Demo extremamente bem cuidada, prensada de forma profissional, com encarte trazendo muitas informações, mais parecendo um full lenght. A banda pernambucana Blast Agony já mostra atributos invejáveis, ainda mais se tratando ser um lançamento Demo e ser o primeiro de sua recente carreira. Eu havia visto um show da banda no “Visions of Rock”, em Caruaru, em 2015, e ali pude conferir toda a brutalidade da banda. Porém é sempre bom ter em mãos um lançamento e ver do que a banda é capaz em estúdio. “Inhuman Impalement” traz apenas três músicas, suficientes para causar danos irreparáveis ao seu aparelho de som ou até mesmo aos ouvidos mais sensíveis, não tão habituados com tanta brutalidade sonora. O material é iniciado com uma parte incidental, que dura 01m50segs., e só depois abre espaço para o esporro sonoro intitulado “Supreme Unholy Agony”, numa velocidade e brutalidade sem tamanho. Parte instrumental que é um verdadeiro caos, e uma bateria, a cargo de Deiveson Azevedo, sendo tocada à velocidade da luz. Os vocais de Cristiano Alexandre (ex-Infested Blood) são urrados de forma brutal, praticamente ininteligíveis. As linhas de guitarra feitas por Nélio Almeida, Alfredo Bateman (esse músico convidado) e José Selva (também responsável pelas linhas de baixo) trazem um pouco de sanidade em algumas passagens, algumas delas marcadas. Apesar de toda a velocidade e brutalidade contidas no caos sonoro chamado de música do Blast Agony, podemos ouvir alguns andamentos mais trabalhados, dando uma diferenciada entre as músicas contidas. A gravação ficou muito boa, até mesmo para o estilo praticado pela banda. A arte gráfica, retirada do livro “Vlad Tepes, The Impaler”, casou bem com a temática lírica (o encarte traz as letras). Para quem é fã do Brutal Death Metal, o Blast Agony é uma ótima pedida, já que mesmo trazendo muita brutalidade, mostra boa técnica.