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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Hell Awaits Death Fest

Evento: Hell Awaits Death Fest
Data: 27/01/2023
Local: Darkside Studio. Recife/PE
Bandas:
- Final Creation (Death Metal - PE)
- Open the Coffin (Death Metal - RN)
- Goath (Black/Death Metal - Alemanha)
- Escarnium (Death Metal - BA)

Resenha e fotos: Valterlir Mendes

A temporada de shows de 2023 já foi aberta desde o início do ano e alguns eventos já haviam acontecido na capital pernambucana. E, nesse último fim de semana, além do Hell Awaits Death Fest, teríamos mais dois em Recife - Paul Di’Anno (no sábado) e o Rot (no domingo). Bem, minha escolha foi pelo Hell Awaits Death Fest, organizado por Alcides Burn e Levi Byrne e que promete ser um evento anual. Ao menos é isso que a produção tem em mente.

O ‘cast’, com quatro bandas (bom número de bandas), trazia, como o próprio nome do festival sugere, grupos de estilos mais extremos, todas de Death Metal (mesmo que o Goath traga em sua sonoridade o Black Metal também). O local que abrigou o evento foi o Darkside Studio, que é onde eventos Underground na capital pernambucana tem tido seu espaço. Como já fazia alguns meses que havia ido lá, notei algumas mudanças, tanto no palco como na refrigeração, com dois grandes ar condicionados dando uma ajuda para amenizar o terrível calor que lá faz. Ficou ótimo!

O início dos shows, no cartaz, estava marcado para às 20h00, mas era esperado que apenas começasse por volta das 21h00, haja vista ser uma sexta-feira, com muita gente ainda saindo do trabalho, além de no sábado ainda ter algumas pessoas que trabalham. Para isso, “segurar” um pouco o início do evento era interessante, para que esse pessoal pudesse chegar a tempo de pegar todos os shows.

A banda responsável por dar início às apresentações foi a única banda pernambucana do ‘cast’: Final Creation. Atualmente o quinteto formado por Alexandro “Alexgrind” (vocal), Jonatas Lins (baixo), JC “Armagedon” (bateria) e Gabriel “Lord Erebus” e Júnior “Dark” (guitarras), vem divulgando seu álbum de estreia, o excelente “In the Valley of Death”. Iniciando sua apresentação às 20h40, a primeira música do ‘set list’, “Night of Ritual” (executada após uma “Intro”), logo foi interrompida em razão de uma queda de energia no Darkside. Tudo restabelecido, a banda continuou o seu show. Eu já havia visto um show da banda há um tempo. Na época nem tinham lançado nada, mas percebi que a banda tinha um grande potencial. Nesse mais recente show isso ficou ainda mais nítido. A banda faz um Death Metal dando ênfase ao peso e passagens mais cadenciadas, mas sem deixar de lado velocidade e rispidez, numa boa mescla de andamentos. Os vocais de Alexandro são fortes, indo do gutural/cavernoso ao rasgado. E parece que o som da banda estava bem pesado mesmo, uma vez que quando estavam executando “Psychotic” houve uma nova queda de energia. Mas o problema parecia estar nos canhões de luzes que estavam no palco, já que ao serem retirados não houve mais problemas com “apagões”. Voltando ao show, a banda fez um ‘set’ de cerca de 50 minutos, com músicas que são criadas em cima de riffs, sem inserção de solos, com uma distorção de baixo que deixa uma característica marcante na sonoridade do Final Creation e, ainda, uma bateria de condução segura, com boas viradas e andamentos desenvoltos. Tirando as microfonias que sempre apareciam ao ser iniciadas as músicas, esse show mostrou que o Final Creation é um dos grandes nomes do Death Metal de Pernambuco na atualidade, por sua musicalidade com características bem próprias e por toda a segurança em palco, trazendo para ele (o palco) o que fizeram com qualidade em estúdio.

Como o espaço tem apenas um palco, claro que era necessário paradas para trocas e ajustes na bateria e demais instrumentos. E isso leva algum tempo. E até que não demorou para que tudo se ajustasse para o próximo show. Algo por volta de 25 minutos. E enquanto tudo se ajeitava, o público ia aumentando aos poucos, porém de forma tímida. Esperei um público bem maior, até mesmo em razão das atrações.

A segunda banda da noite veio da capital potiguar, e traz como líder o bem conhecido no meio Underground Cláudio Slayer, responsável pelos vocais. O Open the Coffin deu início ao seu show por volta das 22h00. O que surgiu como um projeto, hoje é uma banda, que traz, além de Cláudio, Adriano Sabino (baixo), Flávio Neves (bateria) e Hugo Albuquerque e Paullo Sérgio (guitarras). E essa banda vem numa crescente de shows, sendo este o primeiro em Pernambuco. Divulgando seu álbum de estreia, “The World is a Casket”, o ‘set list’ foi baseado neste disco, mas, também, no primeiro EP. O som da banda envereda pelo Death Metal, numa linha sonora que lembra muito o Death Metal dos anos 90 de bandas como Entombed, Dismember e asseclas da cena sueca do estilo. Logo na primeira música, “Don’t Bury the Dead”, uma parte do público já foi para a frente do palco e mandou ver nas rodas de mosh. Cláudio tem forte carisma e uma boa presença de palco. Munido de alguns adereços (uma mão pendurada no pedestal do microfone, que logo caiu, uma pá e um crânio), o vocalista fez uma apresentação bem teatral, por vezes usando a pá para encenar estar jogando terra no público. Ainda na primeira música achei as guitarras muito baixas, o que foi sanado na sequência. Havia uma alternância nos vocais, e Cláudio fez uso de um pedal para utilizar de alguns efeitos, o que tornava o som da banda ainda mais sepulcral. Falando em som, no show do Open the Coffin estava tudo bem audível, após a segunda música, sem apresentar qualquer tipo de problema. Como dito, o ‘set’ foi baseado no disco de estreia e no EP, então teve sons como “Let me Rot Alive”, a faixa-título, “Baptized in a Grave”, “Coffin Maniac”, “Dead Procreation”, todos eles recebidos com bastante energia pelo público, que praticamente agitou da primeira a última música executada. Foram 45 minutos de um show, que para muitos, foi o melhor da noite.

Mais outro intervalo para ajustes e esse demorou um pouco mais. Foram 30 minutos para deixar tudo pronto para a penúltima atração da noite. E, a essa altura, o público que se fez presente era o que tínhamos para a noite. Repito: eu esperava um público bem maior, que chegasse a tomar todo o ambiente (que não é muito grande). Alguns falaram que era o fator fim do mês, onde geralmente uma parte do pessoal já está sem grana. Também tem o fato de ter outros shows durante o fim de semana em Recife. Enfim...

O Goath foi ao palco às 23h15, e os ajustes mantiveram a sonorização muito boa, deixando tudo bem audível, o que era necessário, pois mesmo em trio, a sonoridade da banda é uma verdadeira avalanche sonora. O Goath executa um ríspido, veloz e demolidor Death/Black Metal. A banda atualmente é formada por dois alemães - Serrator (bateria) e Goathammer (guitarra/vocal) - e pelo brasileiro Victor Elian (baixo/backing vocal), e vem divulgando o seu novo álbum de estúdio, “III: Shaped by the Unlight”. Essa não é a primeira vez que a banda toca em Pernambuco, porém foi a primeira vez que tive a oportunidade de a ver. E foi a primeira oportunidade que tive de conhecer o som da banda, pois só a conhecia de nome. E fiquei impressionado com toda a voracidade com que o trio executa as músicas, com grande destaque para o baterista Serrator (o epíteto condiz com o que o cara faz com o kit de bateria). Fazia tempo que eu via um baterista espancar com tanta fúria um kit de bateria. Ainda pensei comigo: “será que essa bateria aguenta até o final?”. E olha que em certo momento a produção teve que dar uma parada para apertar algumas peças do kit. Mesmo com toda a fúria emanada e a banda executando de forma violenta suas músicas, o público ficou mais contido neste show, ficando limitando a acompanhar a apresentação. O vocalista Goathammer procurou sempre interagir com o público (em inglês), agradecendo a presença de cada um e demonstrando satisfação em estar ali, tocando para os presentes. Em temas como “Into Nihil”, “Smoltification”, “Clitless Loyalty”, “Shaped by the Unlight” e “Retaliaton”, o que imperou foi a pancadaria, com sons que às vezes beiravam o Hardcore (aquele finlandês), mesmo que uma música ou outra trouxesse algo mais cadenciado em algumas passagens. Foram 50 minutos extremamente violentos (e 11 sons executados), porém com o público já mais contido.

Já passava da meia-noite e os últimos ajustes foram feitos para deixar tudo pronto para o último show. Notei uma pequena diminuída no público. Talvez por ser uma sexta-feira (tem gente que trabalha no sábado) ou até mesmo em razão de não se conseguir locomoção com facilidade, apesar de o Darkside ser no centro de Recife. Sobre a dificuldade de locomoção, de conseguir um Uber, ser uma tarefa difícil, ouvi isso de relatos de alguns dos presentes. E quando fica muito tarde, fica ainda pior.

O relógio marcava 00h30 e Victor Elian sai do baixo/vocal do Goath para assumir a guitarra/vocal no Escarnium. Apesar dos ajustes, achei o vocal/guitarra de Victor muito baixos logo no início, na execução da primeira música, “Inglorious Demise”, assim como a guitarra de Alex Hahn. Mas o pessoal da mesa de som, sempre atento, conseguiu logo normalizar a situação e deixar a massa sonora do Escarnium bem audível. O Death Metal da banda flerta com algo mais primitivo, trazendo algo entre a escola norte-americana e algo do estilo europeu, mas, claro, inserindo o estilo brasileiro de se fazer Death Metal. A banda opta por fazer um som mais veloz, ríspido, agressivo, sem deixar de lado as parte marcadas em algumas músicas. Divulgando o novo álbum, “Dysthymia”, a banda não baseou seu ‘set list’ neste álbum, optando por tocar músicas de diversas fases. Do novo álbum, além da música de abertura, também teve “Far Beyond Primitive”. Do álbum anterior, “Interitus”, mandaram a faixa-título e “100 Days of Bloodbath”. Do EP “Trough the Depths of the 12 Gate” executaram o som de mesmo título. Esta com uma levada mais cadenciada no seu início. Algumas passagens, em razão do seu primitivismo, me levaram a fazer uma ligação com o som feito pela finlandesa Archgoat. O público, mesmo que um pouco menor e mais contido, ainda arranjou forças para fazer algumas rodas. O Escarnium, além de Victor e do guitarrista Alex, traz também o baixista Vitor Giovanni e o baterista Nestor Carrera. Victor também fez questão de agradecer àqueles que compareceram para prestigiar, tanto as bandas como o evento. O show durou, também, cerca de 50 minutos, terminando por volta de 01h20.

O resultado final foi interessante, no que concerne a produção, que tomou o devido cuidado para não encher o ‘fest’ com muitas bandas e não atrasar, em demasia (digo em demasia, porque sempre há espaço de tempo para ajustes de palco e isso faz com que o evento se prolongue um pouco mais). Sonorização e iluminação de palco muito boas. Os problemas com as quedas de energia foram logo sanados. O público é que poderia ter sido bem maior. E eu, sinceramente, esperava que o local fosse tomado, tendo em vista a qualidade das bandas.

Algo interessante que ocorreu foi que as bandas, antes de seus shows, foram apresentados por nomes do Underground nacional, em anúncios previamente gravados a pedido da produção. As pessoas que anunciaram os shows foram as seguintes: Korg (The Mist) anunciou o Final Creation; Edu Lane (Nervochaos) anunciou o Open the Coffin; Marcelo Vasco (The Troops of Doom) anunciou o Goath; e Nata de Lima (Manger Cadavre?) anunciou o Escarnium.

A produção tem a intenção de inserir o festival no calendário de eventos de Recife. Para tanto, se faz necessário uma maior adesão do público. O apoio para esse tipo de evento se faz necessário, pois tudo é feito na raça e sem qualquer tipo de patrocínio.
 
 
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