Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Publicidade RML

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
   
Capa
Entrevistas
Equipe
Mural
News
Contato
Reviews
CD's
DVD's
Demos
Magazines
Shows
Multimídia
Fotos
Links
Bandas
Zines
Gravadoras
Rádios
Diversos

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
Untitled Document
 
 

Versão para impressão .

Enviar por e-mail .

Receber newsletter .

Versão PDF  .

Relatar Erro [erro]

 

Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

VULTURE



O ano de 2016 marca duas décadas de formação do Vulture (que primeiramente surgiu com o nome de Damnation, em 1995). Durante esses vinte anos foram diversos lançamentos, sendo que os mais recentes são o full lenght “Abandoned Haunt of Cosmic Hate”, o quarto na história da banda, e o Split dividido com o Mortage e lançado em vinil ano passado. Mesmo com tantos anos de estrada e com diversos lançamentos, o Vulture nunca fugiu de suas raízes e de sua forma de fazer Death Metal. É uma música com características próprias, mas que evoluiu a cada lançamento, sem que tenha que sido desfigurada. Desde o lançamento do primeiro álbum, em 2005, a banda mantém a mesma formação: Adauto M. Xavier (vocal/guitarra), Yuri Schumamn (guitarra), André M. Xavier (bateria) e Max Schumamn (baixo). Mesmo não fazendo longas turnês, o Vulture sempre se manteve fazendo diversos shows e nos próximos dias estará fazendo uma pequena tour pelo Nordeste, mais precisamente nas cidades de Mossoró, Natal e Fortaleza.

Recife Metal Law – Certa vez perguntei à banda acerca do seu estilo, que vem sendo forjado em 21 anos de carreira. Vocês me responderam que não há nada premeditado quando se compõe novas músicas. Partindo daí, como estavam sendo trabalhadas as músicas para “Abandoned Haunt of Cosmic Hate”?
Adauto M. Xavier –
O processo de composição sempre foi muito parecido desde o início da banda. Por gostar muito de escrever, compor e ter muita facilidade, acabei puxando essa responsabilidade mais para o meu lado. Na maioria das vezes, componho em casa, gravo e envio para eles escutarem. O André trabalha nas linhas de bateria e, quando necessário, fazemos alguns ajustes e finalizamos no ensaio. Ocorre algumas vezes do Yuri chegar com a letra para trabalharmos juntos ou então chegar com a música pronta também.

Recife Metal Law – Em um comparativo com o álbum anterior, quais são as principais diferenças, musicalmente falando?
Adauto –
Acredito que as músicas possuem as mesmas características que moldaram a identidade do nosso som. Aquela mescla entre melodia e brutalidade, porém sinto que estão um pouco mais complexas as linhas de guitarra. Acredito que houve uma evolução musical natural seguindo na mesma direção.

Recife Metal Law – Obviamente que notei diferenças, até porque acompanho a banda há vários anos, tendo praticamente todos os seus trabalhos em mãos. Mas é necessário falar que a banda não muda bruscamente, e evolui dentro de seu próprio estilo. Muito se fala em evolução musical, não se prender a um estilo e mudar com o tempo. Vocês acham que essa tal evolução musical que algumas bandas falam é realmente necessária para se tornar importante no meio Heavy Metal?
Adauto –
Acredito que em toda arte, não só no Heavy Metal, o mais importante seja a essência do artista. Ele ser verdadeiro com ele mesmo em relação ao que está construindo. Penso que só dessa maneira seja possível construir algo verdadeiramente relevante. As pessoas percebem, mesmo que de maneira inconsciente, quando algo transmite um sentimento profundo ou superficial. Todos nós mudamos no decorrer da vida, isso é natural. Cada pessoa evolui em um tempo diferente e de maneiras diferentes, mas o importante, em minha opinião, é que a mudança na arte deva sempre acompanhar a mudança na mente do artista.

Recife Metal Law – Todos os discos do Vulture trazem músicas em português, só que esse novo contou com duas músicas em nossa língua pátria – “Até as Últimas Consequências” e “Moderna Escravidão”. Por que decidiram colocar duas músicas em português ao invés de apenas uma, como vinha acontecendo?
Adauto –
A princípio a ideia era ter apenas uma, mas gostamos muito das duas finalizadas e não conseguimos deixar nenhuma de fora. A ‘treta’ seria muito grande, então resolvemos colocar as duas! (risos)

Recife Metal Law – Mesmo trazendo elementos característicos dos primórdios do Vulture, achei que a música de abertura, “Under the Blade of Death”, tem uma urgência não vista antes em músicas da banda, com uma velocidade em alguns andamentos que chegam a lembrar o Thrash Metal. É uma música mais direta, por assim dizer. Interessante poder ouvir isso na música do Vulture. Houve alguma inspiração exterior para compor, em especial, esta música?
Adauto –
Não que eu me lembre. Ela foi a primeira música que escrevi logo após finalizarmos o “Destructive Creation”. Não sei te dizer se estava escutando muito Thrash Metal na época, mas penso que essa pegada Thrash sempre nos acompanhou. Gosto muito, pode notar isso em músicas como: “The Beast Within”, “Revenge”, “Silence Of The Lambs”, “Riders Of A New Age”, dentre outras.

Recife Metal Law – Sobre influências exteriores, vocês procuram ficar alheios ao que se lança no meio Heavy Metal quando estão trabalhando em músicas para um novo disco?
Adauto –
Nunca! Não temos esse processo de composição programado, planejado. Toco guitarra ou violão todos os dias nos momentos vagos e sempre saem coisas novas, seja para a Vulture, seja para meus outros projetos musicais. Escutamos de tudo, o tempo todo, de Raul Seixas a Belphegor; gostamos muito da sonoridade que desenvolvemos para a Vulture. Estamos expostos a influências externas o tempo todo. Se algo novo vier a acrescentar, ótimo, mas não prevejo mudanças drásticas, nem a curto e nem a longo prazo para a sonoridade da Vulture. Recordo-me que quando o Krisiun estourou no mercado, criando um novo estilo de Death Metal, muitas bandas entraram na onda. Bandas boas perderam sua identidade e se tornaram praticamente cópias de Krisiun e nós lançando o “A Call For The Ancients”, que ficou parecendo um álbum de Heavy Metal perto dos novos materiais ultra brutais que estavam sendo lançados. Escutei muitas vezes que Vulture não era uma banda de Death Metal pelos novos fãs de Brutal Death Metal, mas acho que sempre fui bem teimoso e egoísta em relação à minha arte. Até gosto de escutar a opinião dos outros, mas mesmo sendo positiva ou negativa, sinceramente, não muda em nada o que virá pela frente.

Recife Metal Law – Como nos discos anteriores, Adauto foi a maior mente criativa desse disco. Isso já é algo determinado dentro do Vulture?
Adauto –
Não é determinado. Nunca houve uma divisão de tarefas na banda. Eu abracei essa parte por adorar compor e ter muita facilidade para isso. Acho que com o tempo cada um foi se adaptando para fazer aquilo que tem mais facilidade. No começo eu cuidava de tudo na banda e era um desastre, principalmente nas partes que envolviam organização e produção. Acho que bebemos o “Test Of Fire” (NDE.: álbum de estreia, lançado em 2005) inteiro. Eu vendia um CD e já comprava três cervejas, nunca tínhamos dinheiro em caixa. Quando o Yuri resolveu assumir a parte de merchandise tudo melhorou, é o perfil dele, todo centrado e organizado. Hoje temos uma banca bem completa, com maquininha de cartão e tudo mais. Sempre que vamos gravar temos alguma grana em caixa. O André curte a parte de produção musical, estuda programas de edição, mixagem, masterização, esteve envolvido na mixagem e masterização dos nossos dois últimos álbuns, e o Max é tarado por tecnologia, nos ajuda com os equipamentos.

Recife Metal Law – O Death Metal praticado pela banda continua carregado de fortes melodias – nada de Melodic Death Metal -, principalmente nas linhas de guitarras. Fica mais simples criar músicas pesadas e com boas melodias do que partir para algo mais intricado e extremamente técnico (não que isso seja demérito, pelo contrário, é o que deixa a música do Vulture mais interessante a cada disco lançado)?
Adauto –
Acho que essa questão do extremamente técnico tem dois pontos: um é a técnica musical em si, o outro é o estilo musical mais técnico. Ambos os pontos nos mantêm longe desse caminho. Um é que não gostamos dessa masturbação instrumental, o outro é que não temos técnica alguma para fazer essa masturbação instrumental. (risos) Gostamos mesmo é daquela pegada Dismember, Paradise Lost, Rotting Christ, onde ninguém toca porra nenhuma, mas compuseram as melhores músicas do meu mundo. 

Recife Metal Law – “Abandoned Haunt of Cosmic Hate” é um disco, de certa forma, longo para uma banda de Death Metal, já que tem pouco mais de uma hora de duração. Com relação ao tempo de duração do disco, vocês já tiveram algum tipo de reclamação?
Adauto –
Só do André! (risos) Ele sempre critica os nossos álbuns por serem longos. Por ele sairiam com oito músicas cada. O problema é que sempre que estamos para começar a gravar o álbum temos umas 15 músicas prontas e, acho que principalmente para mim, é um sofrimento enorme deixar músicas de fora, principalmente porque elas nunca saem nos próximos álbuns. O lado bom é que podemos lançar vários ‘b-sides’, e faremos um dia.

Recife Metal Law – O novo disco contou com a produção, mixagem e masterização a cargo dos irmãos Adauto e André Xavier. Trabalhando por conta própria na produção do novo disco deixou o disco da forma que a banda queria que ele soasse?
Adauto –
Não sei se é exatamente a forma que queríamos que ele soasse, mas, sem dúvida, é o álbum que mais nos agradou com o resultado final até hoje. O André gosta muito dessa parte de produção musical, mas, para mim, já é um enorme pé no saco. Acho que a questão financeira é o principal motivo que nos leva a fazer esse trabalho em casa. Se eu tivesse dinheiro contrataria o Peter Tagtgren e deixaria os dois se divertindo enquanto esperaria tomando cerveja na praia.

Recife Metal Law – Há certa similaridade entre a capa de “Abandoned Haunt of Cosmic Hate” e a capa de “Sodomiticvm per Conclave” do Queiron. O que difere é que a do Queiron traz duas garotas e a do Vulture um abutre junto ao “papa”... O artista que fez ambas as capas foi Rafael Tavares. Essa similaridade foi intencional? O Vulture opinou sobre a arte?
Yuri Schumamn –
A capa do Queiron é bem mais cheia de simbologia. A do Vulture tem mais a ver com o título do álbum. Se for ver mais detalhadamente, a semelhança fica só na aparência do personagem central. Sim, nós opinamos, mas o cara meio que acertou logo de primeira.

Recife Metal Law – Yuri, você me disse, em conversa, que a ideia do título foi tirada de um dos contos do Lovecraft. Além de influenciar no título do novo álbum, o escritor, também, influenciou na parte lírica?
Yuri –
Nas letras propriamente ditas não, mas o horror primordial presente nos contos dele é influência para nós e muitos mais dentro da cena Metal.

Recife Metal Law – O novo álbum foi lançado em parceria com alguns selos. Essa parceria vem dando certo? Como vem sendo a divulgação a âmbito nacional?
Adauto –
Essa forma de parceria é muito interessante no Underground, pois você divide o custo da prensagem, não pesando para ninguém e, ao mesmo tempo, você distribui os CDs por diferentes regiões. O resultado está sendo muito bom.

Recife Metal Law – “Abandoned Haunt of Cosmic Hate” marca duas décadas de formação do Vulture. Na verdade, o Vulture só surgiu em 1996, já que antes a banda se chamava Damnation. Vocês não pensaram em lançar algo agora em 2016 para marcar as duas décadas do nome Vulture?
Adauto –
Queríamos lançar um DVD comemorativo, mas, infelizmente, vai ficar para os próximos anos.

Recife Metal Law – Ano passado, além do novo álbum, a banda lançou vinil, um Split que foi dividido com o Mortage. É a primeira vez que um lançamento do Vulture sai nesse formato. Vocês pretendem lançar mais algo nesse tipo de mídia?
Adauto –
Essa foi uma oportunidade muito bacana que nos apareceu. Aproveito para agradecer a Since 72 Records, Arsenal Records e Sacramental Records pelo convite. Sempre sonhamos em lançar um LP da banda, mas o mercado de CDs havia enterrado esse sonho, já que não fabricavam mais LPs. Logo que voltou a onda dos LPs começamos a pesquisar sobre, mas os valores eram muito altos. Quando surgiu o convite ficamos realmente muito contentes, uma por ser um Split com uma banda de amigos de longa data, que gostamos muito, outra pelo sentimento impagável de pegar um vinil da sua banda em suas mãos. Temos em mente lançar o “Test Of Fire” em vinil, mas ainda precisamos estudar as parcerias.

Recife Metal Law – E como se deu as escolhas das músicas que fazem parte do Split?
Adauto –
Sempre tivemos músicas sobrando dos materiais, mas, em especial, havia uma Demo que era para termos lançado em 2003 ou 2004 e não saiu. Sentimos muito, pois gostávamos muito das músicas, e quando surgiu o convite para gravar o Split pensamos logo nela... Juntamos com “Death Metal Ways” e, no fim, uma música ainda ficou de fora, pois não coube no LP.

Recife Metal Law – 20 anos de carreira, mas o Vulture não é de sair muito em turnês. Sabemos que passamos por momentos difíceis (no Underground nunca foi fácil), mas existe a possibilidade de a banda sair em tour pelo Brasil?
Adauto –
Somos uma banda de estrada, tocamos muito. Nesses 20 anos dificilmente ficamos mais de dois meses sem fazer algum show; gostamos muito de viajar, conhecer lugares e pessoas novas, mas, infelizmente, por conta dos trabalhos dos integrantes, não conseguimos ficar muito tempo longe de casa, o que nos atrapalha para fazermos turnês mais longas. Acabamos sempre fazendo shows bate-volta de fim de semana. Estamos nos programando para mudar isso, estamos trabalhando para conciliar as férias de todos para, que, assim, consigamos ficar um mês inteiro na estrada, seja pelo Brasil, pela América Latina ou por outros continentes. 

Site: www.vulture.com.br

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação, Pri Secco, Betty Layne

 
 
Busca no site
 
Veja tamb�m