Com o seu nono álbum de estúdio, “A Paranormal Evening with the Moonflower Society”, Tobias Sammet convida você a se juntar a ele em uma jornada encantada com sua própria versão da realidade, repleta de eventos e encontros fantásticos.
Tobias Sammet construiu, durante as últimas duas décadas, um universo cativante e profundamente mágico. Desde seu álbum de estreia, “The Metal Opera” de 2001, o Peter Pan do Rock/Metal transitou entre o Metal, a música clássica e o Rock, enfeitiçando os maiores festivais do mundo com seu circo itinerante que inclui algumas das maiores vozes do mundo do Metal como Alice Cooper e Klaus Meine do Scorpions.
Há momentos em que ele, que também é conhecido por seu trabalho no Edguy, não consegue acreditar em tudo o que vem acontecendo na sua vida profissional. “Toda a minha vida é baseada em ideias e sonhos que tive na minha infância, com os quais, surpreendentemente, ainda consigo me safar”, diz incrédulo. “Mesmo depois de 30 anos, a música é meu hobby favorito, o maior e único. E o fato de eu poder viver disso, me deixa profundamente grato”.
Mas é claro que ele também trabalha muito para conseguir isso. Por exemplo, ele construiu um novo estúdio na hora certa, bem quando chegou a pandemia em 2020. Em seu novo reino, Sammet poderia se entregar à sua arte enquanto ignorava o mundo lá fora.
“Eu tive mais tempo do que nunca”, ele relembra, olhando para trás. “Então eu consegui prestar muita atenção nos mais mínimos detalhes assim como eu prestava nos meus primeiros anos. Nos meus últimos álbuns, eu terceirizei algumas coisas para meu produtor Sascha Paeth, principalmente para economizar tempo. No entanto, agora não precisei economizar tempo. Não há um disco que soe tão eu como este”.
Mexendo e lapidando as músicas durante as noites, escrevendo as partes de seus parceiros de dueto, organizando e cantando os refrões... em “A Paranormal Evening with the Moonflower Society”, Sammet não é apenas o produtor musical, o maestro e o músico, ele também lida com a maioria dos vocais e prova que ele, definitivamente, está no auge da sua carreira.
Portanto, um álbum verdadeiramente poderoso e encantado foi criado em seu novo estúdio. Um álbum que se mostra igualmente furioso, brincalhão, orquestral, épico, se aproveitando do passado musical e da educação de Tobias Sammet. “Sou uma criança dos anos oitenta. Cresci com ‘Holy Diver’ [do Dio], o Queen, mas também com ‘Take On Me’ [do A-ha]. Talvez eu tenha dado um pouco mais de espaço para as minhas muitas influências, mas o resultado parece muito consistente e coerente”.
Mas uma coisa é certa: o Avantasia nunca soou tão fresco, tão dinâmico e refinado, tão desapegado do tempo e do espaço. Uma união perfeita do Sammet adolescente e esquentado e o talentoso contador de histórias do aqui e agora. Porque acima de tudo, o Avantasia é sobre histórias, ambientadas em um mundo estranho, mítico e único. “Eu processei muitas coisas da minha vida e as adaptei aos meus personagens fantásticos. Como resultado, as músicas desenvolvem uma vida própria com a qual os outros podem se identificar”, diz Tobias. “As músicas são terapêuticas para mim, então sempre há algo pessoal por trás dos temas fantásticos. Eu quero estimular a imaginação do ouvinte, mas não simplesmente oferecer um escapismo chato. O Avantasia não é um musical onde o mago derrota o espírito maligno da floresta na sétima música. Há sempre algo mais do que isso”.
O projeto, que costumava ser apenas conhecido pela mudança de cantores convidados, há muito se tornou uma banda, uma família. “Temos até um grupo de WhatsApp onde sempre há algo acontecendo”, diz Sammet rindo. “Somos um bando de conspiradores, uma gangue”.
Em “A Paranormal Evening with the Moonflower Society” muitos velhos conhecidos duelam com Tobias Sammet no departamento vocal: Eric Martin, Michael Kiske, Ronnie Atkins, Geoff Tate ou Bob Catley, por exemplo. “Eu queria um álbum clássico do Avantasia, então é claro que contei com pessoas que acompanham o Avantasia há muito tempo. Eles também fazem parte dessa banda, então não há necessidade de mudar isso de repente”.
No entanto, é claro, ainda existem vozes com as quais ele sempre quis trabalhar. Em seu novo álbum, as contribuições de Floor Jansen e Ralf Scheepers o deixaram particularmente feliz. Ele queria a voz da vocalista do Nighwish na poderosa balada “Misplaced Among the Angels”. “A música estava pronta e ela se imaginou cantando, mas não tinha certeza se serviria para o seu tom”, detalha Sammet. Então, ele rapidamente escreveu o Rock Sinfônico “Kill The Pain Away” para seu dueto com ela. “O processo demorou alguns dias e depois que ela terminou de gravar essa faixa, ficou muito mais confortável com ‘Misplaced Among the Angels’ e a cantou sem qualquer tipo de problema. E ela foi uma fera!”.
Tobias Sammet acrescentou: “Quando eu estava escrevendo ‘Kill The Pain Away’, imediatamente tive a voz de Floor na minha cabeça. Eu basicamente escrevi a música para ela ser minha parceira de dueto. A música pode ter um toque pop dos anos 80 para alguns e estilisticamente também pode lembrar outros do Nightwish, mas no final ainda soa como Avantasia”.
Para o tornado vocal chamado Ralf Scheepers, Sammet escolheu a contundente e galopante “The Wicked Rule The Night” que, diga-se de passagem, caiu como uma luva para o vocalista do Primal Fear. “Ninguém neste planeta poderia ter cantado essa música melhor [do que ele]”, observa Sammet. “Eu queria mostrar para as pessoas que nem sempre pode ser sobre a gangue de ursinhos de goma brincando em uma terra mágica”, ele ri.
Desde a mística e emocionante faixa-título até os momentos frágeis como os encontrados em “Paper Planes” e “Arabesque”, a sensacional faixa de dez minutos que encerra o álbum, o Avantasia arriscou tudo... E acertou em cheio!
E esta sinistra Sociedade Dama-da-Noite [“Moonflower Society”]? Para Sammet, simboliza sua banda: “A [flor] dama-da-noite é uma criatura da noite que floresce quando o mundo está dormindo. Para mim, representa, por um lado, os personagens estranhos com os quais povoo minhas músicas e, por outro, os personagens estranhos com os quais me cerco no Avantasia”.