Já se passaram dezesseis longos anos desde que o som único e monstruoso do Sadus lançou um novo álbum ao mundo, mas finalmente esse momento chegou: o invencível Sadus orgulhosamente apresenta seu novo e sexto álbum de estúdio, intitulado “The Shadow Inside”.
A atraente arte de capa, criada por Travis Smith, retrata um demônio do cosmos que consome tudo o que está na sua frente enquanto ferozmente envolve uma alma torturada, encapsulando perfeitamente a visão e a dualidade que as músicas deste disco proporcionam. O fundador e baterista Jon Allen compartilha a sua empolgação em trabalhar com Travis mais uma vez, relembrando sua colaboração em “Elements of Anger”, o quarto álbum da banda lançado em 1997. Ele ressalta que várias faixas deste novo álbum, como “The Devil In Me” e “The Shadow Inside”, giram em torno da ideia de uma entidade interna que nos pressiona constantemente. Às vezes, a pessoa pode se encontrar no limite da razão, atribuindo todas as suas ações a uma sombra interior ou uma força externa que ela culpa por suas escolhas. Embora não seja um álbum conceitual em si, todas as músicas tratam das decisões da vida e da importância de assumir a responsabilidade pelas suas próprias ações para aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer. A faixa “The Shadow Inside” apresenta um tom mais pesado e lento, com um toque do clássico e angustiante Grind, criando um clímax adequado para o álbum.
Uma escuridão formidável flui por faixas como “Anarchy” que, evidentemente, foi influenciada pelos tumultuosos tempos pós-Covid de histeria em massa, saques e perda geral de controle. E esse ambiente caótico é perfeitamente representado na melodia da música. Allen descreve a faixa como “a mais direta e sem rodeios, atingindo os ouvintes bem no meio do estômago”. Apesar da intensidade, o Sadus consegue manter sua mistura característica de Death/Thrash Metal, permanecendo fiel às suas raízes ‘old school’. A agressividade permanece palpável, permitindo que a sua música fale por si mesma com um poder cru e sem nenhum tipo de remorso.
“Scorched and Burnt” segue no mesmo caminho, com uma batida constante e vocais caóticos que se entrelaçam perfeitamente com um intenso trabalho de guitarra. A faixa gradualmente se transforma em uma melodia apaixonada, desencadeando uma explosão de fogo conforme a música se aproxima do fim. Embora tenha sido inspirada nos incêndios florestais que assolaram a Califórnia quando estava sendo escrita, “Scorched and Burnt” se aprofunda na ideia de que as pessoas muitas vezes sentem que alguém ou algo está sempre querendo pegá-las. No entanto, no final, a música pede união, reconhecendo que cada ação, mesmo no caos, repercute na vida dos outros.
O processo de criação de “The Shadow Inside” foi tranquilo e sem obstáculos desnecessários. O Sadus permitiu que a sua criatividade fluísse naturalmente, coletando riffs e escrevendo juntos pessoalmente. A banda não teve pressa, nutrindo e desenvolvendo suas ideias musicais até que elas se transformassem nestas faixas poderosas que ouvimos hoje. Allen enfatiza que sua abordagem familiar e sem dramas para fazer música é uma das razões pelas quais seu som é tão forte para os seus fãs. A colaboração com Juan Urteaga do Trident Studios adicionou outra camada importante de refinamento ao álbum, já que sua experiência com o Death Metal desempenhou um papel vital na formação do som em geral.
Dito isto, o Sadus não é uma banda que simplesmente se destaca da multidão pelo fato de ser diferente. Eles se mantêm firmes, sem se deixar levar pela histeria em massa e pelas influências da mídia, optando por tomar as suas próprias decisões e incentivando os outros a fazerem o mesmo. Em um mundo repleto de desinformação e falsas bandeiras, eles enfatizam a importância de sermos inteligentes, usarmos o bom senso, pensarmos por nós mesmos e ficarmos atentos a tudo que nos rodeia.
Com sua visão intransigente, o Sadus continua a ser um farol de autenticidade e integridade dentro da comunidade Heavy Metal, forjando para sempre o seu caminho num cenário musical em constante evolução.
Um lançamento da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast Records. Adquira sua cópia aqui.
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incêndios florestais que assolaram a Califórnia quando estava sendo escrita, “Scorched and Burnt” se aprofunda na ideia de que as pessoas muitas vezes sentem que alguém ou algo está sempre querendo pegá-las. No entanto, no final, a música pede união, reconhecendo que cada ação, mesmo no caos, repercute na vida dos outros.
