Banda de Brutal Death Metal oriunda de Cuiabá (MT), o centro geodésico da América Sul. Desde o seu surgimento, em 1999, o Kromorth lançou apenas uma Demo que, por sinal, foi bem elogiada na época de seu lançamento (2000), intitulada “In The Name Of Kutulu”. A banda agora ressurge com o ‘debut’ álbum “Geodesic Beast”, que promete ser uma verdadeira catástrofe sonora. O Recife Metal Law bateu um papo com Rodrigo Auad (guitarra/vocal), que nos conta quais serão todos os próximos passos do Kromorth. Confira! Recife Metal Law – Primeiramente quero agradecer pela confiança de sempre, Rodrigo, e perguntar, de início, qual foi o motivo das constantes trocas no baixo do Kromorth?
Rodrigo Auad – Eu que agradeço pela oportunidade da entrevista Wender! Sobre as constantes trocas no baixo, o motivo foi a dificuldade de encontrar uma pessoa séria para o cargo. Sendo assim, resolvemos esperar e só colocar alguém quando tivéssemos a certeza de ser a pessoa certa.
Recife Metal Law – Há algum requisito para tocar na banda? Como se encontra a atual formação?
Rodrigo – Nenhum requisito formal, apenas ser verdadeiro, sério e honesto. A atual formação se encontra estabilizada desde 2015, com a entrada de Lincoln Lima (baixo) e completada por mim, Fábio Agassi (guitarra) e Elton Bernardino (bateria).
Recife Metal Law – A que se deve a radical mudança na sonoridade da banda, que antes apresentava um sólido Thrash Metal e agora pratica um Brutal Death Metal? O Kromorth tem uma forte influência do Krisiun, isso foi um dos motivos para essa mudança?
Rodrigo – No começo a banda tinha uma influência ‘oitentista’, que se perdeu com o passar do tempo, predominando mais o Death Metal, e isso foi natural. A mudança da sonoridade foi conduzida por uma evolução musical e sempre buscando a linha do Brutal Death Metal. O Krisiun, além de ser uma grande influência, foi um motivo para o direcionamento do Kromorth.
Recife Metal Law – Quais bandas do atual cenário Underground que chamam a atenção do Kromorth?
Rodrigo – Krisiun, Holder, Ancestral Malediction, Escarnium, Disgrace And Terror, Regorge, Pathologic Noise, Armum, Havok666, War Inferno FX, Burn The Mankind, Rebaelliun, Exterminate, entre tantas outras.
Recife Metal Law – O Kromorth sempre recebeu duras críticas por ter ficado anos ausente de eventos. Como a banda lidou com essas críticas? Como foi encarar a volta aos palcos?
Rodrigo – Sabemos que houve duras críticas com relação a nossa ausência dos eventos, mas não nos importamos com críticas, pois somente a banda sabe do seu propósito. E sobre a volta aos palcos foi brutal, completamente 666%.
Recife Metal Law – Fale-nos sobre essa nova empreitada do Kromorth, o ‘debut’ álbum “Geodesic Beast”. O que significa esse lançamento para a banda? Qual o sentimento?
Rodrigo – O ‘debut’ álbum “Geodesic Beast” significa a resistência e persistência naquilo que acreditamos. Estamos há muito tempo na busca do objetivo chamado Kromorth, e o sentimento com certeza é de vitória e honra.
Recife Metal Law – Fale-nos sobre a arte do disco? Ficou a cargo de quem? Qual a ideia que vocês querem transmitir com a arte?
Rodrigo – A capa ficou a cargo do renomado Rafael Tavares, artista de trabalhos para bandas como Ophiolatry, Queiron... A ideia é transmitir a temática e os elementos do álbum.
Recife Metal Law – Como se deu a escolha para as músicas? Qual será a temática abordada no “Geodesic Beast”? Quem é a mente mais criativa na hora de compor? Há alguma pretensão do disco ser distribuído no exterior?
Rodrigo – O ‘debut’ álbum terá uma temática geodésica. A ideia é transmitir o poder e o misticismo do centro geodésico da América do Sul. Na composição todos expõem suas ideias. O álbum será lançado no Brasil e no exterior.
Recife Metal Law – Com o debut’ álbum em mãos, o que podemos esperar do Kromorth?
Rodrigo – Muitas novidades, dentre elas faremos o lançamento de um split álbum com a banda Regorge (do Rio de Janeiro). Será o ‘debut’ álbum e o split álbum em circulação simultânea e muitos shows.
Recife Metal Law – Qual a possibilidade de saírem em uma turnê?
Rodrigo – Após o lançamento do ‘debut’ álbum vamos lançar a “Geodesic Beast Tour 2017”, passando por vários estados brasileiros e, se possível, em outros países.
Recife Metal Law – A banda surgiu em 1999 e tem no currículo apenas uma Demo lançada, depois de um período de ausência voltou com outro trabalho, o ‘debut’ álbum “Geodesic Beast”. Não seria melhor lançar uma segunda Demo ao invés do ‘debut’? O que levou o Kromorth a tomar essa decisão?
Rodrigo – Sim! A intenção é lançar um material novo e inédito. Montamos o repertório com 12 sons novos. Pelo tempo que o Kromorth tem de existência (18 anos) achamos que esse é o momento certo para lançar o ‘debut’ álbum. No caso da nova Demo, não iríamos aproveitar todo o repertório e iria nos dar mais trabalho. Então decidimos lançar o ‘debut’ álbum “Geodesic Beast”.
Recife Metal Law – Nesses 18 anos qual foi a maior dificuldade encontrada no Kromorth? A banda já chegou, em algum momento, encerrar as atividades?
Rodrigo – As dificuldades foram as mesmas de toda banda: formação, local de ensaio, finança e por aí vai. Banda não é fácil e muitas acabam quando se deparam com a realidade. Com todas as dificuldades o Kromorth nunca chegou a encerrar as atividades, pelo contrário, só fortaleceu para seguir o caminho.
Recife Metal Law – Nesse tempo todo de estrada o Kromorth já dividiu o palco com muitas bandas do cenário Underground nacional e chegou a tocar no aclamado “Brutal Devastation” em Belo Horizonte. Qual foi a experiência mais marcante nesses longos anos?
Rodrigo – Várias experiências marcantes, inclusive o “Brutal Devastation” foi uma delas. Participamos por duas vezes, na primeira e terceira edições do evento, ao lado de diversas bandas consagradas do cenário nacional. Foi incrível e inesquecível!
Recife Metal Law – Para finalizar a simples entrevista: A produção sonora do disco foi feita em São Paulo, no Da Tribo Studio. Como se deu essa escolha? Desde já agradeço pela atenção. Deixe suas considerações finais.
Rodrigo – Sim, a produção foi feita em São Paulo no Da Tribo Studio. É um estúdio tradicional, já gravou diversas bandas nacionais e grava em sistema analógico (captação analógica). O álbum foi produzido e gravado pelo Trek Magalhães. Por isso decidimos gravar o ‘debut’ álbum no Da Tribo. Agradeço a você, Wender e ao Recife Metal Law, que é um importante veículo de comunicação voltado para o Metal. Estamos juntos 666%! Obrigado e até a próxima. Hail Laus Satani!