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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

SCRUPULOUS



Como dito logo no início dessa entrevista, na segunda pergunta, eu não conhecia a Scrupulous, que teve sua fundação ocorrida em 1992, mas sem muitos lançamentos e sem muita divulgação no meio Underground (na entrevista o vocalista fala à respeito do que ocorreu para que isso acontecesse). Porém, após muitos anos, a banda voltou às atividades e, em parceria com o selo Heavy Metal Rock, lançou seu álbum de estreia, “Ostia Genocide”, um álbum que agradará em cheio ao fã de Death Metal, que procura algo que fuja do habitual, mas sem abrir mão dos elementos que permeiam o estilo. Confiram a entrevista a seguir, onde foram abordados diversos temas, desde a fundação, atual disco, parceria com a gravadora...

Recife Metal Law - A Scrupulous surgiu em 1992, mas, em termos de lançamentos, não foi muito ativa, já que lançou apenas três Demos e participou de “3-Way Split”, todos lançados na década de 1990. Porém, após esses lançamentos, a banda entrou em um grande hiato, só voltando à ativa recentemente. A que se deveu essa “hibernação” da banda?
Crispim Skullcrusher Jr. -
Em primeiro lugar queremos agradecer o espaço dado ao Scrupulous pelo Recife Metal Law para contarmos um pouco da nossa história e do álbum “Ostia And Genocide”. Então, depois desses lançamentos citados, tanto das Demos quanto à participação na coletânea “Death Or Glory 2”, a Scrupulous teve o seu nome forte dentro do Underground nacional, mesmo que em alguns eixos ainda não se pudessem conhecer o trabalho da banda, ainda porque naquele tempo tudo era feito através de cartas e não se tinha os veículos que se tem hoje. Após o lançamento da coletânea, a banda já tinha material pronto para o ‘debut’ álbum, mas em decorrência de alguns membros da época, que simplesmente não estavam mais com um compromisso com a banda, ocasionou no desfecho e dissolução. Na época não se encontrava músicos para que se pudesse haver substituição, era tudo muito difícil. Até mesmo bons instrumentos para que se pudesse fazer um som de qualidade. Então eu resolvi dar um tempo com a banda, mas sempre com o pensamento voltado a um retorno. O tempo passou, e só em 2019 encontrei os músicos que pudessem seguir com as mesmas ideias de um grande retorno.

Recife Metal Law - Confesso que não conhecia a banda até agora (com uma ‘live’ no “Roadie Crew Festival” e com esse disco de estreia) e, em pesquisa, fiquei sabendo que lá no início a banda tinha seu estilo baseado no Death/Thrash Metal, mas, pelo que ouvi do atual disco da banda, a influência Thrash Metal é praticamente inexistente. Houve, em algum momento, essa influência do Thrash Metal na sonoridade da banda?
Crispim -
Realmente quando se fala de Scrupulous, hoje, muitos não conheciam e sequer o material da banda, isso porque naquela época era tudo muito mais lento, tudo era através de cartas e logo depois do lançamento da coletânea “Death Or Glory 2”, a banda encerrou as atividades, tendo assim, em alguns lugares, a falta de informação sobre a banda. A Scrupulous no início sequer tinha um seguimento de estilo, misturávamos tudo, desde Thrash, Death, Crossover e até algumas pitadas de Hardcore. Queríamos fazer um som rápido, mas não tínhamos nada definido, era uma verdadeira bagunça sonora. Com a nossa segunda Demo-tape, “Shadows Of Pain”, a banda, sim, seguiu os caminhos do Death Metal, mesmo porque foi uma transição natural. A Scrupulous sempre teve muitas influências dentro do seu som,  isso transportamos para a veia Death Metal. Alguns veem essa influência do Thrash Metal e, sim, tem alguma coisa. Mas aquele Thrash Metal ‘oitentista’, via Kreator, Slayer, Sodom, Destruction, Whiplash, dentre outras que surgiram naquela época!

Recife Metal Law - Antes de parar as atividades, a Scrupulous tinha uma parceria com a Heavy Metal Rock. E essa parceria foi retomada para o lançamento do primeiro álbum de estúdio. Como foi mantida tal parceria, mesmo com os longos anos de inatividade, e como ela impactou no lançamento de “Ostia and Genocide”?
Crispim -
O Wilton da Heavy Metal Rock é um grande exemplo de apoiador ao Metal nacional! Desde que assinamos, em 1995, para o lançamento da coletânea “Death Or Glory 2”, mantivemos uma grande parceria. Ficamos esse tempo todo sem nos comunicarmos, mas eu acompanhava de longe todo o trabalho da Heavy Metal Rock. Quando a Scrupulous retornou as atividades, eu pensei sempre em lançar pelo selo que colocou a Scrupulous no mercado. Eu queria voltar  com essa parceria e deu tudo certo. O Wilton é um grande cara, agradeço muito a ele pela confiança e dedicação com o Scrupulous. Tenho um carinho e gratidão a ele, assim como o Eliton Tomassi, da Som do Darma, outro grande parceiro da Scrupulous que vem realizando um grande trabalho com a Susi, sua esposa. Essas pessoas abraçaram a Scrupulous e ficamos muito honrados em fazer parte da família! Foi tudo muito natural e ele já conhecia o som da Scrupulous desde a coletânea “Death Or Glory 2”.

Recife Metal Law - “Ostia and Genocide”, ‘taí’ um título interessante para tempos atuais num mórbido Brasil, de bancada evangélica e milhares de mortes pelo grande descaso governamental com o vírus da Covid-19. De onde surgiu a ideia para esse título?
Crispim -
Na verdade, esse título não só fala das questões de hoje, mas de todas as catástrofes que a humanidade já passou e vem passando. A humanidade sempre enfrentou momentos sombrios e os que enfrentamos hoje não deixa de ser uma catástrofe mundial. A igreja, os governantes em todo mundo, sempre viraram as costas para essas catástrofes; usam os humanos de cobaias para inserirem seus devaneios e loucuras.

Recife Metal Law - Todas as músicas contidas no álbum de estreia são novas, compostas após o retorno da banda. Em algum momento vocês chegaram a cogitar em gravar algo do passado, até mesmo para colocar como uma espécie de bônus no álbum ou aquelas músicas não mais representam o que a Scrupulous é, sonoramente falando?
Crispim -
Quando começamos a compor o álbum, a ideia era fazer algo da Scrupulous de hoje, com os caras que representam a Scrupulous agora, nesse momento. Uma conotação daqueles que erguem essa bandeira. Estamos hoje com um leque maior, musicalmente falando. Mas dentro do Death Metal, aquela veia ‘old school’ latente em nossa música. Algumas músicas poderiam, sim, entrar nesse álbum, mas acredito que ia perder a atmosfera daquela época. A gravação, o clima, enfim... Tudo a sua hora, época e lugar. Acredito que algumas músicas têm que se manter com aquela sonoridade, a atmosfera da época. Mas elas estarão no ‘set list’ dos shows, com certeza.

Recife Metal Law - As músicas, apesar de seguir um linha calcada no velho Death Metal, algumas mais ríspidas, encontramos alguns sons com andamentos em meio tempo, quase se aproximando do Doom Metal. Bom exemplo disso é “Dark Womb”, a qual, inclusive, tem algumas linhas de teclados. Compor músicas com uma levada mais densa foi proposital para não “ser apenas mais uma banda Death Metal”?
Crispim -
Sons mais arrastados sempre estiveram dentro das influências da Scrupulous. Como afirmei antes, há um grande leque de influências em nossa música. Na Demo-tape “Shadows Of Pain” temos uma música intitulada “Misery” que vem nessa pegada. Passagens densas com essa atmosfera sombria sempre estiveram em nossas músicas. Em especial “Dark Womb” veio coroar isso. A letra do nosso irmão Eduardo Slayer, do grande The Cross, é uma homenagem a essa grande banda.

Recife Metal Law - Ainda sobre as músicas, há vários destaques no disco. Vou citar “There’s An Emptines That Weighs On My Shoulders”, bem veloz, essa, sim, trazendo algumas levadas que lembram o Thrash Metal. Tudo o que foi pensado para esse álbum foi posto em prática, em termos musicais?
Crispim -
Com certeza, colocamos nele todas as nossas influências, mas o Death Metal ‘old school’ tá ali enraizado, confundido muitas vezes com o Thrash Metal ‘oitentista’. Discos como “Endless Pain”, do Kreator, tem essa sonoridade.

Recife Metal Law - Como já citado, o disco traz diferentes andamentos musicais e atmosferas, com uso de teclados, solos muito bem construídos, riffs marcantes. Quais músicas ou passagens do disco a banda indicaria como grandes destaques e que representam o que a Scrupulous, musicalmente, é?
Crispim -
Nesse disco cada música tem sua particularidade e personalidade. Realmente é um disco que fala por si. As músicas foram construídas com muito cuidado para não ficarmos repetitivos. Não queríamos que apenas uma ou duas músicas falassem pelo álbum. Mas, sim, um álbum em que você escuta e possa ver, ali, em cada sonoridade, sua vida própria. Eu particularmente tenho o álbum e vejo todas as músicas em um nível bem linear. Mas no momento a que estou escutando com mais frequência é “Souls Cut to Brunoise”. Daí vou puxar a sardinha para o lado do vocal, pois gosto da minha performance e partes de duo que tem neles.

Recife Metal Law - Liricamente a banda segue um caminho de ferrenha crítica contra as religiões, deuses e crenças. Todas as letras foram escritas por você, Crispim Skullcrusher (exceto “Dark Womb”, que foi escrita por Eduardo Slayer). Há alguma razão para você ser o único letrista na banda?
Crispim -
Na verdade, dividimos as tarefas na banda. Arthur Mozart (guitarra) e Fabiano HammerHand (bateria) ficam na criação das músicas, sendo que eu, Crispim Skullcrusher, dou um ponto ou outro na sonoridade. As letras ficaram sob minha responsabilidade, mas nada que outro membro não possa vir a se expressar.

Recife Metal Law - Ainda sobre as letras, todas são em inglês, porém o encarte traz todas as traduções. Como surgiu essa ideia e qual o motivo para fazer a tradução das letras no encarte?
Crispim -
Vi isso no The Mist, “Phantasmagoria” de 1989. Até então não tinha visto nenhuma banda nacional fazer isso. Se tiver, me corrijam. Legal você ter as letras em português e inglês. Mas nada em especial fora isso...

Recife Metal Law - O disco traz como convidados os músicos Leandro Kastiphas (Eternal Sacrifice, Kastiphas, The Cross, ex-Mystifier, entre outras), responsável por teclados e piano no álbum, e Eduardo Slayer (The Cross) em “Dark Womb”. A participação desses músicos, seja numa música isolada ou em todas, foi de fundamental importância no disco, como um todo?
Crispim -
Foi uma grande honra para a Scrupulous ter a participação desses  dois grandes ícones do Metal mundial. Eduardo Slayer é um amigo e grande irmão, ele é um grande cara, e Leandro Kastiphas emprestando ali seu grande talento. Eu que sempre fui um grande fã de sua obra. Com certeza deu mais que importância, mas ficou muito especial a participação deles. Ficou extremo!

Recife Metal Law - A capa do álbum é repleta de citações. Há muitos “easter eggs” nela. De quem foi a ideia de criar a arte da capa nesses moldes? A ideia surgiu a partir do título ou o título surgiu a partir da capa?
Crispim -
Eu tive a ideia da capa e um grande amigo entendeu o que eu queria ali transmitir. Queria voltar às ideias das capas de Metal antigas, com muitas informações. Essas capas antigas, na época do vinil, nos faziam ficar procurando pontos e detalhes. A capa veio primeiro, depois o título do álbum.

Recife Metal Law - “Ostia and Genocide” foi lançado em 2021, ainda em meio a uma pandemia. Tal pandemia ainda não acabou, porém algumas medidas começaram a ser relaxadas, inclusive, a realização de shows. Já está nos planos da banda realizar algum show para breve, visando divulgar esse álbum?
Crispim -
Na verdade, estamos esperando liberar a questão dos eventos por aqui, já que na Europa e EUA já se pode ir aos eventos. Temos dois eventos já engatilhados e assim que tudo normalizar com certeza estaremos na estrada para divulgar o álbum ao vivo.

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação


Mais informações: 
www.facebook.com/bandScrupulous
www.instagram.com/Scrupulous_dm
 
 
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