O ano do 2020 foi o ano da pandemia de COVID-19, quando o mundo inteiro foi forçado a parar e foi nesse mesmo ano que cinco velhos amigos resolveram colocar em prática uma velha ideia que estava apenas no papel e que eventualmente se tornaria uma nova banda: The Halo Effect.
Os membros do The Halo Effect são mestres dentro de sua área e pioneiros da cena Death Metal Melódica de Gotemburgo. Eles são os guitarristas Niclas Engelin e Jesper Strömblad, o vocalista e letrista Mikael Stanne, sustentados pela sólida espinha dorsal do baixista Peter Iwers e seu parceiro no crime por mais de vinte anos, o contundente baterista Daniel Svensson.
Tendo se conhecido no final dos anos 80, estes músicos começaram a tocar juntos em vários projetos durante os anos 90, antes de formar In Flames e Dark Tranquility, duas icônicas bandas que dominariam a cena de Gotemburgo e que foram notavelmente grandes forças por trás do apelido do Death Metal Melódico: The Gothenburg Sound [Som de Gotemburgo em português]. Um som que ecoaria por todo o mundo e influenciaria inúmeras bandas de metal durante os anos 90 e início dos anos 2000.
Este também foi o pensamento inicial por trás do The Halo Effect: voltar às raízes e explorar como esse som inovador era na época, usando as atuais experiências e habilidades dos membros. O resultado é um álbum excepcional e uma verdadeira façanha que empolgará todos os fãs do Death Melódico e onde os ecos do Som de Gotemburgo são evidentes. O The Halo Effect apresenta uma exibição brutalmente eficiente de batimentos cardíacos acelerados, caos melódico e rosnados furiosos no seu melhor estado. Cru, mas melódico, e um golpe direto em seu rosto.
O guitarrista Niclas Egelin explica: “Não houve nenhum plano excepcional ou pensamento mirabolante quando se tratou de criar música, exceto por sermos nós mesmos e tocarmos como sempre tocamos, deixar tudo acontecer naturalmente e se divertir ao fazê-lo. E acho que tivemos exatamente isso: diversão! Todos nós realmente amamos tocar juntos e depois de quase três décadas de ‘Riffage & Thunder’ em nome do Gothenburg Sound/Death Metal, ainda sentimos isso!”.
Este trabalho de amor começou na casa de Peter. Ele tinha a perturbada abertura da faixa “Gateways” que precisava um grande refrão que forneceria a base perfeita para uma música. “Gateways” foi como abrir um pote de mágica, pois o resto veio naturalmente e músicas como “Shadowminds”, “Days Of The Lost” e “Feel What I Believe” começaram a tomar forma. A chave para o processo de composição da banda é baseada em uma confiança que permite que eles se divirtam enquanto criam algo que acham realmente emocionante. Eles não interferem no trabalho um do outro: a magia tem que vir do coração, tem que ser honesta e divertida.
Uma vez que a demo esteve pronta, foi hora de todos adicionarem seu próprio talento, desde os grooves de bateria dinâmicos de Daniel e o baixo direto e estrondoso de Peter até os inegáveis riffs de Jesper e Niclas. E não demorou muito para que isso resultasse em algo espetacular e glorioso. E após o toque mágico de Jens Bogren nos Fascination Street Studios, o The Halo Effect tinha nas suas mãos um álbum que era fiel ao seu legado, mantendo um som nítido e moderno.
O foco e objetivo do “Days Of The Lost” era conseguir a vibe de quando eles começaram no início dos anos 90, quando eram totalmente metalheads e se sentiam desajustados em um mundo dominado pelo Rock Alternativo. Essa atitude de “foda-se, vamos fazer o que queremos fazer!” foi essencial para eles e ainda é até hoje! É muito importante que eles tenham um foco e um objetivo quando estão escrevendo um álbum e quando todos estão concentrados nessas novas ideias, é quando algo realmente ótimo pode acontecer.
Mikael esteve totalmente comprometido com a causa, dedicando meses a fio nas letras, para garantir que cada palavra carregasse exatamente o peso que deveria. Há ganchos vocais em quase todas as linhas mostrando exatamente um mestre em ação.
Como convidado especial deste álbum, a banda escolheu o amigo em comum e fã do Som de Gotemburgo, Matt Heafy do Trivium/Ibaraki. Ter Matt na faixa “Last Of Our Kind” foi uma grande experiência para a banda e, como sempre, ele fez um trabalho incrível. Assim como foi também ver a interpretação artística de suas músicas pelos olhos do incrível artista Adrian Baxter que conseguiu que a criação da banda ganhe vida em múltiplas dimensões.
“Days Of The Lost” é um trabalho de um time de amigos que compartilham o mesmo amor pela música e tem passado pelo céu e pelo inferno ao longo dos anos. Mas é assim que eles vivem e trabalham: sem compromissos e sem pensar demais e este é o The Halo Effect em toda a sua glória.
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia aqui.