São tempos difíceis, estamos cientes. E embora Tina Turner possa ter declarado há algum tempo que não precisamos de outro herói, não é verdade. Precisamos de heróis, precisamos de hinos, precisamos de perseverança. E o quanto antes! Felizmente para nós, o Eleine ouviu o chamado e está à altura da ocasião de maneira espetacular.
Eles são uma reconhecida força na cena Blackened Symphonic Metal desde seu aclamado álbum de 2020 “Dancing In Hell”. O seu vibrante, potente e claramente notável novo manifesto, chamado “We Shall Remain”, é o álbum de que o mundo do Heavy Metal tanto precisava. Um rito de passagem para a banda, uma nova coleção de hinos para sua legião, cada vez maior, de fãs, que segue apenas um simples credo: estamos juntos nisso! E vamos superar isso, desde que estejamos juntos.
Alimentado por grandes turnês de divulgação – ao lado do Kamelot na Europa e o Moonspell na América do Norte –, “We Shall Remain” é a obra-prima sinfônica e sombria que todos esperávamos. É gigante, épica e terrivelmente sombria. No entanto, também é tentadoramente sedutora, uma fera indomável da qual você não quer ficar do lado oposto.
“Nós sentimos que ‘We Shall Remain’ é uma continuação natural do álbum anterior ‘Dancing In Hell’. Os fãs que se conectaram com ‘Dancing In Hell’, também se conectarão com ‘We Shall Remain’. Mas, em um nível mais profundo e ligado, como sublinham músicas como a empoderada e edificante ‘We Are Legion’”, diz a vocalista Madeleine.
Escrito em 2021-2022, durante a feroz pandemia, e gravado no próprio estúdio da banda, bem como no distintivo The Panic Room Studio de Thomas “Plec” Johansson, onde também foi mixado e masterizado, “We Shall Remain” é muito mais uma promessa que apenas um álbum. A música e as letras são mensagens ousadas e confiantes para acreditar em si mesmo e no vínculo invisível que o mundo do Metal compartilha. Está bem longe das “histórias de demônios interiores, força e perda” que tivemos em “Dancing In Hell”. “Ele está cheio de músicas que focam na força, nos momentos de realização e no processo de voltar a ser você mesmo”, diz Rikard, acrescentando orgulhosamente: “Juntos somos mais fortes”. E não são apenas palavras vazias: ele e Madeleine sabem como é chegar ao fundo do poço. “O nada e o vazio são paralisantes”, diz ele. “Sabemos a importância de uma voz empoderadora e edificante, e queremos que nossos fãs se sintam poderosos dentro de si mesmos”.
Madeleine também conta sua história: “Só encontrei meu caminho para sair do fundo do poço graças aos nossos fãs. Não quero parecer cafona nem nada assim, estou falando sério: a única razão pela qual saí da cama naquele dia foi porque sabia que tínhamos fãs em nosso fã-clube no Patreon [N.d.T: Serviço de assinatura em que os membros escolhem quanto desejam pagar para apoiar determinados criadores] e senti que deveria tentar me esforçar para ser criativa e criar algum conteúdo para eles. Eles acreditam em nós, aderiram a este fã-clube e contribuem financeiramente para nós. Mesmo que fosse apenas um post sobre como foi o trabalho naquele dia, me senti mais feliz por um breve momento ao ver que o interesse deles pelo nosso trabalho era tão grande. Lembrei-me de por que escolhi isto como carreira, por que trabalho tanto para atingir as metas que estabelecemos para nós mesmos. Sou eternamente grata por isso, mas isso não significa que nunca haja momentos escuros”. Isso torna “We Shall Remain” ainda muito mais importante. É uma virada de jogo e um salva-vidas. Literalmente.
Com um som que é “claro como o dia e brutal como o inferno”, como descreve Madeleine, o Eleine alcança as estrelas. Eles fizeram muitas promessas com seus últimos lançamentos. Agora eles cumprem essas promessas e dão o grande salto para o desconhecido. Com o baixista Filip Stålberg se tornando o mais recente membro permanente, o Eleine está ansioso, com fome de mais e mais do que pronto para enfrentar os novos desafios que virão. O álbum está repleto de canções deliciosas, com grandes melodias, riffs esmagadores e um alcance vocal insano e grandeza orquestral. Com o super hit “We Are Legion” – uma homenagem às suas próprias legiões de fãs – liderando a batalha, todo o álbum traz músicas que serão tocadas em alto volume nos futuros festivais e palcos de clubes. Depois temos “Never Forget”, “uma música sobre encontrar o caminho de volta para si mesmo, recuperar sua vida e torná-la sua novamente”, como explica a banda. “Stand By The Flame” continua encorajando a acreditar em si mesmo, a lutar contra todas as probabilidades, custe o que custar. No entanto, uma das faixas mais especiais é aquela com o título em alemão “War Das Alles”. Escrito em uma das horas mais sombrias, este poema em alemão de Madeleine traz um dos momentos mais tocantes e íntimos de “We Shall Remain”.
A exorbitante faixa-título é o ponto de exclamação final em um dos álbuns de Metal Sinfônico mais importantes dos últimos anos, se é que você, honestamente, consegue rotular o som do Eleine como Metal Sinfônico. Tudo bem, ele possui elementos sinfônicos, mas o Eleine vem se destacando com o seu som único que traz também elementos do Black, Death e Thrash Metal.
“Você pode desistir aqui e agora ou pode se reconectar com seu fogo interior”, diz Rikard. “Todos nós precisamos sentir que temos pessoas do nosso lado. Abraçar a vontade de viver, prosperar e se reerguer”. E é exatamente por isso que o Metal é o melhor remédio em todo o mundo.
“We Shall Remain” é um lançamento da parceria Shinigami Records/Atomic Fire Records. Adquira sua cópia aqui.