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St. Patrick’s Day - Especial Tuatha de Danann

Evento: St. Patrick’s Day - Especial Tuatha de Danann
Data: 18/03/2023
Local: Estelita Bar. Recife/PE
Bandas:
- Bane of Havoc (Power Metal - PE)
- Tuatha de Danann (Folk Metal - MG)

Resenha e fotos: Valterlir Mendes

O dia de São Patrick, na cultura Irlandesa, é comemorado no dia 17 de março. Só que, tirando o costume de se comemorar o dia do padroeiro irlandês, o termo “St. Patrick’s Day” só me faz lembrar de cervejas, festas, comida e alegria. Bem, era isso mesmo o que se esperava no dia posterior, já que pela primeira vez a banda mineira Tuatha de Danann, expoente maior do Folk e Celtic Metal no Brasil, estaria tocando em terras pernambucanas. Alegria é o termo mais apropriado para mim, pois recebi com enorme entusiasmo a notícia de que a banda tocaria por esses lados. Foram 24 anos esperando (conheci o Tuatha de Danann em 1999, através de seu primeiro EP, homônimo, hoje considerado um álbum).

Como o local do show, o já tradicional Estelita Bar, que abriga diversos shows de natureza Underground, só abriria as portas às 22h00, só saí de casa por volta das 19h00. Eu teria tempo de sobra saindo de minha cidade (Macaparana) para a capital pernambucana. Tudo bem que os primeiros 20 quilômetros é de uma rodovia péssima e o sábado era de chuva. Porém ainda teve outro fator que poderia me atrasar: o clássico entre Sport x Santa Cruz, que aconteceu na Arena Pernambuco. E eis que pego justamente o trânsito pesado, com muitos carros, o que segurou a ida um pouco, mas fluindo de forma até ordeira e rápida. Às 21h30 cheguei ao local do evento. Noite chuvosa em Recife. Uma chuva fina, mas que sempre atrapalha (apesar de ser bem vinda). O movimento era praticamente nulo e temi que o público fosse pífio. Às 22h00 adentrei... Como o primeiro show estava anunciado para ter início às 23h00, havia tempo para dar uma conferida no local (o Estelita sempre apresenta melhorias todas as vezes que vou lá) e conversar um pouco. Infelizmente não pude beber, pois estava dirigindo...

Às 23h00, pontualmente no horário indicado para ter o início o evento, a banda de abertura, Bane of Havoc, deu início ao seu show. Apesar de o vocalista Ítalo Targino, durante a apresentação da banda, ter informado que eles já têm um tempo de estrada, só vim a ter conhecimento da existência dela quando vi o cartaz do show. Até procurei algo no YouTube. O que encontrei foi um vídeo de um show. O que ouvi/vi achei apenas normal. Mas ao começaram seu show, com “Resistance”, me espantei com a qualidade musical da banda, mesmo que o vocal tenha ficado um pouco escondido em meio aos demais instrumentos, que inicialmente estavam bem mais altos (em volume). O Bane of Havoc nos apresentou um som totalmente calcado no Power Metal, inserindo muita velocidade e agressividade, principalmente nas vocalizações. As duas primeiras músicas mostraram que a banda tem bastante potencial, pois, mesmo fazendo um estilo que é difícil de se mostrar algo novo, demonstraram garra e energia. E essa garra e energia fez com que a banda tivesse que parar logo na terceira música, pois a corda de uma das guitarras arrebentou. Não levou muito tempo e voltaram com tudo, mandando “Oblivion”, essa mais cheia de melodias, com andamentos não tão velozes. Achei interessante ver o vocalista olhando para o telefone. Ele o estava usando como uma espécie de teleprompter. O baterista Pablo Brandão, além de mostrar bastante segurança na condução de seu instrumento, também foi o responsável pelos backing vocals. O Bane of Havoc fez um show de cerca de 50 minutos (o terminando com um cover para “Heaven and Hell” do Black Sabbath) e foi uma boa escolha para fazer o aquecimento do público, que aplaudiu bastante a banda.

Terminado o show de abertura, agora era esperar a atração principal. Dei uma olhada no local, no público, e ele não foi tão grande. Eu, sinceramente, esperava uma casa lotada, até mesmo pelo peso que o nome Tuatha de Danann tem e pela sua música, cativante, que agrada a diversos públicos. Enquanto o show principal não tinha início, no som mecânico muito Folk Metal, Celtic Metal, música tradicional irlandesa...

Um pouco antes de ter início o show principal, procurei ficar bem perto de palco. Queria ver o Tuatha de Danann bem de perto. E às 00h37 teve início um dos shows de uma das bandas que eu mais esperei tocar por esses lados. O sexteto formado por Bruno Maia (guitarra, vocal, flautas, bouzouki), Giovani Gomes (baixo, vocal), Edgard Brito (teclados), Raphael Wagner (guitarra), Rafael Ávila (bateria) e Nathan Viana (violino), estava lá, já sendo ovacionado na abertura, em forma de “intro”, com “Behold the Horned King”/“Believe: It’s True”. O show começou, de fato, com “Molly Maguires”, do mais recente álbum, “In Nomine Éireann”. O público recepcionou a banda de forma efusiva. Muitos cantando as músicas, outros batendo cabeça, alguns fazendo danças típicas... Cada um curtindo o show dos mineiros a sua maneira. A sonorização estava ótima! Tudo bem definido, bem audível, o que deu uma percepção ainda melhor do que estava acontecendo em cima do palco. Era uma experiência incrível. Digo isso, porque não só o público estava se divertindo. A banda, em palco, era pura diversão. Tudo sendo feito com alegria e naturalidade. E, mesmo que o palco do Estelita não seja grande, o pouco espaço não foi capaz de parar a movimentação ali. Porém foi visível que os integrantes da banda não estavam tão habituados ao calor (e parece que quando chove em Recife o calor fica ainda mais intenso). Suavam bastante e Nathan foi o primeiro a sentir o calor, já que teve que sair por alguns minutos do palco. “Us” foi tocada sem ele. Antes dela já haviam sido tocados temas como “We’re Back” (sim, os presentes viram que a banda realmente está de volta, e nunca mais parem!), “Tan Pinga ra Tan”, “The Brave and the Herd” e “Turn”. Não havia muitos intervalos entre as músicas, mas, claro, Bruno não deixou de se comunicar com o público. Inicialmente falou de toda a sua alegria de estar tocando em Pernambuco, citando nomes como Paulo Freire e até mesmo o atual presidente (além de outras figuras importantes), sem deixar de reclamar do calor. Voltando a falar de Nathan, ele se recuperou e não foi mais preciso sair do palco. Seguiu até o fim. O ‘set list’ foi recheado de grandes clássicos do Tuatha de Danann e a banda não deixou de fora nenhum disco. Claro, a ênfase era nos discos mais recentes, porém teve de tudo no ‘set list’. E depois de mandarem a ótima “Guns and Pikes”, Bruno, em mais uma fala, disse que a próxima música foi composta em homenagem às mulheres, e executaram “Warrior Queen”, não sem antes dar uma ‘cutucada’ no “presidente” anterior, dizendo, ao microfone, literalmente: “fraquejada meuzovo”, numa clara referência ao episódio do citado senhor ter dito que teve uma filha porque “deu uma fraquejada”. Quero aqui aproveitar para dizer que o público, apesar de não ter lotado o espaço, foi bastante participativo e ovacionou o Tuatha de Danann do início ao fim, seja com gritos, aplausos... Visivelmente a banda estava bem feliz com a receptividade. Há de se destacar, também, que a banda, mesmo rindo e se divertindo bastante em palco, é de um profissionalismo excepcional. A forma com que executam as músicas é de cair o queixo. E olha que praticamente tudo foi reproduzido em palco. Não só guitarras, bateria e baixo, mas os teclados criando os efeitos de alguns instrumentos (que em razão de logística não poderiam estar ali), além de Bruno tocar o bouzouki e as flautas, isso sem falar no uso intenso do violino. O que se ouve nos discos, pôde ser ouvido no palco, com a diferença de que a energia em palco pôde ser sentida com mais intensidade. Ainda teve “Bella Natura”, “Land of Youth” e a ‘lendária’ “Fingafor”, com os ótimos backing vocals de Rafael Ávila na parte que parece um duende (ou gnomo), além da excelente instrumental “The Dream One Dreamt” (essa eu não esperava que fosse tocada. Grata surpresa, entre tantas que apareceram nessa noite). Por falar em backing vocals, Giovani manda muito bem, não só nos backing vocals, mas nos vocais mais agressivos, o que cria todo um clima bem intenso nas músicas apresentadas e que pedem tais vocais. Após tocarem “The Last Words”, Bruno pediu um tempo para a banda se restabelecer e voltar para o bis. O show seria encerrado com “Battle Song”, mas, antes, tocaram “Tingaralatinga Dum - The Dwarves Rebellion”. A música não estava no ‘set list’ e, segundo o próprio Bruno, já fazia um tempo que a banda não a executava ao vivo. O show do Tuatha de Danann durou cerca de uma hora e quarenta e cinco minutos. Mas a festa era tão grande, o show tão fantástico, que passou rápido demais! Não só eu, mas todos que se fizeram presentes presenciaram uma noite mágica, memorável! Há muito eu não via um show tão bom. Tuatha de Danann é uma banda simplesmente fantástica! Valeu a espera por 24 anos. Mas torço que a banda não demore tanto para voltar por esses lados, de novo.

Após o show, os integrantes do Tuatha de Danann saíram para tirar fotos com quem quisesse, trocar umas ideias rápidas, dando atenção a todos.

O público, como mencionado, não lotou as dependências do Estelita. Eu esperava bem mais. Eu esperava que o local estivesse lotado. Com relação à organização, tudo muito bem feito. Sonorização eficaz. Iluminação de palco. Até mesmo os horários foram cumpridos. Apesar de os shows terem sido marcados para começar tarde. Para quem é de fora, do interior, como eu, não é uma coisa boa pegar a estrada. Mas digo que valeu a pena chegar com o dia raiando em minha cidade. Repito: esse show ficará na minha galeria dos memoráveis! Agradeço a Produtora Banshee por nos proporcionar esse espetáculo e, claro, por permitir a cobertura do evento pelo Recife Metal Law.
 
 
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