A sobrevivência depende da evolução. À medida que as condições mudam, devemos mudar com elas para estarmos aptos para enfrentar os próximos desafios. É claro que o Fit For An Autopsy abraçou este mantra e continua evoluindo com cada novo trabalho. Não apenas apagando, mas erradicando as linhas tênues entre o virtuosismo técnico do Metal, a ferocidade do Death Metal e a intensidade do Hardcore, conseguindo incorporar tudo isso numa visão intransigente e própria. E essa abordagem aperfeiçoada pode ser observada no sexto álbum de estúdio da banda de Nova Jersey, “Oh What The Future Holds”.
“Está claro que não soamos como soávamos quando começamos com a banda”, observa o guitarrista, fundador e principal compositor Putney. “Obviamente, estamos levando a música em diferentes direções. Mergulhamos em outros estilos e nossos gostos pessoais mudaram. Então, isso é natural. Mas definitivamente estamos mais satisfeitos do que nunca já estivemos com nossa música. Se você está conosco desde o início, sempre haverá algo para você. No entanto, nós seguimos em frente”.
O Fit For An Autopsy nunca fica quieto. Após lançar seu álbum de estreia, “The Process of Human Extermination”, em 2011, a banda silenciosamente conquistou um lugar entre a vanguarda moderna do Metal Extremo com seu segundo trabalho, “Hellbound”. Já o álbum “Absolute Hope Absolute Hell”, de 2015, foi citado na revista Revolver como um “dos 15 álbuns de Deathcore essenciais”. Dois anos depois, com o álbum “The Great Collapse”, a banda realmente criou seu próprio espaço no que poderia ser descrito como “reino pós deathcore”. Essa ascensão atingiu outro nível com a obra “The Sea of Tragic Beasts” de 2019. Elogios generalizados dos fãs e da imprensa foram muito comuns por sua abordagem refrescante da música moderna e agressiva, tanto em estúdio como ao vivo.
Quando a pandemia global mudou os planos de excursionar de todas as bandas, o Fit For An Autopsy aproveitou ao máximo seu tempo fora de estrada para começar a compor um novo trabalho.
“Nós não tínhamos um cronograma real, então não sentimos muita pressão”, diz Putney. “Uma vez que percebemos que a turnê não aconteceria, decidimos nos divertir com o processo. Eu tive mais tempo do que costumo ter para fazer um álbum. Nós definitivamente levamos algumas das músicas para novos lugares por causa disso. É o nosso álbum mais longo. Compusemos mais do que nunca e foi uma sensação gratificante tirar algo real de todas essas ideias”.
No final, o Fit For An Autopsy acabou se envolvendo e conhecendo um novo modo do processo de composição e o resultado é “Oh What The Future Holds” que é mais um passo dentro do gênero e na evolução da banda.