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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

WITCHKROSS



Apesar de ter surgido em 2003, a banda mineira de Heavy Metal Witchkross só tormou forma, definitivamente, em 2008. Mesmo assim, a banda passou por reformulações em sua formação, sendo a mais recente a volta do baixista R. Panized no lugar de Alisson Severus, que teve que deixar a banda, já que morava numa cidade distante de  Contagem/MG, que é a cidade natal do Witchkross. A banda lançou, em 2011, a Demo “Sabbats Days”, e em 2013 foi a vez de a banda colocar no meio Underground o seu álbum de estreia - “Stronger Than Holiness”, lançado de forma independente. Completam a atual formação do Witchkross Luciano Fuckin’Hell (guitarra), Isagom (vocal) e o jovem Samael (bateria e backing vocals).

Recife Metal Law – O Witchkross surgiu em 2003, porém logo no ano seguinte encerrou as suas atividades, só voltando em 2008. Qual foi a razão para encerrar as atividades da banda, com tão pouco tempo?
Luciano Fuckin’Hell –
Saudações! É sempre um problema conseguir músicos para tocar Metal por aqui, principalmente que tenha a mesma ideologia. Como eu não consegui um baterista na época, encerrei as atividades com o Witchkross e entrei na banda Horned, idealizada por meu irmão Panized (baixista no “Stronger Than Holiness”).
 
Recife Metal Law – Você, Luciano, é o único remanescente da primeira formação. Tendo em vista que a banda durou pouco tempo em razão do pouco comprometimento dos demais integrantes, o que o motivou a voltar com o Witchkross?
Fuckin’Hell –
Ao encerrar minhas atividades com o Horned eu percebi que aquela era a hora de retornar com o Witchkross. Então chamei meu sobrinho Samael (filho do Panized), que era responsável pelas baquetas do Horned.
 
Recife Metal Law – Em 2011 vocês lançaram a Demo “Sabbats Days”, a qual contava com Warley Infrator nos vocais (e também no baixo). Atualmente a banda conta com o outro vocalista. Então, qual foi a razão para a saída de Warley?
Fuckin’Hell –
Depois da gravação da Demo “Sabbats Days” Infrator passou a assumir somente os vocais, e para o baixo chamamos Fábio (ex-Dunkell Reiter). Tudo estava indo muito bem, até que Fábio e Infrator tiveram um desentendimento e Infrator decidiu deixar a banda. Então chamei um velho amigo, Isagom, para os vocais.
 
Recife Metal Law – Ainda sobre a formação, um dos integrantes que me chamou bastante a atenção foi o baterista Samael, que parece ser muito jovem. Qual a idade de Samael?
Fuckin’Hell –
18 anos. Ele começou a tocar com nove anos no Horned. Samael é um grande garoto; tenho muito orgulho dele. Apesar de sua pouca idade é muito maduro musicalmente. Inclusive é ele que está compondo o novo trabalho do Witchkross.
 
Recife Metal Law – O primeiro álbum recebe o título de “Stronger Than Holiness” e conta com oito músicas. Dessas oito músicas, cinco foram retiradas da Demo. Qual seria a diferença, afora a mudança de vocalista e gravação, entre o ‘debut’ e a Demo?
Fuckin’Hell –
Só fizemos 40 cópias da Demo “Sabbats Days”, apenas para alguns amigos. Por esse motivo resolvemos acrescentá-las no “Stronger Than Holiness”.
 
Recife Metal Law – As duas músicas inéditas são “Extracting Confessions” e “Sorcerer of the Snakes”, que seguem a mesma linha das músicas antigas, ou seja, Heavy Metal tradicional, com o pé fincado nos primórdios do estilo. Por que apenas duas músicas inéditas para o primeiro álbum?
Fuckin’Hell –
Nesse período tivemos muitas trocas de baixistas. De 2008 até hoje já passaram seis baixistas pela banda, isso atrasou as composições.
 
Recife Metal Law – “Extracting Confessions” é justamente a música que dá início ao ‘debut’ e o seu início, antes da entrada do pequeno solo de baixo, traz uma voz e gritos, certamente retirados de algum filme. Qual seria esse filme e qual a razão para se iniciar o álbum dessa forma?
Fuckin’Hell –
É de um filme clássico de Inquisição que se chama “Witchfinder General”. Essa introdução foi tirada da parte em que uma mulher acusada de bruxaria é enforcada. Colocamos essa “intro”, pois tem tudo a ver com a faixa “Extracting Confessions”, que é sobre um inquisidor que foi amaldiçoado por uma bruxa moribunda.
 
Recife Metal Law – O ‘track list’ regular ainda traz um cover para “Walpurgis Night”, da obscura banda alemã Stormwitch. Devo dizer que, de certa forma, a sonoridade do Witchkross traz influências dessa banda, inclusive no seu nome. Qual foi o fator essencial para se colocar essa música no primeiro álbum do Witchkross?
Fuckin’Hell –
Sou um admirador de bruxaria e Stormwitch é uma banda que faz um ótimo Heavy Metal com uma essência de bruxaria nas letras. Por esse motivo quisemos colocar “Walpurgis Night” em nosso trabalho. Um mês após Lee Tarot (guitarrista fundador do Stormwitch) autorizar o cover no nosso CD, ele veio a falecer, então esse cover acabou sendo uma homenagem a ele.
 
Recife Metal Law – Eu senti que esse disco, diferentemente da Demo, veio com mais densidade, com a banda apostando mais numa aura pesada e sombria do que em partes mais velozes. Estou certo?
Fuckin’Hell –
Isso mesmo! A linha de baixo e o vocal poderoso de Isagom fizeram com que o “Stronger Than Holiness” ficasse mais encorpado.
 
Recife Metal Law – A capa traz os integrantes da banda, numa alusão ao título, se mostrando mais fortes do que a santidade. A arte da capa foi pintada à mão e demonstra que a banda tem por objetivo manter vivo o antigo Heavy Metal. Mas, na opinião de vocês, o Heavy Metal precisa manter, mesmo, as raízes ou precisa se renovar para se tornar eterno?
Fuckin’Hell –
Acho que dentro do Heavy Metal existem riffs infinitos, não é necessário ‘mexer’ demais, caso contrário pode acontecer igual a essa merda de New Metal. Já no visual usamos o tradicional das bandas do início dos 80’s, mas isso é apenas um detalhe.
 
Recife Metal Law – As letras do Witchkross trazem um aspecto profano, principalmente “Exciter of Nuns”, que me fez lembrar o Mercyful Fate. Quais são as principais inspirações na parte literária da banda?
Fuckin’Hell –
Edgar Allan Poe, Stephan King, livros sobre bruxaria e Antigo Egito.
 
Recife Metal Law – Sobre o aspecto ‘old school’, a gravação acrescentou mais tal aspecto, porém acho que, em algumas partes, ela deixou a bateria muito baixa. Como foi todo o trabalho de produção sonora?
Fuckin’Hell –
Nosso pesadelo começou quando fomos gravar em um estúdio que nos deu um grande transtorno. Irritado com a falta de comprometimento do estúdio para com a banda, pegamos o projeto inacabado e levamos para ser mixado em outro estúdio, mas alguns problemas na gravação, como o volume, não foi possível corrigir.
 
Recife Metal Law – O Estado de Minas Gerais ficou conhecido como o celeiro do Heavy Metal nacional. Mas como vem sendo a recepção para as bandas mais novas – mesmo estas fazendo um estilo ‘old school’? Existe espaço e público para todos?
Fuckin’Hell –
Realmente foi assim por aqui nos anos 80 e 90, hoje a realidade é outra. Show só tem um público maior quando é de banda ‘gringa’. Isso é muito ruim, pois as bandas nacionais dão um duro danado e seu trabalho não é devidamente reconhecido. Aqui em Minas Gerais, por exemplo, tem muitas bandas que merecem a atenção do público, tais como: Odisséia, Punho Destruidor, Exordium, Warriors of Fate, Dunkell Reiter, Metraliator, Trash-Attack, Thoth-Amon, entre outras. Todas essas bandas tem um público fiel, mas não chega a 1/3 do público quando é show de banda de fora. Witchkross gostaria de agradecer a Recife Metal Law pelo apoio!

Contatos: Rua Tapijara, 371, Ap. 106 – Novo Eldorado. Contagem/MG. CEP: 32.341-160.
Site: www.witchkross.blogspot.com
E-mail: [email protected]

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação

 
 
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