Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Publicidade RML

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
   
Capa
Entrevistas
Equipe
Mural
News
Contato
Reviews
CD's
DVD's
Demos
Magazines
Shows
Multimídia
Fotos
Links
Bandas
Zines
Gravadoras
Rádios
Diversos

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
Untitled Document
 
 

Versão para impressão .

Enviar por e-mail .

Receber newsletter .

Versão PDF  .

Relatar Erro [erro]

 

Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

VITOR RODRIGUES



Para quem vivencia, conhece o Underground, o nome Vitor Rodrigues é bem conhecido, afinal, por quase duas décadas, ele fez parte do Torture Squad, fazendo com que a banda conseguisse um nome de grande respeito, tanto no Brasil como no exterior. Com um vocal forte e que traz consigo características bem próprias, Vitor, mesmo saindo de sua antiga banda, também conseguiu destaque no Voodoopriest, banda da qual também já não faz mais parte. Mas ele não parou e, além de um projeto solo, para executar grandes clássicos do Heavy Metal, hoje ele faz parte do Victorizer e do Tribal Scream, banda onde ele retomou a parceria com Maurício Nogueira. Bem, com a palavra o mestre dos vocais agressivos!

 
Recife Metal Law – Saudações Vitor Rodrigues! Seja bem vindo ao Recife Metal Law! É uma honra poder entrevistar um dos melhores vocalistas de Death Metal nacional e, por que não dizer, do mundo!
Vitor Rodrigues –
Salve a todos do Recife Metal Law! Imensamente grato pelas palavras! A honra é toda minha!

Recife Metal Law – Vamos falar sobre sua carreira musical, bandas, cena e muito mais... Para começar, quais bandas você ouvia no começo de tudo e, como vocalista, quais foram tuas influências musicais?
Vitor –
No começo ouvia muita coisa, mas não tinha a informação do que era. Apenas pelo fato de a música ser boa. Quem me introduziu mais na cena do Rock foi a minha irmã, que comprava várias revistas de música, entre elas a SomTrês e a Revista Bizz e, mais tarde, a Rock Brigade. Além disso, lia alguns fanzines como, por exemplo, o Metal Gods do saudoso Jaji. Porém o começo de tudo se deveu à estreia do videoclipe do Kiss - “I Love It Loud” - em 1982 no Fantástico. A partir dali comecei a me interessar mais ainda nesse tal de Rock. Mas foi em 1985, com a chegada do Rock In Rio, que eu realmente mergulhei de cabeça. Minha maior influência nos vocais é Max Cavalera. Com as informações contidas nas revistas, mais o videoclipe da “Inner Self”, o interesse e a vontade de cantar como ele se tornaram latentes. Outra influência nos vocais foi Chuck Schuldiner do Death. Eu ficava cantando junto para pegar o timbre de voz dele.

Recife Metal Law – Foram 19 anos de Torture Squad, seis álbuns de estúdio, um ao vivo, um EP e uma Demo. Dentre esses lançamentos você tem algum preferido? E qual você acha que fez a banda sair de uma promessa do Underground para um dos ícones do Death/Thrash Metal nacional?
Vitor –
É muito difícil você dizer qual o álbum preferido, mesmo porque cada um deles tem uma história... é como se fosse um filho. Mas pelas circunstâncias e pelas estruturas musicais apresentadas, diria que o meu preferido é o “Pandemonium” (2003). A musicalidade é muito evidente e a criatividade também, com camadas e mais camadas de riffs, uma ‘cozinha’ pesada e coesa e os meus vocais mais experientes. Agora, sobre o álbum que fez a banda sair de uma promessa do Underground diria que foi o “Hellbound” (2008). Primeiro álbum a sair por uma gravadora renomada – Wacken Records –, ficamos mais conhecidos na Europa, e pudemos fazer mais turnês.

Recife Metal Law – Ainda com o Torture Squad você teve a oportunidade de rodar o Brasil e o exterior. Qual estado ou cidade ficou marcado em sua memória por ter acolhido fortemente a banda?
Vitor –
Outra pergunta extremamente difícil de responder. (risos) Cada lugar tem uma história diferente, uma ‘vibe’ diferente. Recife sempre foi palco de shows insanos que fiz com o Torture Squad, mas Belém também, assim como Salvador, enfim... Não tem como responder com exatidão a essa pergunta. (risos) Agora o mais importante de ressaltar é que em qualquer lugar que eu vou sou muito bem tratado, e Recife é um desses lugares. Tenho ótimas recordações daí.

Recife Metal Law – Sabemos que existe uma grande diferença entre a cena Heavy Metal brasileira e a do exterior. Como você analisa tais diferenças e o que lá de fora pode ser usado aqui no Brasil para que se haja mais profissionalismo ou até mesmo público prestigiando os shows?
Vitor –
Acredito que o primeiro quesito é o financeiro. O segundo é o apoio do Governo. E o terceiro é o engajamento dos fãs do estilo. Lá o Metal é visto como uma espécie de “produto” e como tal é vendido e consumido. Tomo como exemplo a história do Wacken, que no começo era um grupo de amigos que iam para um lugar fora dos arredores da cidade de Hamburgo para beber cerveja e ouvir músicas no talo. Daí passou a ser uma festa, com amigos dos amigos convidando mais amigos e culminando nesse festival internacional, o mais longevo de todos. Claro que eles investiram muito dinheiro para a otimização do festival, mas sem a ajuda do Governo e dos fãs de Metal, seria extremamente difícil o Wacken ser o que é hoje. Podemos usar essas e mais outras ideias para que haja mais shows no Brasil e fortalecer a cena pesada nacional, e um bom exemplo disso está nos festivais de Metal em Santa Catarina.

Recife Metal Law – Já ouvi relatos que a cena Heavy Metal em alguns lugares fora do Brasil é mais forte na questão da união entre bandas? Você concorda? Essa tal união é algo que existe no Brasil ou isso fica apenas da boca para fora?
Vitor –
Acho que existe união sim, mas precisamos e podemos ser unidos mais ainda.

Recife Metal Law – Nessas viagens tocando vocês - ou você, particularmente - tocaram com alguém que queriam ou conheceu alguém de quem era fã ou admirava?
Vitor –
A turnê do Torture Squad de 2009 foi muito prazerosa porque tivemos a oportunidade maravilhosa de excursionar com duas bandas que a gente é fã total – Overkill e Exodus – e de quebra conhecemos e fizemos uma grande amizade com os caras do Gama Bomb, que também estavam juntos no ‘rolê’. Mas tem um festival em especial que ficará marcado para sempre na minha mente. O “Metalmania”, que aconteceu numa cidade da República Tcheca chamada Zlin, me deu a oportunidade de conhecer pessoalmente Max Cavalera e cantar um som com a banda dele, Soulfly. Foi o último show nosso nessa turnê com os caras do Overkill e do Exodus, mas foi um presente magnífico.

Recife Metal Law – Depois de muita luta, gravações, shows, turnês, por motivos pessoais você deixa o Torture Squad e, em seguida, com os pedidos dos fãs e amigos pedindo sua volta aos palcos você monta a Voodoopriest, tendo lançado como primeiro registro um EP homônimo, que é uma verdadeira voadora na cara! Depois de tantos anos ao lado do Torture Squad, o que você pensou, naquele momento, para a nova banda, em termos musicais?
Vitor –
Simplesmente não tinha nada definido em relação à sonoridade que o Voodoopriest teria. Apenas queria que o som fosse direto e cativante. Acredito que o riff é que movimenta o mundo do Metal. É através dele que uma música passa para a posteridade, e fiz questão de que no Voodoopriest haveria esse tipo de pensamento, e o resultado foi um EP e um álbum que considero muito.

Recife Metal Law – E como foi o período, para você, afastado dos palcos? Como esse tempo foi usado e como você o analisa para a sua carreira?
Vitor –
Foi – e ainda está sendo – um período sabático. Período justamente para repensar e analisar a minha carreira. Observar também as novas formas de divulgar o meu trabalho. O mundo virtual é mutante e está sempre criando algo novo e temos que nos adaptar aos novos tempos, às novas ideias que surgem a todo momento. Hoje possuo um canal no Instagram chamado Programa Volume11, onde falo de discos aniversariantes do dia. Movimento dois blogs, e ainda cuido do meu sítio.

Recife Metal Law – Em seguida é composto e gravado o álbum “Mandu”, que, por sinal, é muito foda! Quanto tempo passou para compor e a razão de tua descendência indígena foi o fator primordial para o tema lírico abordado nesse álbum?
Vitor –
Há muito tempo queria fazer um disco conceitual. Tentei fazer no “The Unholy Spell” (Torture Squad, 2001) falando sobre OVNIs, mas não consegui desenvolver por causa de muitos termos técnicos, e também por ser um tema muito vasto para pesquisa. Após o lançamento do EP “Voodoopriest” (2013), a ideia de fazer um disco conceitual veio com força total. Pesquisando na internet me deparei com uma resenha de um livro cujo autor – Anfrísio Lobão Castelo Branco – contava a história do índio Mandu. Infelizmente o livro estava fora das prateleiras e não consegui obtê-lo, e a única forma de conhecer mais a fundo a história de Mandu era pesquisar, e foi o que eu fiz. Foi uma tarefa muito árdua porque não tinha muita informação sobre ele, mas mesmo assim não desisti. Reuni um bom material e fui dividindo as partes para, a partir daí, começar a criar as letras. O resultado foi extremamente gratificante. “Mandu” também celebra a minha descendência indígena, e acredito que foi um dos fatores primordiais para a concepção das letras.

Recife Metal Law – Naquele ano (2014) a banda chamou muita atenção por seu alto nível e por trazer um som o qual os headbangers chamaram de Metal Nativo e alguns até acham que a banda é a precursora de tal estilo. Mas o som do Voodoopriest foi inspirado em alguma outra banda?
Vitor –
Sinceramente, não. Para mim o Voodoopriest é resultado das mais variadas influências musicais que cada músico trouxe para a banda. Não sei se somos precursores do estilo Metal Nativo, mesmo porque o Sepultura já veio com a ideia no álbum “Roots” (1996), e algumas bandas antes do Voodoopriest fizeram discos com temática indígena.

Recife Metal Law – Depois disso muitas outras bandas vieram com esta mesma proposta, tanto musical quanto em composições. Você chegou a ouvir? E quais bandas você indicaria aos leitores do Recife Metal Law?
Vitor –
Sim, cheguei a ouvir e gostei muito. Tamuya Thrash Tribe (Rio de Janeiro/RJ), Hate Embrace e Cangaço (Recife/PE), Morrigam (Macapá/AP), Armahda, Accla e Voodoopriest (São Paulo/SP), e uma banda que para mim representa o verdadeiro Metal Nativo: Arandu Arakuaa (Taguatinga/DF). E ainda existem outras bandas e obras cujo tema é sobre a cultura nativa, seus rituais, lendas e histórias. Vale a pena ouvir!

Recife Metal Law – Com sua saída da Voodoopriest você fez uma turnê pelo Brasil tocando clássicos do Metal mundial e revisitando músicas de sua carreira. Como surgiu essa ideia e qual a análise que você faz desse projeto?
Vitor –
Esse sim é um projeto chamado Vitor Rodrigues Attack. Quem surgiu com o nome foi o meu grande irmão Rafael Piu-Piu da Piu-Piu Produções, headbanger raçudo de um coração gigante. Foi o Rafael que veio com a ideia da banda dele ensaiar alguns covers e me convidar para cantá-los. A receita deu certo ao ponto de eu ir duas vezes para o Distrito Federal, e ainda fazer alguns shows em Manaus e Recife, e foi bem divertido! A real é que o Vitor Rodrigues Attack foi um projeto para preparar minha volta aos palcos. Uma espécie de ‘warm-up’.

Recife Metal Law – Musicalmente falando, como foi a experiência em tocar e dividir o palco com músicos que, na verdade, também eram seus fãs e estavam ali com “sangue nos olhos”, fazendo o melhor. Com esse projeto, algum evento ficou marcado?
Vitor –
A experiência foi de extrema gratidão. Eles simplesmente se doaram para tocar músicas que são dificílimas e entregaram um produto muito bem acabado. Pela extrema dedicação deles, em ensaiar e tocar ao vivo, já ficou marcado na minha mente e no meu coração. Sem palavras!

Recife Metal Law – Depois dessa volta pelo Brasil, você reuniu ótimos músicos e formou o Victorizer. Inclusive, o logotipo foi feito pelo pernambucano Alcides Burn. Como anda o processo de composição da banda? E qual a previsão de lançamento de material?
Vitor –
Alcides Burn é um amigo de longa data ao ponto de considerá-lo como um irmão que, aliás, criou também o logotipo do Tribal Scream. O processo de composição está bem no seu final. Estou em fase de fechar todas as composições (letras) para começar a gravar a partir do segundo semestre, apesar de que esse ano praticamente já está perdido com essa pandemia. Então acredito que poderemos lançar uns singles ainda esse ano, ou se a gente for bastante otimista, lá em novembro ou dezembro o CD possa estar entre nós. Vamos acreditar!

Recife Metal Law – Como mencionado, você também vem com força máxima com o Tribal Scream. O que podemos esperar desse projeto?
Vitor –
Uma coisa que eu gostaria de frisar é que tanto o Victorizer como o Tribal Scream são bandas, e não projetos. Projeto é o Vitor Rodrigues Attack. Com o Tribal Scream o trabalho está sendo à distância mesmo, porque estamos compondo as primeiras músicas, mas pela velocidade – e qualidade - que elas estão surgindo estamos realmente muito entusiasmado com o resultado final. Com o Victorizer está sendo um pouco diferente, porque o álbum já está praticamente no fim, apenas precisamos começar a gravar as músicas num estúdio e lançá-las. Mas o trabalho com as duas bandas são feitos com a utilização da tecnologia, de muitas conversas e planejamentos através do Skype ou de outras plataformas.

Recife Metal Law – Gostaria de saber tua opinião sobre nosso cenário Heavy Metal. Alguns vocalistas de bandas conhecidas já chegaram a falar que o Underground está morto, porém o ‘mainstream’ segue. Alguns selos, gravadoras, estão preferindo lançar bandas que o público já conhece, entretanto se não conhecermos novas bandas como iremos movimentar a cena?
Vitor –
Acredito que a melhor forma de a gente fortalecer a cena é renovar o público do Metal. Infelizmente as bandas do Underground não tem a devida atenção por parte da grande mídia, que prefere bandas que já tem um nome na cena, a não ser que a banda tenha muito dinheiro para investir. O público também tem papel importantíssimo nisso tudo, ajudando as bandas comprando seus discos, camisetas, indo a shows. O cenário Heavy Metal há muito tempo já estava dando esses sinais de vertiginosa queda, mas acredito que se revitalizarmos o público poderemos ter uma chance de reverter esse cenário. Enquanto isso, as bandas continuam fazendo as coisas sem apoio de ninguém, praticando o famoso “do it yourself” e essa pandemia está nos mostrando isso.

Recife Metal Law – Vitor, muito obrigado por ter tirado um tempo em nos responder e ter participado de nosso site. Estaremos aqui torcendo e ansiosos para ouvir os sons do Victorizer e Tribal Scream. Fique à vontade e deixe suas considerações finais.
Vitor –
Passo para desejar a todos do Recife Metal Law muita saúde e Metal na veia. Aos leitores e fãs da música pesada em todos os estilos, um abraço desse que vos escreve e que tem um profundo respeito e carinho por todos vocês! Prestigiem seus ídolos, os veículos de informação, como o Recife Metal Law, e ajudem as bandas indo em shows e comprando o merchandise delas.
Até a próxima oportunidade... Vida longa ao Recife Metal Law!

Site: www.facebook.com/vrts71

Entrevista por Antônio Marques
Texto de introdução por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação, Fernando Pires

 
 
Busca no site
 
Veja tamb�m