Evento: Abril Pro Rock 2023 Data: 13/05/2023
Local: Clube Português. Recife/PE
Bandas: - Imflawed (Groove Metal - PE) - Torture Squad (Death/Thrash Metal - SP) - The Troops of Doom (Death/Thrash Metal - MG) - Karnficyna (Deathcore - PE) - Mukeka Di Rato (Punk Rock/Hardcore - ES) - Crypta (Death Metal - SP) - The Damnation (Thrash/Death Metal - SP) - Incantation (Death Metal - EUA) - Open the Coffin (Death Metal - RN) - Devotos (Punk Rock/Hardcore - PE) - Obskure (Melodic Death Metal - CE) - Dorsal Atlântica (Thrash Metal - RJ)
Resenha & fotos: Valterlir Mendes
Eu poderia, aqui, dizer que já fazia um bom tempo que não tínhamos o Abril Pro Rock, mas há de se salientar que o festival ocorreu ano passado (2022), só que fora de época. A edição do ano passado em novembro. Não que a edição que marcava os 30 anos de festival também não tinha acontecido fora de época... O mês que abrigou o evento, em 2023, foi maio. O palco que abrigou o evento, assim como na edição anterior, foi o do Cluble Português, o qual já é bem conhecido de todo o público Headbanger, seja de Pernambuco ou de outros Estados, uma vez que por lá já passaram diversos eventos de médio porte, inclusive, com bandas internacionais.
Umas das marcas do Abril Pro Rock é o seu início muito cedo e sua pontualidade. Assim sendo, eu e mais três ‘comparsas’ pegamos a estrada às 15h00, saindo de nossa cidade: Macaparana. Já contando com atrasos, paradas no caminho e algum imprevisto, chegaríamos com folga no horário. Não foi bem o que aconteceu. Chegamos na capital pernambucana às 17h20, apenas 10 minutos antes do horário marcado para ter início as apresentações. Na frente do Clube Português uma multidão já se amontoava para trocar o ingresso e entrar. Felizmente a área de credenciamento de imprensa estava tranquila e não demorou para que eu adentrasse no local. Porém, antes, pude ver, de forma rápida, que muitas caravanas de outros Estados e até cidades pernambucanas já haviam chegado. Sinal de que a casa estaria cheia.
Como eu já mencionei, os shows estavam marcados para ter início às 17h30, porém, no local para que eu pudesse pegar a pulseira de credenciamento, alguns minutos antes desse horário, eu já podia ouvir que o primeiro show havia começado. Fato este que confirmei quando fui para a área que ocorreriam os shows. A banda responsável por abrir a maratona de shows foi o Imflawed. A banda é de Pernambuco e eu ainda não conhecia seu som. Fazendo seu show para um pequeno público e contando com uma boa sonorização de palco, o grupo apresentou seu som calcado em algo mais moderno do Thrash Metal, com bastante Groove. E mesmo que tenha sido responsável por abrir o dia do festival, com o público que chegava aos poucos, o trio mostrou segurança e qualidade no som que se propõe a fazer.
Vale salientar que o local contava com dois palcos, sendo um de menor porte, mas com a mesma estrutura de som, e o maior, que é o palco do próprio local. Claro, isso se fazia totalmente necessário, pois, dessa forma, não haveria grandes intervalos entre uma banda e outra.
E foi isso que aconteceu, já que o Torture Squad deu início a sua apresentação antes mesmo das 18h00, com o público já um pouco maior, mas nada tão grande ainda. Pelo o horário, por ser um sábado, onde muitos ainda trabalham, e pela fila, que andava aos poucos, era esperado que o público fosse realmente chegando aos poucos. Torture Squad já tocou por diversas vezes no festival. Mayrara Puertas, com o seu visual meio despojado, de boné, short, estava numa noite inspirada. Seus vocais estavam bem fortes, indo do gutural ao grave, passando por algo mais gritado e até mesmo algo mais limpo em algumas músicas. Mas achei que a sonorização vinda para o público não estava tão boa quanto na primeira banda. Achei o som meio embolado em algumas músicas, sem muita definição. Falando em problemas, a guitarra de Rene Simionato teve que ser substituída em “Horror and Torture” por problemas técnicos. Mesmo assim a banda não parou a apresentação e tudo foi sendo consertado ali, mesmo, no meio do show, com a banda “em movimento”. O show da banda trouxe velhos clássicos - “The Unholy Spell”, “Raise Your Horns”, assim como a nova “The Fallen Ones”. Show curto, com o público ainda chegando, mas que arrancou aplausos.
Apesar de haver dois palcos, era notório que o show da próxima banda seria no palco principal, afinal, era uma das grandes atrações da noite. Então, já houve uma pequena demora para que, assim, o The Troops of Doom pudesse iniciar a sua apresentação. E que apresentação, meus amigos! Com o público já em bom tamanho, praticamente o público total, a banda simplesmente fez uma apresentação avassaladora. Com uma presença de palco incrível, o baixista/vocalista Alex Kafer instigando a todos a agitar o tempo todo, além da figura icônica de Jairo “Tormentor” Guedes (guitarra) no palco, o The Troops of Doom não deixou pedra sobre pedra. O público realmente agitou nesse show, com imensas rodas de moshes. O local ficou bonito de se ver com aquelas rodas imensas e insanas. É de se salientar que o The Troops of Doom é o que podemos chamar de um verdadeiro tributo aos anos 80, com sua sonoridade calcada nos lendários primeiros discos do Sepultura. Nessa noite, com músicas sendo tocadas com ainda mais fúria e velocidade do que nos seus discos. Claro, teve “Morbid Visions” e “Troops of Doom” do velho Sepultura, o que fez o público ir à loucura (ainda mais)! Show de um nível altíssimo e que, ao meu ver, seria difícil de ser batido.
E como todos já sabem, o Abril Pro Rock não se limita, apenas aos shows. E é um festival que muitas pessoas, que não frequentariam shows isolados das bandas que se apresentaram, se fazem presentes, até mesmo pelo nome do evento. Além disso, desse reencontro, tanto de pessoas que apenas vão para festivais desse porte, há aqueles que podem se rever, seja com gente mais próxima, seja com gente que se mantém contato de outros Estados ou cidades. É uma verdadeira reunião.
Voltando aos shows, a próxima banda foi mais uma local e que eu também ainda não conhecia seu som. No palco secundário a banda Karnficyna apresentou sua música aos presentes. Notei que alguns dos presentes já conheciam a banda, que canta em português, porém era notório que a maioria estava tendo acesso à música da banda nesta oportunidade. Saliento, também, que parte do público ficava mais disperso nos shows que ocorriam no palco secundário. Karnficyna traz uma sonoridade, digamos, mais moderna, calcada no Metalcore, com muitos efeitos e ‘breakdowns’. Os vocais, como é contumaz no estilo, vai de momentos de calmaria a algo mais agressivo e gritado. Representou bem o estilo, apesar de não ser uma vertente que eu - e parece que boa parte do público - não é tão acostumado a ouvir.
O Abril Pro Rock também é conhecido por abrigar os mais diversos gêneros musicais e é claro que o Hardcore não iria ficar de fora. Mukeka Di Rato, e seus muitos anos de estrada, foi o o primeiro representante do estilo na noite. Apesar de começar o show com uma música mais Punk, alternou seu ‘set list’ com furiosos petardos Hardcore e até mesmo músicas com levadas mais ‘funkeada’ e com uma pegada reggae. Mukeka Di Rato traz, consigo, um grande currículo musical, além de shows por todo o Brasil, o que fez ter uma boa leva de fãs presente. Eu, sinceramente, nunca fui de acompanhar a banda, mas acredito que eu já tenha visto um show anterior. Mas o que importa, mesmo, é que a banda voltou a fazer com que o público voltasse para as rodas de moshes. Além disso, parte desse público mostrou que conhecia as letras, cantando junto com a banda.
Como o show do Mukeka Di Rato foi no palco principal e a próxima banda seria uma das grandes atrações da noite, houve mais um breve intervalo para organização de palco. Eu achava mais interessante quando a produção do evento usava os palcos de forma alternada. Isso fazia com que os shows tivessem mais celeridade e não houvesse - praticamente - nenhum intervalo entre eles.
Palco devidamente pronto, e o público se junta bem próximo ao palco e em toda a pista do Clube Português. A banda Crypta, capitaneada por Fernanda Fernanda Lira (baixo/vocal), que tem um forte carisma, boa presença de palco, além de suas típicas expressões faciais (as famosas caretas), fez um show forte, coeso e com o público na palma da mão. Novamente achei que a sonorização não estava boa e isso faz com que uma banda, de uma sonoridade que transita entre o Death e o Thrash Metal, não se faça entender bem. Mas quem disse que o grande público estava nem aí para isso? De início notei que o público acompanhava com a atenção a banda e a cada término de música a ovacionava. Acho que só lá para a metade do show é que começaram a se formar as típicas rodas de mosh. Mencionei Fernanda, mas as demais meninas - Luana Dametto (bateria), Tainá Bergamaschi e Jéssica Falchi (guitarras) - mostraram uma técnica e ‘feeling’ incríveis, com uma presença de palco mortal, além de bom sincronismo, seja batendo cabeça, seja agitando. Em um dos momentos do show, antes de executar “Starvation”, Fernanda a dedicou ao antigo governo, numa “singela homenagem”. Aí foi a deixa para o público mandar o já tradicional “Ei Bolsonaro, vai tomar no...”. Mas, nessa mesma música, vi algo que há muito não via num evento de Metal: uma briga. Até mesmo Paulo André, organizador do Abril Pro Rock, interveio para acalmar os ânimos. Felizmente tudo se resolveu de forma rápida. Voltando ao show do Crypta, ele pode ser inserido na categoria dos melhores da noite.
Voltando para o palco secundário, mais uma banda formada apenas por mulheres: The Damnation. Eu conhecia uma das músicas da banda pelo festival ‘on line’ da Roadie Crew. E achei uma música até interessante, com sua levada Thrash Metal compassada. E foi assim o show do trio formado por Renata Petrelli (guitarra/vocal), Aline Dutchi (baixo/backing vocal) e Janaina Melo (bateria): um Thrash Metal apresentado de forma mais técnica, sem muita velocidade e/ou agressividade. O som de baixo estava realmente bem alto, até mesmo encobrindo, por vezes, os riffs de guitarra. Mesmo com o público mais apático, boa parte foi conferir de perto o show da The Damnation, que, digo, foi bem curto. Acho que não chegou a ter meia hora de duração.
Dessa vez não houve grande demora entre uma banda e outra, já que a próxima banda teve tempo para ajustes técnicos no palco principal. E a próxima atração foi nada mais, nada menos, que o lendário Incantation! Mais conhecido nas hostes Underground, os americanos são uma verdadeira entidade do Death Metal mundial. Abro um parenteses para dizer que, durante o show da Crypta, os integrantes do Incantation deram uma volta pelo local, atendendo ao público, tirando fotos... Voltando ao palco, a apresentação me fez voltar muitos, muitos anos, acho que 20 anos (a memória é falha e não lembro bem, mas acredito que a banda havia se apresentado pela última vez em Pernambuco em 2003), quando a banda se apresentou no hoje extinto Dokas. Musicalmente não há mudanças no som do Incantation. É Death Metal em estado puro, sem lapidação, com músicas em mid-tempo, em boa parte, com algumas bases aceleradas, por algumas vezes. Os vocais de John McEntee são simplesmente cavernosos. E esse mesmo John se comunicou bastante com o público, que mesmo não agitando muito, foi conferir de perto a apresentação da banda. E mesmo que a banda execute um som mais primitivo, feito para os já iniciados, teve uma recepção bem calorosa por boa parte do público.
E vamos mais uma vez para o palco secundário. Eu já havia visto um show do Open the Coffin este ano, lá no Darkside Studio. A banda, que surgiu como um projeto do carismático e figura lendária do Underground potiguar, Cláudio Slayer, vem numa boa crescente de shows. E, sim, meus caros: show! Foi isso que o Open the Coffin deu. Com um ‘set list’ calcado nos seus dois lançamentos “Only Death Prevails” (EP, 2019) e “The World is a Casket” (álbum, 2022), a banda fez um show incrível no palco secundário! Foi a única banda daquele palco que realmente trouxe o público para agitar. Ainda me arrepio de me lembrar o que a banda fez. Botou boa parte do público para abrir rodas de moshes. A banda faz um Death Metal calcado na escola sueca do estilo, num estilo Entombed, mas com características próprias. A presença de palco de Cláudio faz toda a diferença, assim como adereços como uma caveira e pá, utensílio usado para simular o vocalista jogando terra no público. Outro fator que contou a favor do Open the Coffin: a sonorização. Estava ótima! Deixou toda a parte instrumental bem audível. Sem a mínima dúvida, o melhor show do palco secundário e que ganhou bastante elogios.
Num festival que estava completando 30 anos, não poderia faltar a lenda do Punk/Hardcore pernambucano Devotos, com seus 35 anos de carreira e uma história de muita luta e persistência. Já vi alguns shows da banda, e sei que a cada apresentação a certeza de um show com muita energia é grande. Mesmo que a banda, em alguns lançamentos, enverede por músicas com uma pegada reggae, demonstrando todo o seu apego às raízes negras da sua música, o que pega mesmo nas suas apresentações é a voracidade Hardcore. Não foi diferente neste show. E, falando por mim, eu adoro ouvir as músicas do primeiro disco sendo tocadas ao vivo. Sou grande fã do primeiro álbum da banda (quando ainda se chamava Devotos do Ódio), o “Agora Tá Valendo”, que vez ou outra tá tocando no meu aparelho de CDs. E dele veio músicas como “Vida de Ferreiro”, “Dia Morto”, “Luz da Salvação”, “Eu Tenho Pressa”, e a essencial “Caso de Amor e Ódio”. Achei as linhas de guitarras de Neilton com uma pegada mais Heavy Metal, mas pode ter sido uma impressão errada minha. Saliento que também achei a sonorização que vinha para o público meio ‘embolada’. Canibal, com seus longos dreadlocks, tem uma boa postura de palco, e sabe trazer o público para si. O resultado: a galera gastando suas últimas forças nas rodas punk. Falando em roda de punk, sempre há espaço para uma roda formada por mulheres, em “Roda Punk”. O momento vergonha alheia foi quando Canibal parou o show para mandar um cara sair do meio da roda, quando só as mulheres deveriam estar. Mais um grande show do Devotos.
A essa altura já haviam ocorrido dez shows. Muita gente já demonstrava cansaço e alguns começaram a se retirar após o show da Devotos. Mas ainda haviam mais dois shows...
O último show do palco secundário ficou sob responsabilidade de outra lendária banda do Underground nordestino: Obskure. Sempre quis ver essa banda ao vivo e não me decepcionei com o que pude ver. Apesar de já não ser um momento favorável, com uma debandada enorme do público, os cearenses fizeram um show que merece absoluto destaque. A parte de sonorização até que soou interessante. Tudo bem audível e bem definido. O Death Metal praticado pelo Obskure não fica no lugar comum e notei o uso de ‘playback’ nas partes de teclados, já que esse instrumento não estava em palco. Uma apresentação segura, calcada nos álbuns “Overcasting” (1997) e “Dense Shades of Mankind” (2012), além de mandar “Sacrifice of the Wicked” do EP de mesmo título, lançado em 2017. Em palco o quinteto fez um show excelente, mesmo que, como dito, o público já não fosse o mesmo, em número e disposição.
E olha que ainda faltava o show daquela que seria a banda principal da noite. O show que eu mais esperei em quase 30 anos. A banda que um dia pensei que nunca veria ao vivo...
Já passava da 01h00 (acho que já se aproximando das 02h00), quando a Dorsal Atlântica deu início ao seu show. Ali estava sendo um sonho realizado por mim. Mas, confesso, o horário e a maratona de shows já não me deixava curtir como eu deveria curtir um show de uma banda que sou realmente fã. Além disso, a sonorização mostrou “cansaço”. Eu fiquei bem na frente do palco, de inicio, e pouco entendia o que se tocava de “Meu Filho me Vingará”. Depois de ouvir/ver o show bem de perto do palco, fui um pouco mais para trás, para ver se a sonorização melhorava, se o problema era por ser na frente do palco, mas realmente não melhorou. E eu fiquei realmente decepcionado. Mesmo assim, no palco, a banda fez o que sempre vem fazendo: um show que não se prende apenas à musicalidade. Em palco Carlos Lopes exprime todo o seu sentimento político e visão de Brasil, por muitas vezes, entre músicas, declamando sobre isso e sendo ovacionado pelo público restante. Alguns mais desavisados esperavam que a banda viesse apenas tocando os clássicos de outrora, mas a primeira parte do show foi calcada apenas em músicas dos últimos quatro álbuns (lá estavam “Pandemia”, “Stanligrado”, “Burro”, “Belo Monte”, Gravata Vermelha”). E, claro, com Carlos Lopes com sua guitarra baiana, a qual ele deixou bem claro que é o instrumento que ele está introduzindo no Metal/Hardcore. E Carlos, acompanhado de Alexandre Castellan (baixo) e Leonardo Pagani (bateria), para um senhor de 60 anos, até que agitou, indo de um lado a outro do palco, batendo cabeça e até mesmo pulando. O público já era diminuto e realmente muito cansado. Essa posição de a Dorsal Atlântica encerrar o evento, numa maratona de shows, não me agradou. Novamente falo sobre a sonorização: ela tem que ser muito boa, até mesmo para se adequar ao instrumento de Carlos, já que ele deixa uma sonoridade bem diferente nas músicas, principalmente nos clássicos. E sobre os clássicos, eles vieram em forma de “Vitória”, “Tortura”, a fodíssima “Caçaddor da Noite”, “Guerrilha”, “Metal Desunido”, os quais chegaram a colocar alguns a abrir umas pequenas rodas de moshes. O fim surpresa, que Carlos anunciou em uma entrevista recente para este site, veio em forma de uma música de Zé Ramalho, a qual, sinceramente, não reconheci. Enfim, era o show que eu mais esperei no evento. Foi um sonho realizado, ver a banda ao vivo, mas eu esperava mais, bem mais.
O saldo final foi muito bom. Foi uma bela celebração entre pessoas, com muita gente jovem comparecendo. E digo jovem mesmo, afinal, eram crianças. Foi bonito ver meninas acompanhadas de seus pais e curtindo, de verdade, os shows. Ainda mais que muitas bandas traziam integrantes femininas. Mas não só meninas. Foi de modo geral. Encontrei amigo, depois de muito tempo no show, carregando, além dos filhos, um largo sorriso no rosto. Houve, sim, alguns problemas. Mas é um festival, e festivais são longos e cansativos. Teve uma briga, uma única briga, o que mesmo assim é algo lamentável, mas que ao menos foi resolvida rapidamente.
E, como já citei nesta resenha, o Abril Pro Rock não é apenas um festival de música. É de reencontros. É de boa cerveja e comida (se bem que certa comida teve enorme procura e não conseguiu abastecer a demanda), com valores que não agradam muito, mas que basta a cada um se adequar. Teve os stands de vendas. E tinha de tudo: camisetas, livros, CDs, miniaturas, quadros, LPs... E olha que esse foi só o primeiro dia do festival. Infelizmente não pude comparecer ao segundo dia, que rolou no domingo. A viagem, mesmo não tão longa, era cansativa, e quando chegamos a certa idade, o corpo cobra. Que em 2024 estejamos todos bem para conferir, mais uma vez, uma edição do Abril Pro Rock!