São apenas cinco anos de formação, uma vez que a Blazing Dog foi formada em outubro de 2004, tendo a sua frente o vocalista Carlos Sousa (ex-Narcoze). E apesar do pouco tempo no meio Heavy Metal, essa banda brasiliense já se mostra como uma das principais bandas do estilo no Brasil, e com certeza uma das maiores revelações do ano passado. O seu primeiro álbum, “Metallic Beast”, até agora só recebeu críticas elogiosas, o que não poderia ser diferente, já que o álbum traz doze petardos do mais puro Heavy Metal, que nenhum amante do estilo vai botar defeito. Mesmo com o pouco tempo de lançamento do primeiro álbum, a banda já trabalha em novas composições e um futuro lançamento já está na agente do Blazing Dog. Vindo na mesma linha do ‘debut’, o que podemos esperar é mais um novo petardo do Heavy Metal nacional. Na entrevista a seguir o baixista Renan Guimarães nos fala mais um pouco sobre essa nova potência do Metal nacional. Completam a formação: Gustavo Freitas (guitarra), T.R. (guitarra) e Daniel Marks (bateria).
Recife Metal Law – Carlos Sousa deu início ao Blazing Dog no final de 2004. O início do Blazing Dog se deu a partir do fim do Narcoze?
Renan Guimarães – Quando o Blazing surgiu o Narcoze estava na ativa divulgando o disco “Genoma”. Com o passar do tempo o Blazing Dog foi ganhando força e se tornou a prioridade de Carlos Sousa. Em 2007 o Narcoze encerrou suas atividades devido a diversos fatores, mas admito que o Blazing Dog tem uma parcela de culpa nesta história toda. (risos)
Recife Metal Law – Como foi o processo de recrutamento para complementação da formação da banda? Era necessário algum requisito básico para se fazer parte do Blazing Dog? Renan – Amor ao Heavy Metal. Isto foi o básico exigido de todos os membros da banda. Carlos conhece muita gente na cena do Distrito Federal e junto com o primeiro guitarrista, Walisson Mota, entrou em contato com os integrantes para formar o Blazing Dog. Nosso primeiro ensaio foi tocando a música “Excalibur” do Grave Digger e hoje estamos aqui, sendo entrevistados para o Recife Metal Law. (risos)
Recife Metal Law – E o início da banda, como foi? Quais foram os primeiros obstáculos a serem superados e quais os mais difíceis?
Renan – Desde o início nos focamos em composições, que é a parte mais trabalhosa em uma banda. Quando tínhamos um numero razoável de músicas, começamos a fazer shows e a desenvolver a performance de palco. No processo evoluímos tecnicamente e criamos o conceito visual do Blazing Dog para os shows.
Recife Metal Law – A banda fez alguns shows ao lado de nomes como Shaman, Witchammer, Imago Mortis, Harllequin... De que forma esses shows ajudaram na divulgação da banda?
Renan – Qualquer show que fazemos sempre ajuda a divulgar o grupo, mas existem alguns que marcam. Os realizados com as bandas citadas foram ótimos momentos e nos mostraram que estávamos no caminho certo, fazendo algo honesto, verdadeiro e com apoio dos Headbangers.
Recife Metal Law – Esses shows foram feitos sem ao menos a banda ter uma Demo lançada. Como era montado o ‘set list’ na época? Quais músicas da banda faziam e ainda fazem parte do ‘set’ de vocês desde então?
Renan – Na época contávamos com seis músicas, sendo elas: “Will of Steel”, “Battle Splendour”, “Assassins”, “Insane Minds”, “Blazing Dog” e “Dance of Skeptics”. Este era o material que tínhamos em mãos e que até hoje nos acompanha ao vivo. Costumávamos tocar o cover de “Into the Pit” do Fight, que sempre fica bem legal nos shows.
Recife Metal Law – Vocês começaram a gravação de “Metallic Beast” em 2007 e isso durou cerca de um ano. Como foi o trabalho de estúdio? A banda já chegou com todas as músicas prontas para serem gravadas ou surgiram idéias de última hora?
Renan – Na verdade o trabalho em estúdio levou dois anos. O Orbis Estúdio, apesar de ser um ótimo local para gravações, tem uma agenda muito confusa. Entramos na sala de gravações com todas as músicas prontas, mas sempre existe alguma mudança em cima da hora. “Wasted Bullets”, por exemplo, foi editada de doze minutos para seis e meio!
Recife Metal Law – O álbum traz como música de abertura “Will of Steel”, que tem uma letra que faz menção ao Heavy Metal e aos seus defensores. Essa música foi escolhida para abertura do disco justamente por sua temática lírica?
Renan – Após a gravação do “Metallic Beast”, todos os integrantes levaram as músicas para casa e montaram um ‘track list’ para o CD. Depois de algumas semanas chegamos ao resultado final da ordem das faixas. A unanimidade como faixa de abertura foi “Will of Steel”, que é uma música agressiva e capta bem o espírito Metálico do disco. A curiosidade é que essa foi à primeira música composta pela banda!
Recife Metal Law – “Metallic Beast”, em seus mais de cinquenta minutos, traz músicas que ficam cravadas na mente. Uma mais empolgante que a outra. Poderia citar muitas, mas digo que “Silent Grave” e “Supreme Wings” são excelentes. Quais músicas vocês indicariam para quem não conhece o Blazing Dog começar ouvindo?
Renan – Bons exemplos do som que fazemos são: “Supreme Wings”, “Battle Splendour” e “Easy Rider”. A música “Dance of Skeptics” também é uma ótima pedida, pois tem atmosferas diferentes e mostra bem a cara da banda, uma agressividade com melodia.
Recife Metal Law – Uma música que chama a atenção é “Wasted Bullets”, com sua levada meio que, digamos, “filmes de faroeste”... Essa música ainda conta com a voz feminina de Elllen Oléria. Em meio ao peso do álbum, essa música dá uma ‘quebrada’ no andamento mais Heavy Metal do disco...
Renan – Verdade! Ela é a ‘pausa para respirar’ do CD. No meio de tanta porrada, ela surge de forma inesperada no álbum. Essa é uma música que todos nós adoramos, uma balada com feeling na dose certa. A produção e cuidado que ela recebeu foi especial, tanto que foi a última música a ficar pronta no “Metallic Beast”.
Recife Metal Law – A capa do álbum traz um cão em meio a chamas, numa alusão ao título e ao nome da banda. Essa foi à verdadeira intenção da banda com essa capa?
Renan – Sim, a ideia da capa foi a de sintetizar em uma imagem toda a carga sonora do “Metallic Beast”. Algo agressivo, furioso e cheio de energia! Esta capa foi feita pelo nosso vocalista multi-tarefas Carlos Sousa e já estava pronta antes mesmo de pisarmos em estúdio para a gravação do CD.
Recife Metal Law – O encarte do álbum, em cada letra apresentada, existe uma imagem diferente. Vocês usaram desse artifício apenas para ‘ilustrar as letras’?
Renan – De certa forma sim. Usamos isso para enriquecer o encarte do álbum, mostrando uma conexão lírica com as imagens, traduzindo visualmente letras abstratas. Existe outra interpretação mais complexa para as gravuras, mas prefiro deixar isto na penumbra. É provável que exploremos este conceito em discos futuros.
Recife Metal Law – “Metallic Beast” foi lançado pelo próprio selo da banda, Blazing Rec. Mas a banda está contando com suporte de algum outro selo para divulgação do álbum? Existe alguma espécie de divulgação no exterior?
Renan – O Blazing Dog é uma banda 100% independente, trabalhamos duro na divulgação do nosso som. Fizemos várias amizades pelo caminho e conseguimos distribuição na Grécia, com a Sonic Age, no Japão e Brasil contamos com a Kill Again do Rolldão e nos EUA com a Digmetalworld da DJ Valkyrie (www.djvalkyrie.com) que dá um apoio fenomenal a bandas da América do Sul.
Recife Metal Law – Com o lançamento do ‘debut’, quais os planos para o ano de 2010?
Renan – Temos planos para uma turnê pelo país, gravação de um DVD e lançamento do segundo CD que está em fase de composição. Sabemos que teremos dificuldades para concretizar nossos planos, mas acreditamos que o “Metallic Beast” é apenas o primeiro passo de uma longa jornada no Heavy Metal.
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Renan – Amor ao Heavy Metal. Isto foi o básico exigido de todos os membros da banda. Carlos conhece muita gente na cena do Distrito Federal e junto com o primeiro guitarrista, Walisson Mota, entrou em contato com os integrantes para formar o Blazing Dog. Nosso primeiro ensaio foi tocando a música “Excalibur” do Grave Digger e hoje estamos aqui, sendo entrevistados para o Recife Metal Law. (risos)
estava pronta antes mesmo de pisarmos em estúdio para a gravação do CD.
