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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

REST IN DISGRACE



Surgindo, inicialmente, como um projeto, mas tomando proporções de banda, após o lançamento de seu primeiro trabalho, o Rest In Disgrace vem trabalhando duro desde o seu nascimento, em 2007. Fazendo um som que passeia pelo Melodic Death Metal, a banda, que nasceu em João Pessoa/PB, através das mãos do baixista Márcio Quirino e do guitarrista João “JP” Pachá, agora respira novos ares, já que os músicos fixarão residência na Alemanha. O texto introdutório, nessa entrevista, é mera formalidade, haja vista que a longa entrevista cedida pelos músicos fundadores da banda é bem esclarecedora, e nela o leitor poderá ficar sabendo de tudo sobre o Rest In Disgrace, desde sua sonoridade até a sua temática lírica. Então, façam uma boa leitura!


Recife Metal Law – Desde a sua formação, no ano de 2007, o Rest In Disgrace sempre contou com Márcio Quirino (baixo) e João Pachá (guitarras). Qual era a intenção inicial de vocês? Fazer do Rest In Disgrace apenas um projeto?
Márcio Quirino –
A princípio, a ideia era ter uma espécie de projeto paralelo aos nossos trabalhos com as bandas em que tocávamos na época, justamente porque tínhamos a necessidade de explorar novas perspectivas musicais e líricas dentro do gênero Heavy Metal. Além disso, desejávamos poder exercitar melhor essa parceria, algo em que naturalmente apostávamos bastante, por sabermos das influências e gostos gerais um do outro. Mas, na medida em que as composições de músicas e letras foram surgindo, e na medida em que o resultado cada vez nos agradava mais, fomos nos tornando mais rigorosos com o andamento das coisas relativas ao Rest In Disgrace, e passamos a encarar tudo com mais seriedade ainda. Daí para começarmos a ‘recrutar’ alguns músicos convidados para ensaios e shows, foi uma consequência natural.
João “JP” Pachá – Inicialmente, o Rest In Disgrace foi fundado como um ‘side project’. Eu estava no Thyresis e Márcio no Dissidium. Então, como ambos tinham riffs e ideias que não seriam muito bem assimiladas nas respectivas bandas, por questões estilísticas, formamos o Rest In Disgrace. Porém, com o desenvolvimento das ideias, o negócio foi ficando cada vez melhor e, consequentemente, mais sério. Aliado a isso, um dos motivos que também contribuíram pra o ‘status’ de projeto, foi a impossibilidade de encontrar membros que se encaixassem na proposta da banda (tanto no que diz respeito ao ‘background’ musical, quanto ao aspecto técnico, na abordagem do instrumento). Um velho problema clássico no Brasil é o dos bateristas: os que tocam bem, não tocam Metal; os que tocam Metal, não tocam bem (leia-se ‘blast beatings’, técnicas de pedal duplo, viradas). Então tivemos sempre que tocar com convidados e amigos que quebraram nosso galho nos shows que fizemos por aqui. Uma analogia minha que ilustra isso é que: uma música simples, sem muitos atrativos, mas bem trabalhada, arranjada e tocada por um bom batera, se tornaria altamente interessante e colorida; já no outro caso, seria tomar uma música bonita, bem arranjada e trabalhada, executada por um baterista ruim, não dedicado e incompetente, isto vai arruinar a música. Eu pessoalmente já presenciei várias vezes ambos os casos.

Recife Metal Law – E de onde veio o nome Rest In Disgrace? O nome surgiu antes ou depois das músicas ou o nome veio para complementar o sentido das letras/músicas?
JP –
Agora você me pegou! Mas acredito que o conceito da banda e algumas músicas tenham vindo antes, e o nome em seguida. Sei que o nome veio para complementar as letras, pois a temática já foi definida desde a concepção da banda. Era certa a relação da temática das letras com o nome. Acho que faltava apenas escolhermos o melhor.
Márcio – Uma vez que tínhamos decidido, em termos gerais, quais seriam o estilo e o conceito sobre os quais a banda deveria trabalhar, passamos à procura de um nome que se adequasse aos mesmos. Então o nome Rest In Disgrace foi seguramente o melhor, e o usamos, pois ele refletia bem essa imagem que queríamos passar, e que radica nas filosofias orientais: a da serenidade e resignação psíquica, mesmo diante das misérias existenciais! Mas há ainda um sentido ambíguo e um tanto quanto irônico no nome Rest In Disgrace: já que pode significar, ao mesmo tempo ‘descanso na desgraça’, representando essa serenidade anímica de que falamos; e também algo como ‘permanência na desgraça’, com um sentido bem oposto ao primeiro... E, finalmente, é um trocadilho com a expressão ‘R.I.P.’ (Rest In Peace).

Recife Metal Law – Vocês já passaram por algumas bandas do cenário de João Pessoa, como já mencionado, mas o que o Rest In Disgrace tem de especial para que vocês não façam da mesma apenas uma banda ‘onde um dia tocaram’?
Márcio –
Como disse antes, a motivação principal surgiu do fato de que com o Rest In Disgrace estávamos explorando diferentes facetas artísticas, e tendo a oportunidade de buscar algo ‘novo’ em nós mesmos para fazer da banda algo ‘original’, dentro de limites muito estritos, como são os do Metal. Esse desafio foi sem dúvida importante para nos fazer mais ambiciosos com a banda. Outro aspecto que certamente nos fez ‘apegar’ mais ao Rest In Disgrace e ter pela banda uma espécie de ‘carinho’ especial, foi o fato de que, durante todo o processo de composição e também de gravação do EP “As Beauty Springs From Mud...”, tanto eu quanto JP estávamos passando por problemas pessoais e familiares delicados, o que nos deixou muito ligados ao que estávamos fazendo, como uma forma de ‘catarse’ de nossas emoções; e isso gerou uma canalização sentimental para o trabalho muito forte, que se pode perceber ao ouvir o som do Rest In Disgrace. Nesse sentido, tudo que está ali é muito honesto, muito verdadeiro para nós; e esperamos que o público perceba e sinta o mesmo.
JP – O meu intuito, desde que comecei a tocar guitarra (1995/1996) sempre foi o de dar o máximo de mim. Trabalhar com seriedade, afinco e dedicação totais, unindo o ‘feeling’ à técnica, e o peso à velocidade. O problema é que as pessoas querem tocar em bandas para se exibirem pros amigos, ‘pegar’ as garotas, posar de metalhead e apenas gastar com bebedeiras, etc. (em lugar de juntar a grana e comprar um equipamento bom e dedicar as horas de farra ao exercício do instrumento); e, consequentemente, vemos no que dá: fracasso ou mil anos na cena e reconhecimento zero. Sempre me dediquei a trabalhar meu ouvido, exercitar as músicas pra não tocar nada errado ou confuso; dedicar um tempo a tirar um timbre decente e pesquisar sobre captadores, instrumentos, equalizações, pedais... Das bandas que toquei, e não deram certo, a maioria dos motivos para isso foram os descritos acima.

Recife Metal Law – Vocês se dizem influenciados por nomes como Samael, At The Gates, Iron Maiden, mas como vocês trabalham nas composições para que as influências não fiquem tão ‘na cara’ e as músicas da banda tragam características próprias?
Márcio –
Eu acho importante que uma vez você tendo assumido certas linhas composicionais e influências, deixe-as transparecer na medida exata, isto é, sem exageros nem carências. Para isso nos esforçamos em trabalhar bem as ‘fisionomias’ dos riffs, pondo mais ou menos agressividade, mais ou menos melodias, mais ou menos densidade nas sonoridades, etc. Mas confesso que muitas dessas influências vêm como que natural e espontaneamente, visto que a maioria delas são coisas que eu mesmo escuto desde criança, então já fazem parte da própria linguagem musical de que me sirvo para comunicar o que desejo transmitir nas composições. Finalmente, é óbvio que deve haver sempre uma atenção redobrada para que a sua música não pareça apenas uma ‘cópia’ do que quer que seja, em sentido estrito, já que isso seria muito decepcionante artística e profissionalmente.
JP – Eu mesmo, segundo observação própria, não acho que meus riffs pareçam com quaisquer outros a tal ponto de sugerir uma cópia e/ou semelhança forçada. Mas isso não está livre de acontecer. Em outras bandas, eu já criei riffs, e fiquei imediatamente (ou depois) com uma pulga atrás da orelha: quando os ouvi, pareciam com algum riff do Bethlehem ou do Darkthrone, por exemplo. Então identifiquei isto e mudei em seguida. Eu acho que o segredo é ouvir várias coisas e nunca copiar nada descarada e intencionalmente. E o mais importante de tudo, ter a sua linguagem, o seu vocabulário musical, para quando as pessoas ouvirem a música tocar, possam associá-la à banda e, consequentemente, a você. Outra coisa que percebi pelas minhas próprias experiências com parceiros de outras bandas e conversas, ou assistindo bandas ao vivo, em ensaios, foi que o pessoal é muito apressado. Às vezes há pessoas que, com um ano de bateria (ou guitarra, baixo, vocal) já querem formar uma banda. O pior, nesses casos, é a falta de técnica aliada ao pouco conhecimento de uma boa gama de bandas e referencias. Isso até impossibilita que se faça algo criativo. Se a parte técnica não está boa, pela imaturidade do indivíduo no mundo prático da música, muitas vezes sem ter o estudo prático e teórico necessários, e sem o conhecimento de bandas (nem que seja pra puxar pela memória algo absorvido inconscientemente), os seus esforços se tornam quase nulos, resultando em coisas batidas e sem criatividade, devido à inexperiência e à pressa em tocar logo e rápido, sem ter condições. Minhas influências vêm de algumas bandas em comum com Márcio (mais na parte Death Metal). No geral seriam: Ophthalamia, Defleshed, Samael, Dismember, Dissection, Burzum, Sacramentum, Gates Of Ishtar, Carcass, Bethlehem, Slayer, Morbid Angel, Katatonia, October Tide, Tristitia…

Recife Metal Law – Apesar de trazer elementos de Doom, Dark, Death, Heavy e até Black Metal (a música “Unnamed Feelings” tem andamentos que lembram esse último estilo), acho que a musicalidade de vocês caminha mais para o lado do Melodic Death Metal. Esse estilo tem muitos adeptos, mas confesso que achei o som do Rest In Disgrace bem peculiar. De que forma vocês trabalharão para se sobressair dentro de um estilo tão concorrido?
Márcio –
Eu creio que é difícil para uma banda definir de maneira concreta e absoluta o estilo em que se enquadra a sua música; é sempre mais saudável deixar que a percepção do próprio público fale por si só e nos dê uma noção aproximada de como soamos, aos seus ouvidos. Isso não é necess
ariamente algo ruim, mas até uma vantagem, sobretudo quando se deseja de alguma forma ‘acrescentar’ algo a gêneros e subgêneros já tão ‘concorridos’, como você mesmo diz, com muito acerto. Então, é aí que de fato a competência e criatividade do músico faz a diferença; pois se você não souber exatamente como ‘montar’ uma música, segundo o que cada momento pede e segundo o que a letra pede (eu acrescentaria, segundo o que você mesmo espera da música), terminará juntando um amontoado de riffs, cheios de retalhos de sonoridades divergentes que não se comunicam bem entre si e ao final não dizem nada, não fazem o ouvinte se excitar ou se intrigar com nenhuma parte em especial. Acho que é essa habilidade de harmonizar e equilibrar bem as próprias músicas (e as letras) que o Rest In Disgrace traz de melhor... Tenho ouvido repetidas vezes, comentários honestos de pessoas que dizem que nos ouviram e ficaram com uma ou outra passagem das canções ‘grudadas’ na cabeça, que acordavam no meio da noite cantarolando as partes das músicas... Eu acho isso extremamente importante e positivo, e é justamente isso que nós temos a nosso favor nesse universo concorrido de bandas similares, que nem sempre sabem como combater este persistente inimigo, que é o elemento da mesmice!
JP – Como citei na questão anterior. Acho que é importante ter uma base, influências sólidas... E não misturar as coisas. Além de ter sua identidade. Quanto mais conhecimento de causa e prática, mais perto de sua identidade você estará. E é claro, a ligação com as emoções e sentimentos, a profundidade do ser de cada um, tem muito a ver com isso. Se não se tem nada dentro, se és superficial, então provavelmente o que sairá de dentro de ti será apenas a exteriorização daquilo que está por dentro (ou seja, nada). Eu não quero revelar nada ainda, mas posso dizer que para o segundo CD (futuramente), vamos ter uma boa mudança no som. No ‘debut’ (no qual começamos a trabalhar agora), já vamos dar algumas amostras disso, embora a linha sonora seguida nele será principalmente a mesma do EP “As Beauty Springs From Mud...”, mas com algumas novidades e a adição de novas temáticas, como a Astrologia, da qual sou adepto.

Recife Metal Law – As letras são bem escritas e abordam temas como budismo, hinduísmo e filosóficos, porém longe de carregar consigo temas religiosos. Isso é até meio contraditório. Então como vocês fazem para que as letras não tenham conotação religiosa?
JP –
Não é obrigatório, sempre que se quiser abordar uma cultura ou religião, que se tenha de ser devoto ou adepto dela e pregá-la nas letras (isso seria até superficial). No nosso caso, é uma releitura e interpretação dos vários mitos, alegorias, crenças e culturas, nos temas já citados; isso sob uma ótica filosófica pessimista. Sem enveredar em apelos para tornar as letras religiosas. Márcio pode explicar isso bem melhor que eu, já que neste primeiro EP as letras ficaram a cargo dele.
Márcio – Isso é mais um diferencial que creio que conseguimos alcançar com o Rest In Disgrace: transformar a temática que desejamos explorar em algo esteticamente interessante, sem parecermos ‘bitolados’ ou ‘panfletários’, o que para mim, pessoalmente, sempre soou muito infantil. Seria meio risível (para não usar outra palavra) imaginar, por exemplo, que Steve Harris realmente combateu com as tropas cavalarianas britânicas, e daí pode compor “The Trooper”, ou que “The Wall” foi factualmente baseado em experiências pessoais de Roger Waters... Enfim. Mas, naturalmente, há uma identificação (até bastante latente) entre o que fazemos musicalmente e o que fazemos pessoalmente: eu estudo filosofia oriental (entre outras) e, além disso, tanto eu quanto JP praticamos yoga, por exemplo. Isso oferece ainda mais ‘conhecimento de causa’ ao que as letras passam. Então, o principal para se abordar tais temas, longe de uma conotação religiosa, seria saber isolar bem as imagens e ideias sobre as quais você deseja trabalhar, e orientá-las para a sua própria perspectiva artística, psicológica, criativa (que, no nosso caso, como JP já citou, tende a ser a filosófico-pessimista).

Recife Metal Law – Percebi que todas as letras, ao menos no EP “As Beauty Springs From Mud…”, foram escritas por Márcio. JP chega a opinar nas letras ou elas serão sempre feitas, exclusivamente, por Márcio?
JP –
Sim, para este primeiro trabalho Márcio já havia escrito anteriormente algumas das letras (que também passam por uma vistoria minha). Mas normalmente não é necessário mexer em quase nada, pois elas já vêm excelentes de fábrica. Então, confio em Márcio. Para o full length, eu já escrevi uma letra, e pretendo escrever mais algumas. Mas ainda estou desenvolvendo esse meu lado letrista. Márcio nessa área está mais adiantado do que eu.
Márcio – Pra mim é sempre muito natural pensar cada faixa que será composta já como um conjunto ‘letra + música’, então as composições já evoluem espontaneamente nesse sentido. Mesmo se por acaso os riffs da música em questão não forem meus, mas de JP, eu imediatamente já os imagino projetados sobre determinada letra. Mas não existe nenhuma regra interna quanto a isso; JP pode e certamente irá participar das letras nos próximos lançamentos do Rest In Disgrace. Apenas sou realmente exigente com esse aspecto do trabalho, e acho que escrever exige um pouco de conciliação de vários elementos importantes: 1) boas idéias; 2) termos e tempo adequados, para realçar a musicalidade dos riffs; e 3) muito, muito ‘trabalho braçal’, para rever incansáveis vezes o que você acabou de escrever, de maneira que no final você tenha a certeza de que está diante de algo que causará a mesma boa impressão no maior número de pessoas possível, tantas vezes quantas elas venham a ler a letra e ouvir a música. Acho que muitas vezes letristas se ‘cansam’ ou se ‘perdem’ nesse processo, e por isso temos muitas bandas com uma sonoridade até interessante, mas letras pífias, o que normalmente não me agrada, pois compromete o conjunto da obra.

Recife Metal Law – Esse EP foi gravado agora em 2010, e contou com a participação de Rafael Basso nos vocais. Acho que os vocais de Rafael eram o que a musicalidade do Rest In Disgrace pedia. Quando vocês estavam à procura de
um vocalista, quais as características principais que vocês procuravam?
JP –
“Feeling”, intuição, influências semelhantes às nossas... E uma timbragem legal, além de dinâmica (entre grave, médio-grave e médio, com ‘pitadas’ de agudos).
Márcio – Quando começamos a pensar seriamente em qual seria o nome ideal para gravar as linhas vocais do EP (embora anteriormente tenhamos feito algumas experiências), não pensei duas vezes antes de convidar Rafael Basso, por vários motivos: 1) já havíamos trabalhado juntos (Soturnus) e isso me dava um referencial seguro e um grande respaldo a Rafael; 2) influências e afinidades musicais comuns; 3) amizade; e, claro, 4) a competência inegável que ele tem como vocalista, explorando diferentes tipos de linhas vocais que vão um pouco além da grande média de vocalistas de Death Metal brasileiros. Com Rafael, eu sabia que poderia ‘arriscar’ um pouco mais, e também ‘exigir’ um pouco mais, pois sabia exatamente o quanto ele é capaz e o quanto podia dar de si mesmo. Eu podia, por exemplo, me dar ao ‘luxo’ de pedir a ele que gravasse na maioria das vezes duas ou mais linhas de vocais, algumas mais altas e limpas, outras mais baixas e distorcidas, para posteriormente usar cada uma ‘cirurgicamente’, na mixagem, dependendo do que cada faixa e cada trecho pedissem. Assim, acho que o maior crédito do sucesso dos vocais de “As Beauty Springs From Mud...” são mesmo do próprio Rafael!

Recife Metal Law – O EP tem sete músicas, e caso a instrumental “Descension” não viesse emendada à “Unnamed Feelings” teríamos oito músicas em pouco mais de meia hora de execução desse trabalho. Metade da Demo é composta por músicas instrumentais. Qual a razão para usar tantas músicas instrumentais nesse trabalho?
JP –
O trabalho foi planejado inicialmente como uma Demo, mas no decorrer do processo (que teve bons e maus momentos acentuados) resolvemos, devido ao resultado ter se tornado ainda melhor do que já esperávamos, transfor
mar o lançamento em EP. Por isso a adição das músicas. A ideia original seria gravar apenas a “Intro” (Samsara) e as quatro outras faixas cantadas.
Márcio – Além de pretendermos, com isso, dar mais extensão ao ‘play’, foi uma maneira de ilustrar um pouco a temática de que falamos, dando mais fluidez às transições entre as faixas e acentuando esse aspecto lírico do EP.

Recife Metal Law – Tenho a informação de que os integrantes da banda estão de viagem marcada para a Alemanha. Com essa mudança, o Rest In Disgrace também irá se mudar de país? A banda continuará a existir?
Márcio –
Sim, claro! Aliás, já estou respondendo à entrevista daqui da Alemanha (Oldenburg in Oldenbug – Niedersachsen). E está correto: vemos essa possibilidade como algo que reflete a seriedade com que encaramos o que fazemos, sem falar nas oportunidades que, na Europa, teremos de consolidar e expandir o trabalho do Rest In Disgrace, em vários aspectos (por exemplo: aqui, já temos um novo e excelente baterista, o que no Brasil por alguns momentos parecia uma tarefa impossível). Gostaria que as mesmas condições fossem mais viáveis no Brasil, mas infelizmente não é assim.
JP – Claro que sim!  Estamos nos deslocando para a Alemanha por diversos motivos, dentre eles, algo logístico: a maior exposição e chances diversas, entre outras conveniências. Já temos até um excelente baterista.

Recife Metal Law –Vocês acreditam que na Europa vocês tenham uma maior possibilidade de crescer e mostrar para o mundo o som do Rest In Disgrace?
Márcio –
Certamente! Como dito na questão anterior, acreditamos que a maneira como a ‘coisa do Metal’ (e da música em geral) é encarada e tratada aqui, mesmo nos meios mais ‘underground’, é um fator que pesa muito para essa opção profissional e pessoal.
JP – Eu tenho certeza que sim. E vou trabalhar pra isso (aliás, já o tenho feito desde já, ainda no Brasil).

Recife Metal Law – E quais são os demais planos de vocês para 2010?
JP –
Divulgar, compor, tocar, assinar com algum selo!
Márcio – Continuar nos esforçando para melhorar tecnicamente como músicos, corrigir o que consideramos que não está perfeito, buscar ao máximo atingir o que sabemos que podemos mostrar e dar em termos de dedicação e superação. E nessa perspectiva, iniciar os shows, tours, e principalmente a pré-produção do full-length que pretendemos lançar em breve.

Site: www.myspace.com/restindisgrace
E-mail: [email protected]

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação
 
 
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