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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Abril Pro Rock 2019 - 1º dia

Evento: Abril Pro Rock 2019
Data: 12 de abril de 2019
Local: Baile Perfumado. Recife/PE
- Camus (Heav Metal - PE)
- Malkuth (Black Metal - PE)
- Jackdevil (Thrash Metal - MA)
- Maestrick (Prog Metal - SP)
- Malefactor (Epic/Melodic Death Metal - BA)
- Amorphis (Melodic Heavy Metal/Rock - Finlândia)

Resenha & fotos: Valterlir Mendes

Este ano o Abril Pro Rock ganhou datas distintas (algo que já havia ocorrido há muitos anos), com dois finais de semanas diferentes. Isso se deu, principalmente (e acredito que exclusivamente), em razão de as duas bandas principais do festival (Amorphis e Nuclear Assault) passarem pelo país com agendas diferentes. Levando isso em consideração e, ainda, o fato de boa parte do público do Abril Pro Rock ser feito por pessoas de diferentes localidades, entre interior de Pernambuco e cidades de outros estados, era de se esperar uma divisão de público.

Com certo atraso para pegar a estrada e um pneu furado na viagem, chegamos em Recife exatamente no horário marcado para a abertura do portão do Baile Perfumado, que pelo segundo ano abriga o evento. Com a preocupação em encontrar algum lugar para estacionar, até que tivemos sorte em encontrar uma vaga bem de frente ao local. A movimentação ainda era pequena por volta das 20h00, mesmo sendo uma sexta-feira. Apesar de ser o início do final de semana, muitas pessoas não curtem muito o dia para ir a shows. Se bem que alguns não podem ir, em se tratando de quem mora no interior, em shows na sexta-feira em razão de horário de trabalho e de ter que trabalhar no sábado.

Não me demorei muito no lado de fora. Foi apenas o tempo de tomar uma cerveja para tirar o stress da viagem, trocar algumas ideias com algumas pessoas que ainda estavam no lado de fora e que preferiram só entrar mais tarde, e ir para a fila do credenciamento, que estava tranquila.

Ainda na fila consegui ouvir uma “Introdução”. O relógio marcava 20h30, ou seja, pontualmente no horário marcado para início dos shows a banda pernambucana Camus dava início a sua apresentação. A musicalidade da banda eu conhecia em decorrência do EP “Heavy Metal Machine” e, por ser um trabalho excelente, sempre me deixou curioso para ver a banda ao vivo. A sonorização, como todo o início de festival, não estava num patamar perfeito. Alguns ‘zumbidos’ eram ouvidos, porém nada que atrapalhasse, em demasia, a audição. Notei que a banda, ao vivo, soa mais contemporânea, não se apegando, como no EP, ao tradicionalismo do Heavy Metal. E, apesar de ser a primeira banda da noite, mostrou garra e desenvoltura em temas como “Abyssal”, “Empty Life”, “False Convictions”, “Offer of Blood”, “Knights of Heavy Metal” e “Heavy Metal Machine”, que foram as músicas presentes em seu ‘set list’ de 30 minutos. Pouco tempo, mas a Camus demonstrou desenvoltura e traz músicos eficientes e boas canções Heavy Metal. O pequeno público que entrou para conferir a apresentação da banda aprovou.

Dois palcos no Abril Pro Rock não é nenhuma novidade e são eles que proporcionam que não ocorram atrasos entre as apresentações ou esperas desnecessárias. Por um lado, isso é muito bom, por outro, não há tempo
nenhum para quem quer ver todas as bandas dar uma respirada, comer algo ou tomar uma cerveja. Isso tem que ser feito durante as apresentações mesmo.

No palco principal e pela primeira vez no evento, mesmo com todos os seus anos de estrada, o Malkuth dava início ao seu show. Boa iluminação e um palco enorme ao seu dispor, a banda destilou seu Black Metal nos seus 30 minutos disponíveis, os quais foram aproveitados de forma sábia. Claro, como a banda vem divulgando seu novo álbum de estúdio, “Voodoo”, o ‘set list’ foi feito basicamente com músicas desse disco, começando com a violenta “Shoot to Kill (Je$us)”, logo seguida de “The Old Blade”. Percebi uma sonorização muito alta, escondendo as guitarras, em alguns momentos. Para quem não é afeito à sonoridade do Malkuth, pode ter estranhado. Nada que depreciasse a qualidade musical desses pernambucanos, que há anos resistem no Underground, sempre lançando bons discos e com uma sonoridade bem peculiar. O ‘set list’ foi complementado com “Anticristum (Belicus)” - que foi tocada numa velocidade impressionante -, “Dead (Cold as
a Graveyard)” e “Voodoo (Demoni Invocation)”. Apesar de o tempo curto, houve tempo para que a banda mandasse uma música bem antiga, da época da Demo “Glory and Victory” (1995) e regravada no clássico primeiro álbum “The Dance of the Satan’s Bitch” (1998). Poder ver/ouvir ao vivo “Azimã: The Doctrinator of the Sexual Arts” foi como ser transportado ao passado. A música ainda contou com a participação especial de Diego DoUrden (Infested Blood, Mystifier) e seus vocais aterradores.

Sem intervalo para sequer uma cerveja, a terceira banda já estava no palco secundário, o palco menor, ao lado do palco principal. Como falei acima, esse é o lado ruim, para quem quer conferir todos os shows, de não ter intervalo entre eles. Sendo assim, tive que pegar a fila para comprar um chopp (e que ótimo chopp!) enquanto a terceira atração estava no palco. Felizmente de onde estava vendendo as bebidas dava para ver bem o show.

O Jackdevil era uma das bandas que eu mais queria ver nesse primeiro dia de Abril Pro Rock. Afinal, faz uma linha sonora que sempre fui apaixonado desde a minha adolescência. Gosto muito do que a banda fez e faz
em estúdio e, sinceramente, a banda não decepcionou em palco. Adrenalina pura! Energia contagiante durante todo o show; movimentação incessante e músicas para fazer os amantes do Thrash/Speed Metal se esbaldarem. Claro, logo ao tocarem “Evil Strikes Again”, algumas rodas de mosh surgiram na frente do palco. Vestidos à caráter (calça colada, camisetas cavadas), bem na linha ‘old school’ Thrash Metal esses maranhenses não deram trégua um só segundo. As pausas apareciam apenas para agradecer ao público e a produção do evento, de resto foi “Devil Awaits”, “Age of Antichrist”, “Flashlights”, “Bastards in the Guillotine”, “Thrash Demons Attack” (totalmente influenciada pelos riffs Speed Metal do velho Iron Maiden), “Vixen of Satan” e “Under the Metal Command” estourando nos falantes. Em minha humilde opinião, Jackdevil fez um dos melhores shows da noite e, sem dúvidas, um dos mais energéticos e contagiantes. E, apesar do ‘set list’ que o próprio Ric Mukura (guitarra) me passou, ainda acho que a banda chegou a executar a insana, como o próprio título diz, “Insane Speed Metal”. Enfim, que belo show!

O que mais me agradou nesse primeiro dia do festival foi a boa mescla de estilos, o que sempre vejo com bons olhos em eventos dessa magnitude. Abrir espaço para estilos diversos sempre foi uma tônica para o Abril Pro Rock e esse primeiro dia mostrou isso de forma bem clara.

Sendo assim, o palco principal abria espaço para o Prog Metal da banda Maestrick, que atualmente vem divulgando seu mais novo álbum de estúdio, “Espresso Della Vita: Solare”. A essa hora o público já era praticamente o que ficaria até o final. Não era um público que lotava o local, mas que não chegava a ser decepcionante. Foi interessante ver como boa parte dos presentes acompanharam o show do Maestrick, com bastante atenção. Os músicos são simplesmente excelentes, precisos, seja em partes mais pesadas ou andamentos mais intricados. Os vocais de Fábio Caldeira são fortes, bem postados e usados sem exageros, o que combina com toda a parte musical da banda que, seja com músicas longas ou com músicas mais diretas, fazem um som para adeptos do Prog Metal não botar defeito. Além disso, a banda contou com convidados como Gustavo Carmo (VersOver na guitarra) e Talita Quintano (Soulspell nos vocais), além da presença do coletivo Baque Mulher, grupo de Maracatu Nação e Movimento, formado apenas por mulheres, nas músicas “Pescador” e “Penitência” (essa trazendo vocais mais agressivos e graves, com muito Groove e usando de dialetos regionais). Isso só veio a mostrar que o Maestrick não se faz de rogado ao inserir a musicalidade regional brasileira em sua sonoridade. Vale lembrar que o vocalista Fábio se mostrou muito emocionado com a participação do coletivo Baque Mulher. O bom show do Maestrick foi encerrado com a longa “Hijos de La Tierra” e “Aquarela”.

Uma breve saída para comer algo e, claro, tomar um belo chopp, além de conferir alguns dos merchandising que estavam disponíveis para venda, era hora de ir para a frente do palco secundário.

Depois de quase uma década sem tocar em Pernambuco e pela primeira vez tocando no Abril Pro Rock, o
Malefactor finalmente estava de volta. Esse era outro show que eu aguardava bastante e, novamente, não me decepcionei (na verdade, como se decepcionar com o Malefactor?). Atualmente reduzida a quarteto, a banda mostrou que isso não é nenhum problema para manter a sua musicalidade apurada. Foi simplesmente de arrepiar esse show! Que qualidade técnica! Que feeling! O que se ouve nos discos é replicado em palco, com a diferença de ser uma banda tocando ao vivo com a mesma qualidade de estúdio. Assim, eu poderia simplesmente definir o show do Malefactor como a perfeição de seus discos de estúdio com a energia transmitida no palco. A sonorização foi uma das melhores da noite; o público chegou junto, abrindo muitas rodas de mosh ou simplesmente batendo cabeça e acompanhando a banda. Cada músico cumpre com o seu ofício de forma espantável e o que falar dos vocais de Vlad? Cara, fantástico! Agressividade e vocais limpos numa só música, da forma mais natural possível. No ‘set’ músicas como “Counting the Corpses” (bem Death Metal), “Necrolust in Thulsa Abbey”(oriunda do “The Darkest Throne”, 2001), e a clássica “Centurian”. Já “Sodom and Gomorrah” foi um “recado” ao cristianismo. “Eles nunca podem nos impor isso, nunca!”, brandou Vlad, e a música foi executada com uma ferocidade incrível! O fim veio com “Elizabathory”, uma das melhores músicas da banda. Pena que num festival assim muitas músicas acabam ficando de fora, mas o Malefactor foi simplesmente impecável em palco, como sempre. E ouvi muitos dizendo que a banda deveria ter tocado no palco principal. Bem, no palco principal ou no secundário, em minha opinião os baianos fizeram o melhor show da noite!

A primeira noite do Abril Pro Rock 2019 estava chegando ao fim e, claro, para encerrar, uma atração ‘gringa’. Eu confesso que nunca acompanhei a carreira do Amorphis, banda que tem um bom público para o seu tipo de som. Tanto é que praticamente todo o público presente na primeira noite do festival se encaminhou para a frente do palco. Claro, também tem um pessoal ‘da antiga’ que foi para ver a banda, da época que sua sonoridade era mais Prog/Doom/Death Metal, mas que reclamaram em razão de a banda fazer um ‘set list’ baseado em músicas mais recentes, o que era de se esperar. As músicas mais recentes da banda tem um apelo mais Pop, me arrisco a dizer, como, por exemplo, a música de abertura do show, “The Bee”, que tem como carro-chefe os teclados. Tudo bem, tem os vocais mais guturais e algumas guitarras mais pesadas, mas é algo que não agrada em cheio aos fãs dos primórdios da banda. Porém, independente do gosto individual, a banda é excelente em palco, e até mesmo algumas músicas novas, com alternância de vocais limpos e guturais, são bem atrativas. Novamente digo, não é o tipo de som que costumo ouvir, mas o Amorphis é uma banda simplesmente fantástica no que se propõe a tocar. Tomi Joutsen, além de suas bem postadas vocalizações, mostrando naturalidade entre algo mais agressivo e suave, mostrou forte carisma e teve o público nas mãos. Apesar de algumas músicas mais herméticas, leves, por assim dizer, a banda fez um show preciso, seguro, indicado aos fãs da banda, mas também com bastante energia, e alguns momentos que agradaram quem foi para ver coisas como “Against Widows”, com algo do Melodic Death Metal, e a mais que clássica “Black Winter Day”, advinda de seus primórdios. A escolha para ‘headliner’ da noite foi bem feita e, certamente, agradou em cheio a maioria que foi prestigiar o evento.

Devo dizer que a noite de shows foi excelente e pouco cansativa. Foram apenas seis bandas e sem intervalos entre uma e outra, o que fez com que o festival não se arrastasse até altas horas e, assim, não deixasse a maioria cansada. Mesmo com a falta de intervalos, deu para ver o pessoal circulando pelo local, seja para comprar bebidas, comer algo, bater fotos com amigos ou com o pessoal das bandas ou comprar merchandising. Além disso, o ‘cast’ do primeiro dia mostrou uma diversificação musical que agradou bastante e que atraiu diversos grupos, afinal, mesmo dentro do Heavy Metal, tem o pessoal que curte apenas mais uma linha sonora. Agora é aguardar o próximo fim de semana desse tradicional evento pernambucano.
 
 
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