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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

GAROTAS DO METAL



Tive a oportunidade de começar a conhecer o trabalho de Raíssa “Rah” Brilhante e Lenilda Santos no evento “Natal Brutal Fest”, que ocorreu ano passado (2022), na capital paraibana. Por meio do contato de longa data Rogério Menezes, que me apresentou ambas e me falou um pouco mais sobre o trabalho delas. O coletio Garotas do Metal, que começou com reuniões de várias garotas com o objetivo de falar e se mobilizar em torno do Heavy Metal Underground. E não ficou só em reuniões. Não ficou só na ida em shows. As garotas, desbravando um território ainda hostil para o gênero feminino, “arregaçaram” as mangas e partiram para fazer algo mais. Hoje, mesmo que sendo reduzido a apenas Lenilda e Rah, o coletivo se mantém bastante produtivo, seja comparecendo aos shows, com programas na internet, programas de rádio, produzindo eventos... Na entrevista a seguir elas nos esclarecem um pouco mais sobre as atividades do coletivo, entre outros assuntos inerentes ao Heavy Metal e ao Underground.

Recife Metal Law - Pelos relatos que tive, inclusive pessoalmente por uma das criadoras do movimento, Rah Brilhante, a Garotas do Metal surgiu a partir de reuniões entre várias meninas que se reuniam. Mas como eram tais reuniões? Reuniam-se para ir a shows, ouvir música, ter conversas sobre temas diversos?
Lenilda Santos -
Primeiramente queremos agradecer pelo espaço cedido pelo Recife Metal Grande. Honra para gente. Tudo começou com algo despretensioso, com reuniões de mulheres que fazem parte da cena em uma loja que vendia materiais (Zeppelin Rock Store), a qual hoje se encontra fechada. Era um ponto de encontro onde as meninas se reuniam para comprar materiais e, nas prévias dos shows, tomávamos umas cervejas, depois saíamos para os eventos; trocávamos ideias, ouvíamos som... Era muita massa. E onde tem mulher, tem conversa. Imagina 14 mulheres juntas, cada uma com sua imperiosidade. (risos) E até hoje ainda se encontramos nos eventos, trocamos informações e colocamos o papo em dia.

Recife Metal Law - E de quem foi a ideia principal para tornar tais reuniões num movimento de apoio ao Underground?
Lenilda -
O grupo foi idealizado por mim há cinco anos, mas sempre estive presente, contribuindo em nosso cenário Underground há mais de 15 anos, participando da organização de vários shows e eventos aqui na cidade. Há um bom tempo queria algo diferente, algo a mais para nós, mulheres. Com dois anos depois criei a página no Instagram, proposta bem diferente do que é hoje. Hoje realmente está no ponto que queria realmente. Três anos depois conheci a Raíssa Brilhante e fechamos uma grande parceira. Tínhamos uma linha de pensamento muito parecida e a mesma vontade de fazer algo diferente. Foi quando mudamos o formato da página e está dando certo até hoje.
Rah Brilhante - O coletivo se deu de início no ano de 2017, porém em 2019 o coletivo ganhou outro formato, que não mais aquele de encontros. Com a saída de uma das adiministradoras oportunizou a minha entrada, onde fui convidada pela idealizadora do Garotas do Metal, Lenilda Santos, para junto com ela dar seguimento ao coletivo. Quando convidada, eu levantei outra proposta (trabalhar em prol do Underground nacional, que a princípio, no pico pandêmico, foi feito de forma virtual) para ela, da qual ela também tinha o mesmo desejo, e, a partir daí, o desejo em comum ganhou força e fomos em busca de realizá-lo
juntas.

Recife Metal Law - O nome, óbvio, é o mais adequado para esse movimento de vocês, mas, antes de tal nome, se cogitou algum outro ou foi senso comum já colocar o nome Garotas do Metal?
Lenilda -
Sim, tínhamos vários nomes. Vieram muitas opções na cabeça. Passei uma tarde inteira para chegar a um nome. Tinha Mulheres do Rock, Mulher no Metal... Foram tantos nomes que nem sabia qual iria colocar. (risos) Aí veio esse nome, Garotas do Metal. Relutei um pouco para colocar esse nome, como você disse, óbvio demais, mas foi aí
que decidi na época deixar esse nome mesmo. Pensei: “vai que dar certo. Às vezes óbvio também é bom”. (risos)

Recife Metal Law - O movimento começou com diversas garotas. Eram muitas, cerca de 14, eu acho. Mas, ao decorrer do tempo, muitas foram saindo até restarem duas. Por qual razão as demais garotas foram se afastando do grupo? As garotas que saíram, de alguma forma, continuam a contribuir para o cenário Underground, seja ele local ou de outros Estados?
Rah - Quem é envolvido com trabalhos voltados ao meio Underground sabe o quão difícil é fazer um trabalho honesto. Sendo mulher, com outros fatores atrelados, como sermos de uma região como o Nordeste, trazendo, assim, grandes batalhas diárias a serem vencidas. E sem ter retornos lucrativos, a não ser realização pessoal de se fazer o que gosta é um fator que pode ter sido levado em consideração. Porém os motivos de fato para se ter ficado apenas eu e Lenilda com a modificação do propósito do coletivo, eu realmente não saberei responder os motivos reais que levaram cada uma delas a não querer estar à frente deste projeto conosco. Mas eu acredito que seja a falta de identificação com a proposta. E, sim, as demais continuam contribuindo com a cena local e de outras maneiras, comparecendo aos eventos, por exemplo.

Recife Metal Law - Falando em contribuição para o cenário Underground, vocês não se limitam a divulgar apenas a cena Underground potiguar, mas, também, de outros Estados nordestinos. A ideia é essa: divulgar
o que acontece na Região Nordeste, em termos de Underground?
Rah -
A ideia é divulgar toda a cena do cenário nacional, sem bairrismo.

Recife Metal Law - Sobre o envolvimento de vocês com o Heavy Metal (e seus subestilos), de quando vem e quais bandas as fizeram entrar para o culto ao Heavy Metal?
Lenilda -
Meu primeiro contato foi através do meu esposo, LC Hunter, o qual já desenvolvia e faz até hoje trabalhos voltado a cena Underground, como os eventos “Culto ao Macabro” e “The Ripper Fest”, é vocal da Nighthunter... Isso há quase 20 anos. Em certo momento, entrei no Metal Negro de vez; passei também apoiar e, tempos depois, idealizar o Garotas do Metal, firmando cada vez mais minha presença na cena Underground. Conheci a Rah no meu aniversário, e ela quase comeu o bolo todo! (risos) Estamos até hoje firmes e fortes, desenvolvendo trabalhos na cena Metal nacional, como todos sabem. Nosso trabalho, para mim, é grande em poder; o bom de fazer e contar com novas e antigas amizades, com o comprometimento total a cena Underground nacional. Quanto às bandas, comecei
escutando muito Heavy Metal, Black Sabbath, Judas Priest, Iron Maiden, Deep Purple, Jethro Tull, Demon, AC/DC, Motörhead, Mercyful Fate e muitas outras.
Rah - Meu gosto começou a se declinar ao culto ao Metal por volta dos meus 11/12 anos, influenciada pelo meu irmão, que também estava iniciando neste universo. Acompanhada por ele, pude ir a vários shows ainda muito nova, e me apaixonar por cada estilo diferente. Eu acredito que todos começamos com algo mais tranquilo, como o Heavy Metal tradicional, e com o tempo vai se lapidando. Duas bandas que são muito importantes para mim, neste início e que marcaram, foram o Mercyful Fate e Iron Maiden.

Recife Metal Law - Além do movimento Garotas do Metal, Rah Brilhante ainda contribui para outros coletivos. Quais seriam eles e como tudo isso é conciliado?
Rah -
Sim, além do coletivo Garotas do Metal, eu e Lenilda integramos a grade da web rádio Dark Radio, onde temos o programa “Underground é com elas”, e apresentamos juntas com o Benedicto Jr. o “Apocalipse”. Já fiz parte da equipe
de zines, e recentemente retornei para a equipe do Power Thrashing Death online, comandado pelo Reinaldo Steel, onde criamos juntos um programa dentro do Power Thrashing Death, que se chama “Made In Nordest”, onde o foco é divulgar a cena do Nordeste.

Recife Metal Law - E como são criadas as pautas? Pelo que sei, vocês trabalham mais em entrevistas e cobertura de eventos. Então, como seria a forma de divulgar os álbuns (ou Demos) lançadas? Vocês, de certa forma, fazem divulgação desse tipo de material?
Rah -
De certa forma, sim. Quando convidamos as bandas para entrevistas, nós temos a oportunidade de dar as bandas o espaço de poder divulgar seus materiais. As pautas são feitas por nós mesmas, onde cada uma monta a sua e ao chegar a hora “metemos bala”! (risos) É tudo dentro do nosso conhecimento e curiosidades sobre o quê ou quem vai está sendo entrevistado. Desta forma a conversa vai fluindo no decorrer do bate papo.

Recife Metal Law - O movimento de vocês, além de toda a correria para movimentar a cena, a movimentando com cobertura e entrevistas, também trabalha na produção de shows. Produzir eventos não é algo fácil, ainda mais no Underground, onde o apoio (até mesmo de quem diz apoiar) e bem pequeno. Como é produzir um evento no meio Underground, mas de forma profissional?
Rah -
Volto na mesma fala de sempre, que produzir eventos, sendo mulher, é mais difícil ainda. (risos) Infelizmente são falas que precisam ser ditas para que não seja enfraquecida a corrente do combate ao machismo. Falamos com propriedade, por estarmos dentro dessa vivencia e, por várias vezes ter nos deparado com comentários do tipo “não fomos ao evento porque era fulana e cicrana quem produziu. Se fosse fulano ou beltrano teria ido, mas como foram as meninas...”. Quem perde é quem deixa de ir. (risos) Isso não nos fará parar de produzir, de movimentar a nossa cena. Diferentemente de quem prefere hostilizar e desagregar, permanecendo com preconceitos carregado de dogmas, pensamentos patriarcais, onde no meio Underground deveria menos existir. Mas, infelizmente, é onde mais nos deparamos com preconceito, conservadorismo e macho escroto. Dito isto, um pequeno desabafo... (risos) Volto a resposta: mais que movimentar nossa cena, são realizações pessoais, onde o ganho lucrativo está em último lugar. Queremos “empatar”, se ganhar a mais, ótimo! Serve para custear os próximos eventos, se não, vamos à luta! O intuito maior é poder gerar uma confraternização onde podemos nos reunir, ouvir o que queremos, ajudar as bandas
que estão no palco, alimentando toda uma cadeia que sustenta o Underground. Em cada evento feito, é tratado com muito respeito as bandas, o púbico e a nós mesmas. É isso.

Recife Metal Law - Eu noto que vocês enveredam por uma linha mais extrema do Metal, e sabem o que fazem, frise-se. Mas vocês trabalham com bandas de outros estilos, não tão extremos?
Rah -
Sim, não existe segregação de subgêneros. Uma das coisas que colocamos em prática, desde que iniciamos como produtoras, foi tentar dar espaço a todas as bandas possíveis que conseguirmos, sem repeti-las no nosso ‘cast’, abrindo o máximo possível o leque de oportunidades, independentemente de gênero. Temos muita coisa para produzir ainda, e muitas bandas irão ecoar suas blasfêmias em terra potiguar!

Recife Metal Law - Agora, para 2023, o que podemos esperar do Garotas do Metal? Quais são os principais planos de vocês para o ano que se inicia?
Rah -
O apoio dado de forma virtual é sempre feito cada vez mais com empenho, e isso se perpetuará. Temos nos empenhado a cada evento, de produzir de forma mais primorosa, além de dar continuidade ao nosso trabalho já feito na Dark Rádio com o programa “Underground é com elas” e “Apocalipse”, e gradativamente fazer alianças que sigam o mesmo objetivo. Manter a chama Underground acesa!

Contatos:
www.facebook.com/profile.php?id=100072446228711
www.instagram.com/garotasdometall

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação

 
 
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