“Human Decay” é o segundo álbum de estúdio da banda Crucifixion BR e que, coincidentemente (ou não), marca os 25 anos de sua formação (a banda surgiu em 1996, em Rio Grande/RS). Apesar de toda a sua longevidade como banda, eu só vim a conhecer o Crucifixion BR a partir desse novo álbum. E, digo, foi muito bom conhecer a banda logo a partir desse poderoso disco. “Human Decay” é um álbum que agradará em cheio os amantes do Death Metal, com algumas pitadas aqui e ali de Black Metal. É música para quem procura brutalidade, peso, densidade. “Human Decay” nos apresenta uma musicalidade desconcertante, alternando agressividade e andamentos mais cadenciados, sejam nas mesmas músicas ou durante a execução do disco. Não é um álbum em que o ouvinte vai ouvir um som linear, “reto” ou veloz o tempo todo. E a agressividade se encontra justamente aí: não necessariamente é preciso velocidade para se fazer um disco brutal. Temas como “Annihilation and Victory”, que nos mostra andamento mais denso e com inserção de ótimos solos de guitarra, “Into the Abyss”, que também traz ótimos solos, no seu início e no seu decorrer, e a devastadora “Blood Fire Victory”, a qual não deixará o ouvinte inerte, são bons exemplos do poderio encontrado nesse novo disco do Crucifixion BR. O disco contém 12 faixas, porém “Opening the Gates, Blasphemy Returns”, “Confirmed Execution 666”, “Passage” e “The Final Chapter”, são uma espécie de “intermezzos”. “Insanidade Bestial”, apesar de seu título em português, é totalmente cantada em inglês, fato bem curioso e explicado na entrevista concedida ao Recife Metal Law. A parte lírica transita pelo ocultismo, caos, destruição, ataque às religiões, mas, também, dando ênfase à lutas e vitórias. A gravação está num excelente patamar e ficou a cargo do Hurricane Studio. “Human Decay” traz, ainda, como convidados Andre Rod (Attomica) em “Human Decay” e Dave Ingram (Benediction) em “Bloody Fire Victory”. A formação responsável pela gravação do disco foi: Maxx Guterres (guitarra/vocal), Beto Factus (baixo), Juliana Novo (bateria) e Miller Borges (guitarra). Um álbum altamente indicado e apresentado de forma impecável, seja na produção sonora, execução das músicas ou na bem cuidada parte gráfica.