O título do EP, a arte da capa, que traz a sua frente um personagem totalmente inspirado no Predador, já entrega o que ouviremos: Heavy Metal em sua essência. Bem, a sonoridade da banda pernambucana Camus nesse seu segundo lançamento pode ser, sim, considerado Heavy Metal em seu estado puro, afinal abrir o trabalho com “Rise of a New World”, um Metalzão com seus riffs influenciados pelo velho Judas Priest, e não ser chamado de Heavy Metal, não tem como. Mas a banda traz outras nuances musicais em sua sonoridade, mesmo que a tônica seja o portentoso Heavy Metal. Assim, à medida que se vai escutando as músicas contidas em “Heavy Metal Machine” o ouvinte vai descobrindo uma coisa ali, outra ali, mas tudo usado de forma sábia e pesada, meus amigos, muito pesada! O guitarrista Jones Johson incorporou os mestres das guitarras do Heavy Metal, seja nos riffs ou solos. O cara caprichou e empolga o velho Headbanger ao ouvir tais linhas de guitarras tão inspiradas. Mesmo contando com uma guitarra, as músicas são bem preenchidas, ou seja, não deixam de soar pesadas, nem na hora dos solos, graças as contundentes linhas de baixo de Thiago Souza, que também é responsável pelos vocais. Vocais esses bem colocados, sem exageros ou agudos desnecessários. Na verdade, seus vocais estão mais para os graves. Complementa a formação do Camus o exímio baterista Marcelo Dias, preciso, veloz, mas sem soar pretensioso, assim usando toda a sua técnica em prol da música feita pela banda. A gravação está num bom patamar, bem timbrada e foi feita no Mr. Prog Studio, sob a batuta de Nenel Lucena. Nenel que não cuidou só da produção, mas também participou das músicas “Heavy Metal Machine” (no coro), além de ter tocado guitarra nessa música, em “The Loser” e “False Convictions”. Praticamente um quarto integrante da banda. A parte gráfica está correta, mas faltaram letras das músicas e uma foto da banda. Ponha esse EP para rolar, erga os punhos e bata sua cabeça!
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