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ALTERA O
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Visions of Rock apresenta Toxic Holocaust

Evento: Visions of Rock apresenta Toxic Holocaust
Data: 29/10/2022
Local: Estelita Bar. Recife/PE
Bandas:
- Realidade Encoberta (Crossover - PE)
- Ophirae (Death/Black Metal - SP)
- Blasfemador (Speed Metal - CE)
- Toxic Holocaust (Thrash Metal - EUA)

Resenha e fotos por Valterlir Mendes

Essa edição do Visions of Rock, evento já tradicional em Pernambuco e capitaneado por Levi Byrne, já tinha um tempo de anunciada e trazendo como banda principal um dos ícones do Crossover/Thrash Metal mundial: Toxic Holocaust. Mesmo assim, se aproximando da data confirmada, se notou que coincidiu justamente com a véspera das eleições (2º turno) aqui no Brasil. De qualquer forma, se esperava um bom público para prestigiar, não só os americanos, mas todas as bandas presentes no ‘cast’.

Peguei a estrada num horário que coincidisse com pouco movimento e que quando eu chegasse estivesse bem perto do horário de abertura da casa e, claro, próximo do início do evento. Como já conheço a produção já faz um bom tempo, sei que tudo acontece de forma bem pontual. Cheguei na capital pernambucana por volta das 19h30 e, no local do evento, o Estelita Bar, sempre bem criticado por sua localização, o movimento era muito pequeno. Algo normal para um sábado e até mesmo em razão do horário que os shows iriam começar. Claro, o fator 2º turno também foi preponderante para a pouca movimentação. Era visível nas conversas antes do show que a maioria absoluta dos presentes estava bem preocupada com o dia posterior.

A abertura das portas ocorreu no horário informado, ou seja, às 20h00. E às 21h00, também de forma extremamente pontual, teve o início do show do Realidade Encoberta, o representante pernambucano da noite. Sem muitos problemas na entrada, não demorei muito e já fui conferir o quinteto formado por Rodrigo Cirilo (baixo), Eduardo Torment (bateria), Daniel Farias e Túlio Falcão (guitarras) e Carlos Underground (vocal). Foi o segundo show da banda que vi este ano. E, devo ser sincero, cada show que vejo do Realidade Encoberta eu me impressiono. A banda apresenta uma evolução constante em seus shows, seja em presença de palco, seja em sua musicalidade. No palco, uma bandeira antifascista, atrás um backdrop com o logotipo do evento. O backdrop da banda ficou na grade de proteção. Outro fator que me chamou a atenção, nesse show da banda, foi a fúria como foram tocadas músicas como “Idade das Trevas”, “Regime da Morte” e “P.I.B”, para citar algumas. A alternância agressiva entre Crossover, Hardcore e até pitadas de Thrash Metal foram muito bem vindas, passando, com raiva, seu recado de indignação com a atual situação política do Brasil e mandando alguns recados para o atual presidente do país. Claro, tudo isso acompanhado pelo público, que ainda era pequeno, mas que recebeu com enorme satisfação o Realidade Encoberta. O ‘set list’ foi curto (não em número de músicas, mas em duração), mas abordando a discografia da banda e o seu mais recente lançamento: o EP “RxExCIFE 80: Tributo”, que traz covers de bandas recifenses.

Os ajustes no palco foram bem rápidos e às 22h00 o Ophirae já dava início ao seu show. Era a única banda da noite que eu tinha tido nenhum contato com seu som. Com um figurino com máscaras encobrindo as bocas e pintura negra pelo corpo, o seu show foi iniciado com uma “intro”, que logo deu espaço para “Wrath”. Esse início já deu para perceber que a banda envereda por uma musicalidade complexa, hermética, fazendo uso do Death Metal, porém com o pé fincado no Black Metal mais contemporâneo, com melodias mais intrincadas, algo notório até mesmo quando se ver os instrumentos, mais especificamente a guitarra de sete cordas (a cargo de F.) e o baixo de seis cordas (a cargo do também vocalista P.). E, mesmo que a banda conte apenas com uma guitarra, a massa sonora ficou bem densa, sem lacunas. O ‘set list’, óbvio, trouxe músicas de seu álbum de estreia, “Ophidian”, por enquanto o único lançado pela banda. O interessante é que todas as músicas são formadas por apenas uma palavra. Assim sendo, mandaram “Trust”, “Sloth”, “Speed”, entre outras presentes no já citado álbum de estreia, cada uma trazendo elementos bem diversos, seja nos andamentos ou na forma de interpretação. O vocalista, a todo o momento, procurava interagir com o público e sempre agradecia pela presença de todos e a satisfação de poder tocar em terras nordestinas. O show, com um ‘set’ de cerca de 45 minutos, foi finalizado com “Unchain”, música que também traz partes intrincadas, porém sendo a mais direta do ‘set’ do Ophirae.

O tempo para o público pegar uma cerveja ou comer algo era bem curto. Era só o de ter alguns pequenos ajustes em palco, coisa de 15 minutos. Percebi que foi tudo bem dinâmico.

Às 23h05 era a vez de o Blasfemador dar início a sua apresentação. E digo que era uma das bandas da noite que eu mais queria ver. Havia visto, ao vivo, pela primeira (e única) vez em Campina Grande/PB, em 2011. Após a “intro” (“O Despertar da Besta”), que serviu para a abertura, mandaram “Mal Ancestral”. Nesse início o som da guitarra de Shredder estava bem baixo. E a forma de ajustar foi o fazendo durante a apresentação da banda. E não houve intervalo entre as primeiras músicas. Foi Speed Metal apresentado sem qualquer descanso e mandando temas como “Charles Manson”, “Terror Extraterreno”, “Epidemia, Fome e Morticínio”. E mesmo estando com disco novo lançado, “Cosmofobia”, a banda abordou músicas de toda a sua discografia, o que achei ótimo e pude voltar ao passado ao ouvir temas como “Traga-me a Cabeça do Rei” (com o título sendo trocado ao final por “Tragam-me a Cabeça de Bolsonaro”), a fudida “Destruição Total” (veloz até o talo) e “Speed Metal Ataque”, todas do primeiro álbum, e que fizeram o público, ainda de forma tímida, abrir uma roda no local. A musicalidade do Blasfemador agrada, em cheio, aos amantes do Speed Metal, ainda mais para aqueles que gostam de ouvir músicas em português, como eu. E, claro, não podia faltar alguns agudos de Fabrício Estripador em alguns sons. A bateria de Bruxo era veloz; o baixo de Gustavo (mesmo que mais contido em palco) estava “na cara”; os riffs e solos de Shredder eram furiosos, ríspidos; e os vocais de Fabrício (e presença de palco) completavam a massa sonora feita pelos cearenses. Acho que foi o show da noite que mais bati cabeça (e o pescoço reclamou por vários dias). Enfim, ver esses caras no palco é sempre uma enorme satisfação. Speed Metal em estado puro!

Estávamos chegando perto da meia-noite e a fome bateu. Aproveitei o intervalo para trocar umas ideias com o Fabrício do Blasfemador e pedir algo para comer, mas, mesmo antes de a comida chegar, o Toxic Holocaust já dava início a sua apresentação. Isso, sim, é pontualidade! Atraso nenhum para início de cada show. A essa hora, todo o público presente estava “na pista” para conferir o show dos americanos. E, a partir daí, meus amigos, não houve trégua. Não houve descanso (a não ser quando Joel Grind parava para agradecer ao público). Os ‘circles pits’ e ‘stage divings’ estavam totalmente liberados. Era impressionante ver toda a receptividade do público para com a banda e a energia emanada. O início, com “Bitch”, mostrou a guitarra de Rob Gray muito baixa e o baixo de Joel ditando a sonoridade. Algo que foi melhorando com o tempo. A tônica no som do Toxic Holocaust é o Crossover, bem influenciado por aquele feito pelo D.R.I., S.O.D., e asseclas dos anos 80, mas, claro, trazendo muito do Thrash Metal e passagens mais cadenciadas, marcadas, um convite ao bate-cabeça. No ‘set list’ sons como “Acid Fuzz”, “I Am Disease”, Primal Future”, “Hell on Earth”, “War is Hell”... No palco, um Joel bem à vontade, se movimentando bastante, cumprimentando o público e mostrando muita, muita energia, o que contagiava a todos, a cada música tocada. O show parecia ser curto, pois aos 45 minutos de apresentação a banda estava saindo do palco. Porém ninguém arrendou o pé e depois de um pequeno tempo, voltam ao palco para executar mais três músicas (se não me falha a memória) e entre elas “666” e “Nuke the Cross”. Um show simplesmente fantástico! Sem defeitos! Cheio de energia, do primeiro ao último acorde. Público em êxtase!

Já estávamos no domingo, a alma quase lavada, com um evento de grandioso nível. Iluminação muito boa. Sonorização impecável, mesmo que a guitarra nos dois últimos shows tenham ficado “escondidas” de início, e um público regular. Eu esperava mais gente, mas existem diversos fatores por trás, um deles, o já mencionado algumas vezes aqui: segundo turno das eleições. A alma foi lavada totalmente por volta das 20h00 do domingo. Aí, sim, deu para ver que este evento era só um prelúdio de que as coisas seguiriam um novo rumo.
 
 
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