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Entrevistas

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

BRUTAL MORTICÍNIO



A Brutal Morticínio surgiu em 2006, na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, tendo lançado dois materiais no cenário: uma Demo homônima e o álbum “Despertar Dos Chacais; O Outono Dos Povos...”. Esse último teve sua pequena primeira tiragem esgotada, e a banda precisou fazer uma segunda prensagem. Mesmo com um bom tempo de lançado, esse full lenght continua a ser divulgado e vem contribuindo para a ascensão da banda. Praticante de um Black Metal que foge aos clichês do estilo, a Brutal Morticínio já pensa em entrar em estúdio e começar a gravar seu segundo álbum, mas enquanto isso não acontece continua a divulgar seu álbum de estreia. Na entrevista a seguir, respondida pela baixista Mielikki poderemos saber um pouco mais sobre a banda e os seus planos futuros.


Recife Metal Law – O nome da banda foi baseado nas mortes causadas pelos invasores cristãos na América. O quão importante é o nome Brutal Morticínio para os integrantes da banda?
Mielikki –
Primeiramente gostaria de saudar, em nome da Brutal Morticínio, a você e toda equipe do Recife Metal Law! O nome é de total importância para nós, pois o mesmo deve refletir a proposta da banda. Quando o escolhemos, inicialmente apenas Morticínio, já tínhamos alguns sons prontos e sabíamos qual era nosso objetivo. Resgatar um pouco da história dos povos do sul, principalmente do Brasil, mas também de toda América do Sul. Tendo o enfoque no papel que tiveram instituições como a igreja, estabelecendo uma crítica a imposição de crença e cultura, além das relações de dominação/exploração. Buscando sempre trazer algum questionamento através das letras, essa proposta inicial perdura, mas não descartando outros temas que possam surgir muitas vezes com ligação menos intensa com a proposta inicial.

Recife Metal Law – O início da banda não foi tão fácil, haja vista que para se manter o ‘line up’ estável demorou um pouco. A formação da banda agora está consolidada?
Mielikki –
Sim, com certeza não foi. Eu e Tormento, quando resolvemos montar o Brutal Morticínio, nem mesmo tínhamos ideia de quem seria o baterista, isso em 2006... Algumas pessoas tocaram conosco já... Os motivos para saídas foram diversos, na grande maioria das vezes, o tempo para ensaios, já que alguns dos ex-membros tinham outras bandas. O Tormento mesmo é membro fundador, junto com Mephistopheles, da Serbherus (banda com mais de 10 anos), porém sempre conseguiu levar, mesmo quando guitarrista da Sombriu. Quanto a consolidação dos membros, posso dizer que Tormento, eu e Tyrant (que entrou em outubro/2009) estamos firmes e fortes. Tyrant fechou muito conosco tanto na ideias, nas composições, além de ter ser tornado um grande amigo após entrar para a Brutal Morticínio. Já na bateria estamos verificando com algumas pessoas, fazendo alguns ensaios, mas ainda ninguém assumiu o posto de fato. Mesmo assim, estamos com oito sons novos, tocando quatro deles nos shows no momento e trabalhando nos ensaios o restante (das músicas), fora os outros sons que ainda estão ‘guardados’. Destes novos a maioria das melodias foi composta por Tyrant e as letras, na maioria, por Tormento, apenas duas são minhas.

Recife Metal Law – O primeiro trabalho de vocês vem em forma de uma Demo homônima, lançada em 2008. Qual era o principal objetivo da banda com esse lançamento?
Mielikki –
Essa história da Demo... (risos) Foi ideia minha mesmo, meio no impulso... Foi o seguinte: estávamos com os sons do full lenght pronto no estúdio, a arte em fase final, mas como não estávamos aguentando esperar e eu era colaboradora de um blog de MP3 na internet, na época (Rockeiragem S/A), decidimos ‘criar’ essa Demo, com quatro dos sons que sairiam no “Despertar Dos Chacais; O Outono Dos Povos...”. Coloquei uma das imagens da arte do material que estava para sair e iniciei a primeira divulgação. Isso, se recordo bem, lá por abril/2008, não tínhamos nem realizado nenhum show, pois aguardávamos o lançamento do CD; ninguém nunca havia ouvido falar de nós. Mesmo assim com essa divulgação inicial na internet adquirimos muitos contatos, alguns mantidos até hoje; acabamos participando da coletânea Fortaleza Metal IV, lançada pela Anaites Records. Nosso objetivo, era de fato, uma ‘pré divulgação’ do “Despertar Dos Chacais; O outono Dos Povos...” (junho/2008), inclusive por isso essa Demo rolou apenas pela internet.

Recife Metal Law – “Despertar Dos Chacais; O Outono Dos Povos...” chegou a ter sua primeira tiragem esgotada. Tal disco foi lançado de forma independente e para uma banda independente conseguir distribuir seu material é algo difícil. Qual foi o método que vocês usaram para divulgar o primeiro álbum?
Mielikki –
Contatos, muito contatos e algumas distros! A ‘pré divulgação’ proporcionou estes contatos, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Não eram muitas cópias também, apenas 300 iniciais, na grande maioria delas realizamos trocas com zines (algumas nunca chegaram, inclusive se estas pessoas estiverem lendo esta entrevista, ainda há tempo...), outras enviamos a preço de custo, muitas distros sérias pegaram com consignação, distribuíram bem. O apoio das distros se restringiu na própria distribuição, o CD foi bancado totalmente por Tormento e eu, Mephistopheles contribuiu na gravação, havia pouco mais de uma semana apenas que se encontrava na banda. Apesar dos problemas comuns relacionados ao lançamento de qualquer material, foi gratificante ver o material pronto!

Recife Metal Law – Em 2009 o álbum teve uma segunda tiragem. Mesmo sendo uma banda independente, vocês chegaram a ter algum tipo de apoio para fazer a segunda tiragem do ‘debut’?
Mielikki –
Não, nenhum, só alguns pedidos. As pessoas entravam em contato conosco dizendo que ouviram o som e gostariam de ter o álbum. Não tínhamos mais nenhum CD (com exceção de um em casa, meu e de Tormento), somente poucas cópias da “Metal Reunion Vol. II”, coletânea na qual estamos com o som “A Eterna Marcha da Devastação”, e “Fortaleza Metal IV” com o som “Batalhão de Extermínio”. As coletâneas tiveram boa aceitação também, mas não aguentávamos mais repetir que não possuíamos mais nenhum material nosso. Neste contexto decidimos tirar mais 200 cópias, sendo 100 promocionais, estas lançadas no mês de ‘aniversário’ de um ano do “Despertar Dos Chacais; o Outono Dos Povos...”, em junho de 2009.

Recife Metal Law – A banda é praticante do Black Metal, com certa influ
ência da ‘velha escola’ do Death/Black Metal em algumas músicas. Quais são as principais influências sonoras da banda?
Mielikki –
Nada foi proposital, simplesmente curtimos o som da ‘velha escola’ do Metal. As nossas bandas preferidas surgiram nos anos 80. Quando nos demos conta as músicas começaram a soar parecidas com a velha maneira de se fazer Metal. Afirmamos que nossa inspiração é nas antigas bandas, principalmente entre Sarcófago, Hellhammer e Darkthrone, por serem as bandas que mais apreciamos, isto é, um Metal cru, ríspido e agressivo, mas que algumas vezes soa como gelado e melancólico.

Recife Metal Law – O som praticado por vocês não se prende aos clichês do estilo, e podemos ouvir uma boa alternância de andamentos nas músicas, algumas apresentando até partes acústicas. Isso é o que gosto de ouvir numa banda de Black Metal, que não se afasta do estilo, porém não se prende a pancadaria usual do Black Metal...
Mielikki –
Agradecemos as palavras, é uma honra vindo do Recife Metal Law! Buscamos em nossos sons, mesclar o ríspido e o agressivo com o melancólico e o frio, para que o som reflita com exatidão os temas das letras. As partes que você coloca ‘acústicas’, torna, em nosso ponto de vista, o som ainda mais obscuro.

Recife Metal Law – As letras são todas cantadas em nosso idioma. Qual a razão para escolher o português para cantar as músicas do Brutal Morticínio?
Mielikki –
O idioma reflete a nossa realidade, pois falamos de nossos ritos, guerras e revoltas, entretanto isso saiu de forma espontânea, de certa forma, pois nem cogitamos em fazer em outro idioma desde o início. O que não significa dizer que não venhamos a fazer algum som em inglês, espanhol ou outro idioma, mas no momento pensamos em continuar majoritariamente fazendo as letras em português. Enfim, gostamos do resultado, é a nossa língua, por mais que tenha sido trazida pelos conquistadores, se adaptou a nós, faz parte de nossa identidade, assim como os diferentes sotaques de nosso país. Penso e acredito que seja opinião de todos nós da Brutal Morticínio, que o português vai muito bem com o estilo ‘old school’. O inglês se tornou uma espécie de tradição no Metal. No Metal Negro, especificamente, os sotaques nórdicos são tão bem aceitos, pois também há uma tradição no meio e uma grande leva de ótimas bandas. Pelo mundo afora há bandas de Metal Extremo muito boas, eslavas e até árabes cantando em suas línguas. Em minha opinião o Metal Extremo é transgressor!

Recife Metal Law – A temática lírica da banda também não se prende, apenas, ao anti-cristianismo, mas também versa sobre fatos históricos. Quem cria as letras da banda?
Mielikki –
A maior parte das letras é criada por Tormento. Procuramos falar sobre fatos históricos do ponto de vista dos povos ameríndios, dos verdadeiros donos desta. Em nossas letras tratamos de toda a desgraça causada pela civilização européia e cristã. Buscamos refletir nas letras essa melancolia, ou seja, guerreiras civilizações herdeiras de grande bagagem cultural que vêem seus ritos e vidas despedaçadas, para se transformar neste mundo podre e hipócrita, pautado pela ganância em que vivemos hoje. Somos na atualidade um arremedo da Europa e bem mal feito, diga-se de passagem. Deveríamos buscar caminhos alternativos para as populações das Américas. Renegar o cristianismo e sua cultura entreguista e consumista. É mais do que nossa ideologia, é nosso dever.

Recife Metal Law – Voltando a falar sobre o ‘debut’, ele está disponível para download no Myspace da banda. Por que vocês decidiram colocar esse disco para download, já que a receptividade do mesmo tem sido muito boa?
Mielikki –
Na verdade em 2008, antes do lançamento já tínhamos disponibilizado a Demo com quatro sons. A decisão ‘oficial’ de disponibilizar integralmente veio apenas para consolidar o que já estava rolando. O material estava desde o lançamento já pela internet. Vimos em diversos blogs/sites; eu mesma enviei para alguns amigos os links. Ou mesmo agora após o esgotamento, tenho o costume de enviar um link para algumas pessoas que buscam conhecer o som. A distribuição rápida do material em grande parte foi devido a presença da divulgação do nosso som nestes locais. Grande parte dos contatos, seja por e-mail, seja outros meios, que solicitavam materiais já possuíam o som. Relatavam ter ouvido o som e gostado. Grande parte admitia ter baixado, diziam que queriam ter o material. Isso foi essencial!

Recife Metal Law – Havia planos para que vocês participassem de um tributo ao Amen Corner. Como anda esse tributo e qual música do Amen Corner terá a versão do Brutal Morticínio?
Mielikki –
Sim, na verdade estamos já, porém o mesmo não saiu ainda. Nossa participação é com uma versão de “My Soul Burns In Hell”. Gravamo-la no mesmo ano que surgiu o convite dentro do prazo. Foi em 2008 mesmo (não recordo o mês, acho que foi em maio ou junho). O som conta com a participação dos gritos de Demonaz (Movarbru) e um solo de Sebastian (guitarrista da lendária banda de Death Metal uruguaia Ossuary e dono do estúdio Hurricane). Estamos no aguardo do lançamento, que foi duas vezes adiado. No momento não sabemos a data correta. Estamos ansiosos por este lançamento, pois é uma honra para nós poder homenagear umas das principais bandas do Metal Negro nacional, a qual apreciamos muito.

Recife Metal Law – Espaço aberto para que vocês nos informem quais os planos futuros da banda...
Mielikki –
A banda prepara para os próximos meses o lançamento do primeiro vídeo clipe: “Estúpido e Podre Homem Branco Cristão” (N.E.: o clipe já foi lançado e pode ser visto clicando aqui), que já está em fase final de edição. Planejamos para ainda este ano entrarmos em estúdio e gravarmos nosso segundo disco. Estamos ainda tentando acertar este lançamento com algumas distros e selos. Shows, é claro, estamos sempre aberto a propostas, mas acredito que neste ano estaremos fazendo shows mais no Rio Grande do Sul e toda região sul. Gostaríamos de agradecer ao pessoal do Recife Metal Law, que concedeu este espaço em seu respeitável site. Sempre é bom responder uma entrevista para quem é um profundo conhecedor da cena, como vocês puderam demonstrar nesta entrevista e em outras. Gostaríamos também de desejar sucesso a toda cena do Metal Extremo de Pernambuco e de todo o nordeste. Longa vida ao Metal nacional!

Contatos: Rua General Bento Martins, 116 – Santo Afonso. Novo Hamburgo/RS. CEP: 93.425-140.
E-mail: [email protected]
Site: www.myspace.com/brutalmortis

Entrevista por Valterlir Mendes
Fotos: Divulgação
 
 
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