Vio-Lence: em ‘live’, Perry Strickland fala sobre o novo EP e a formação atual
O canal do YouTube Heavy Culture conversou com Perry Strickland, baterista do Vio-Lence, num bate-papo descontraído onde o músico pôde contar mais detalhes sobre sua história com a lendária banda de Thrash Metal estadunidense, que está divulgando o recém-lançado EP “Let the World Burn” após um hiato de quase 30 anos desde seu último álbum, “Nothing to Gain”, do já longínquo ano de 1993. Entre idas e vindas, o grupo parece ter se estabelecido muito bem com o atual line-up, uma verdadeira constelação de estrelas do som pesado. Além dos membros da formação clássica Phil Demmel (guitarra) e Sean Killian (vocal), o Vio-Lence traz agora para o campo Christian Olde Wolbers (baixo, ex-Fear Factory) e Bobby Gustafson (guitarra, ex-Overkill), um time de primeira categoria.
Dentre os assuntos abordados no bate-papo, destaca-se justamente o lançamento de “Let the World Burn” e como foi esta sua volta às baquetas e o que motivou seu retorno à cena: “foi provavelmente a coisa mais desafiadora que já experimentei. Eu estava provavelmente há uns 13 anos sem tocar bateria, eu nem tocava mais, eu estava correndo de moto e saindo com todos os meus amigos e apenas amando a vida certo, ainda amo a vida, mas estou apenas dizendo que fui para uma direção diferente, a indústria (musical) meio que me esgotou e eu segui meu próprio caminho porque eu tinha o controle do meu caminho, eu vou pro trabalho todos os dias, ganho meu dinheiro e pago minhas contas, eu gasto meu dinheiro no que eu quero, eu estou no controle. Eu só voltei mais por causa do Sean... O Sean teve o transplante de fígado e nós todos nos juntamos porque, eu acho que se você tivesse visto as fotos do Sean naquela época, ele estava bem próximo da morte e para ser honesto eu nem mesmo imaginava que ele iria conseguir escapar, mas ele é um idiota tão teimoso que nem mesmo a morte iria levar ele”.
Sobre o atual line-up, Strickland não poupou elogios ao seu velho amigo Bobby Gustafson, guitarrista da formação clássica do Overkill e responsável pelos clássicos “Feel the Fire” (1985), “Taking Over” (1987), “Under the Influence” (1988) e “The Years of Decay” (1989): “Bobby eu somos amigos provavelmente desde o final dos anos 80. Sempre nos entendemos como amigos mesmo antes de nós termos tocado juntos e quando eu sai do Vio-lence em 1993 eu e Bobby estávamos trabalhando em uma banda com Billy Malone e estávamos tentando juntar isso. Obviamente não funcionou e não deu em nada, mas foi onde nós começamos nossa jornada musical juntos e quando fizemos a reunião nós queríamos ir para um direcionamento um pouco diferente e precisávamos de um guitarrista um pouco melhor e Bobby se encaixava perfeito, e mais do que isso, ele é um dos meus amigos mais próximos então eu tenho esse guitarrista fenomenal que é na verdade um dos meus amigos mais próximos...”.
A entrada de Christian Olde Wolbers na banda também foi uma ótima escolha, segundo o baterista: “Eu e Christian nos entendemos no primeiro segundo que entramos no estúdio e eu diria que eu sou provavelmente o pior músico da banda toda... Bobby, Phill e Christian realmente me fazem soar ótimo e fizeram eu dar um passo para outro nível e eu não faria isso de outra maneira. Bobby é um guitarrista fantástico você pode ver isso no Overkill e coisas do gênero”.
O Heavy Culture também disponibilizou o segundo episódio do quadro Heavy Sword, onde foi abordado o tema “Colecionismo e Música Digital”, onde foi discutida a popularização do compartilhamento da música digital nos final dos anos 1990, o fim do império da indústria da música, alguns dos álbuns de Power Metal mais vendidos na primeira metade dos anos 2000, a ascensão do streaming, os artista de Power Metal mais ouvidos e as novas formas de se vender e consumir música na atualidade. O quadro, dirigido por Deny Hexenschuss, contou com a participação dos responsáveis pelos canais e blogs Vida de Metal, Disconecta e Nerd Metal.
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