. Mas, no geral, as músicas nascem bem naturais, daí sentamos e escolhemos as que estão mais na linha do que fazemos.

Recife Metal Law – Um dos principais destaques desse novo álbum são as linhas de guitarras criadas pelo experiente Fábio Rolim e por Thiago Lira. Elas vêm cheias de melodias e, por algumas vezes, dizer que o Infected Mind é exclusivamente uma banda de Death/Thrash Metal soa injusto.
Katalynse –
Eu, na verdade, nunca considerei nosso som Death/Thrash Metal, nosso som é um Metal Pesado e melodioso. Para mim é Heavy Metal puro, com vocais mais agressivos, o que talvez leve a esse rótulo. Mas Death/Thrash Metal eu nunca considerei.

Recife Metal Law – Tais linhas de guitarras soam bem características, mesmo que em algumas passagens, como em “Frustations”, cheguem a lembrar esta ou aquela banda (esta música me fez lembrar o brasileiro Distraught e alguns riffs seguem a linha do que o Pantera fazia). Os guitarristas chegam a ouvir algo para poder, digamos, se inspirar?
Katalynse –
Nós temos algo interessante nos nossos guitarristas. O Fabio Rolim, que é o mais experiente da banda, que viveu o Metal dos anos 80, tem um gosto musical mais atual; ele curte bandas tipo Arch Enemy, Nevermore, Fear Factory, Darkane... Já o Thiago, que é bem mais novo, dessa década de 2000, curte mais velharia tradicional, como Iron Maiden, Ozzy, Scorpions, Doro, Dio, Judas Priest... E você percebe isso nas composições dos dois. E, sim, muitas músicas da gente têm muitas influências do que os guitarristas estão ouvindo no momento, mas tudo encaixado no estilo da banda, para não perder nossa identidade por completo e parecer uma banda que recicla riffs de bandas clássicas.

Recife Metal Law – Com relação às letras, “Keep the Hate” traz uma parte lírica bem construída, abordando diversos temas. O que vocês poderiam dizer acerca das letras contidas nesse novo CD? Como foi trabalhada esta parte?
Katalynse –
Eu, geralmente quando vou escrever as letras, procuro ser bem sincero no que vou compor, e tudo gira muito em torno do que estou vivendo no momento, e do que vejo em noticiários e filmes de guerras, política, fantasias e dramas, só que tudo trazido para o meu mundo pessoal, lançado como uma mensagem direta para aquelas pessoas que pensam como eu, que compartilham das minhas ideias e sentimentos.

Recife Metal Law – Novamente um CD do Infected Mind foi gravado na própria cidade da banda, Campina Grande, só que dessa vez no G&A Studio. Devo dizer que a gravação ficou ótima. Gravar nesse estúdio, no fim das contas, ajudou a banda a conseguir o resultado esperado? “Keep the Hate” chegou no resultado que a banda queria?
Katalynse –
Sim, como falei no começo da entrevista, o produtor André saca muito de som e gravação, e isso ajudou demais no resultado final do álbum, além do nosso amadurecimento em relação aos erros cometidos na primeira gravação. Com isso, ficamos super satisfeitos com o produto final!

Recife Metal Law – O que podemos esperar do Infected Mind para este ano de 2014, principalmente no que se diz respeito a shows?
Katalynse –
Meu grande amigo Valterlir, eu vou lhe ser bem sincero, e em nome da banda, não temos boas expectativas em realação a shows em 2014, por todos os motivos que lhe falei no começo da entrevista sobre shows. A cena anda muito fechada, capitalista, radical e desunida. Nós praticamente nos humilhamos o ano passado e até em anos anteriores para poder conseguir um espacinho
de meia hora em qualquer show de Metal, mas sempre nos viraram as costas. Claro, tivemos poucas pessoas legais que nos ajudaram a não ficar praticamente um ano sem tocar, mas a sua grande maioria nos trataram com muito desrespeito e radicalismo, e isso, apesar da gente estar cagando e andando para esses imbecis, é chato, porque a gente paga estúdio para ensaiar, gasta transporte, gravação, para no final não ter aonde tocar. Isso vai tirando o ânimo da todos da banda, coisa que me preocupa até em relação ao futuro da banda, porque você passar a vida ensaiando, gravando se FUDENDO para não tocar, não tem futuro algum! Só lamento, porque quem nos virou as costas, não sabem o que estão perdendo, pois aonde tocamos, nós destruimos TUDO, e a galera curte pra caralho! Fora do país, para onde mandamos nosso som, a galera curtiu demais. Enfim, resposta do público nós temos, e todas muito positivas, mas infelizmente espaço pra tocar e apoio em nossa própria região, não temos! Ainda bem que existem guerreiros do Metal conscientes e gente boa, como você e o pessoal do Recife Metal Law, para nos dar esse espaço, de divulgar nosso som e nossa situação atual na cena. Muito obrigado por tudo! Keep Your Minds Infected!

E-mail: [email protected]

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação

 
 
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