De acordo com o The Guardian, a banda norueguesa Taake teve sua previamente anunciada tour australiana cancelada pelos promotores.
No início de fevereiro, o grupo, que há uns anos tem sofrido diversas acusações públicas de islamofobia e simpatias nazistas, ia fazer quatro datas como parte de uma rota apelidada de “Southern Funeral”, que contava com a banda norte-americana Akhlys como “suporte”. No entanto, na última quinta-feira, 05 de janeiro de 2023, a produtora Southern Extremeties anunciou que as datas tinham sido “canceladas por motivos fora do nosso controle”. “Pedimos desculpas aos detentores de ingressos e às pessoas que desejam ver estas duas bandas”, acrescentaram.
Antes da Southern Extremeties anunciar o cancelamento, dois locais escalados para receber os dois grupos já tinham desistido de o fazer: o Manning Bar, da Universidade de Sydney, que supostamente tomou essa decisão após sofrer várias pressões por parte dos alunos, e o Enigma Bar, em Adelaide.
Este cancelamento ocorre cinco anos depois do Taake ter sido forçado também a abortar alguns shows nos nos Estados Unidos devido a uma campanha ‘on line’ que destacava incidentes anteriores em concertos do grupo, incluindo um incidente em 2007, quando o líder da banda, Hoest, subiu ao palco, em Essen, na Alemanha, com uma cruz suástica pintada no peito. Posteriormente o músico descreveu essa situação como “um lapso de julgamento para não se repetir” e negou repetidamente quaisquer associações à extrema-direita ou que as suas letras refletissem qualquer sentimento racista.