Os membros do Sabaton têm muita coisa em comum entre eles, mas provavelmente o mais vital é o desejo compartilhado de serem contadores de histórias. O Sabaton é conhecido por seu Heavy Metal de alta intensidade, justaposto a narrativas que contam histórias angustiantes e épicas de batalhas militares da vida real e os bravos homens e mulheres que as viveram. E em 2022, temos um novo exemplo de tudo isto: o seu décimo álbum de estúdio “The War To End All War”.
Escrito e gravado entre a primavera europeia de 2020 e a primavera europeia de 2021, a banda criou um álbum conceitual de 11 músicas que mais uma vez mergulham profundamente nas atrocidades, milagres e eventos ligados ao início da Primeira Guerra Mundial. Segundo o vocalista Joakim Brodén, ainda havia histórias ligadas a esta Grande Guerra que não foram contadas no álbum “The Great War” de 2019. “Em alguns casos”, ele explica, “nós simplesmente não tínhamos a música certa e havia outras histórias específicas que queríamos contar como ‘The Christmas Truce’ e ‘Hellfighters’. Além disso, uma vez que saímos em turnê para divulgar ‘The Great War’, conhecemos e ouvimos muitos fãs que nos contaram sobre outras grandes histórias da Primeira Guerra que nunca tínhamos ouvido antes, histórias que eram tão boas que continuamos nos perguntando: ‘como foi que perdemos isso?’”.
Com riffs ardentes, a bateria pulsante e o barítono rouco característico de Brodén, cada uma das 11 músicas de “The War to End All Wars” ilumina essas histórias da vida real, a coragem e a bravura pessoal, triunfos e tragédias: “Sarajevo” – o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand da Áustria que desencadeou o início da guerra –, “Lady of the Dark” – Milunka Savić, a mulher sérvia que assumiu o lugar de seu irmão no exército e, disfarçada de homem, tornou-se um dos soldados mais condecorados da guerra –, “The Unkillable Soldier” – a história do “indestrutível” Sir Adrian Carton De Wiart, que sobreviveu a tiros no seu olho esquerdo, crânio, quadril, perna, estômago, tornozelo e orelha e numerosos acidentes de avião, mas mesmo assim continuou lutando –, “Hellfighters” – dedicado ao famoso 369º regimento composto principalmente por soldados afro-americanos e porto-riquenhos –, e a pungente “Christmas Truce”, que conta sobre a véspera de Natal de 1914 quando britânicos e alemães encontraram um momento de paz e reconciliação em um sangrento campo de batalha.
O Sabaton se recusa a ser simplesmente encaixado em um gênero. Os fãs só precisam conhece-los como Sabaton, a banda de Heavy Metal que canta sobre as guerras da vida real e as pessoas que participaram delas; de campanhas cansativas e atos deslumbrantes de bravura, vitórias magníficas e lutas pessoais tocantes, histórias verdadeiras e muito mais fantásticas do que qualquer ficção.