3RD WAR COLLAPSE
“Damnatus”
Guttural Brutality - Imp.
Bruto! Que disco bruto! Não há melhor forma de descrever esse primeiro álbum do 3rd War Collapse, projeto que tem como integrantes, nesse primeiro lançamento, Cristiano Martinez (guitarra/vocal, ex-Vomepotro), Rodolfo Carrega (baixo/vocal, Clawn), Kalle Lindofers (bateria, Inferia, Plaguebreeder). E para quem conhece as duas bandas brasileiras citadas, sabe que ambas, quando o quesito é Death Metal, nunca brincou em serviço. Nas 11 músicas (!!) contidas em “Damnatus” não há concessão para melodias bonitinhas ou espaço para “climinhas”. O que ouvimos é uma brutalidade desenfreada, do início ao fim. E isso não quer dizer que o disco é maçante, chato de se ouvir, sem opções. Em meio a todo o caos emanado, o trio não se limita a fazer uma sonoridade reta ou sem alternâncias de andamentos. Pelo contrário: o disco nos dar diversas opções, mas, sendo repetitivo, sem nunca perder a brutalidade. E num disco tão linear, no que se refere a sua qualidade musical, a parte mais difícil é apontar esse ou aquele som como o destaque do álbum. Os vocais, divididos entre guitarrista e baixista, são levados às últimas consequências. Um verdadeiro esporro gutural. Não dá para ficar indiferente - falo dos amantes do Brutal Death Metal - a pancadas como “Eyes of Deception”, “Broken Celibacy”, “Headshot” e “Stagnation”, só para citar algumas músicas. O tipo de gravação, que deixou a parte instrumental com uma levada mais ‘seca’, trouxe ainda mais agressividade a esse disco de estreia. Parece que o que ouvimos no álbum foi metodicamente trabalhado para deixar os fãs do estilo em êxtase. E mencionei no início da resenha que o álbum tem 11 músicas, porém o seu tempo de duração nem chega a 27 minutos. Curto, direto, sem firulas! A arte da capa ilustra bem o estilo praticado pela banda. As letras abordam o cotidiano, o caos humanitário, guerras... Esse é o tipo de álbum que o ouvinte, de forma alguma, vai conseguir ouvir uma única vez e deixar para lá. Quando recebi esse disco, ele ficou por dias no meu aparelho de som. E, veja bem, impossível não se lembrar de Brutal Death Metal e não ir procurar esse disco na coleção e o colocar para rolar. E já tenho notícias de que já trabalham num novo álbum. Aguardando...