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Reviews Shows

ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
 

Recife Metal Law - O seu portal de informação!

 

Thrashera em Recife

Evento: Thrashera em Recife
Data: 05/08/2023
Local: Darkside Studio. Recife/PE
Bandas:
- Demön Haunt (Speed Metal/Punk - PE)
- Terrible Force (Thrash Metal - PB)
- Korvak (Thrash Metal - PB)
- Thrashera (Speed/Thrash Metal - RJ)
- Praga (Black Metal - SP)

Resenha & fotos: Valterlir Mendes

Fiquei sabendo da vinda do Thrashera por esses lados faz algum tempo. Mais precisamente no final do ano passado (2022), por meio da amiga Raíssa Brilhante, quando estive na capital potiguar. O Thrashera traz como ‘frontman’ o amigo Chakal, um contato de bastante anos que eu tenho e seria essa a oportunidade de o poder conhecer pessoalmente. Turnê e shows pelo Nordeste devidamente confirmados e era esperar as datas. Claro, algumas delas teria que passar por Pernambuco. Na verdade, as duas primeiras foram em Pernambuco, sendo na sexta-feira em
Caruaru e, no sábado, na capital pernambucana.

E no sábado eu me dirigi para Recife. Na viagem pensando em como os anos, o tempo, mudam as coisas. Esses eventos, de natureza Underground, eu sempre era acompanhado por algumas pessoas, mas estou vendo que cada vez menos há engajamento do público. A renovação é pequena, e a turma mais velha prefere ficar em casa. Porém, nada que me impedisse de pegar a estrada e poder conferir mais um evento este ano.

Viagem tranquila, com uma parada para comprar algo para comer na volta, afinal, ao terminar o evento, eu pegaria a estrada para voltar para a minha cidade. Chegando em Recife já me deparo com um desvio, tendo em vista estar ocorrendo um jogo do Sport Clube Recife, pelo Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão. Como não tinha colocado o GPS, fui meio que na “raça” e quando ponho o GPS para me localizar e chegar ao Darkside, eu estava a 100 metros do local. Lá chegando, um pouco antes das 20h00 (horário marcado para o início do evento), não havia qualquer movimento. Comi algo e depois subi. Lá dentro, alguns stands já armados. Também armado o merchandising das primeiras bandas que tocariam.

Como era de se esperar, nada de o evento começar no horário marcado. Assim pude trocar algumas ideias com o Tadeu Crow, Guga (Acclamatur Zine) e, claro, com o Chakal do Thrashera. Bom poder conhecer esses contatos advindos do Underground, ainda mais este, que era do período das cartas, antes mesmo de o Thrashera ser formado.

Era notório que a organização do evento estava “segurando” o início para que o público melhorasse. Porém tínhamos cinco bandas e não poderia ficar esperando por muito tempo. Assim, às 21h05, o evento teve seu início, com o Demön Haunt sendo a banda responsável por abrir os shows da noite. Já havia lido à respeito da banda, mas só tive contato com o som dos caras neste evento. Após uma “Intro”, emendaram com “War Between Centuries”. O público, ainda bem pequeno, mostrou bastante animação com o som da banda. Urgente, pugente, veloz e agressivo. Metalpunk em sua essência, bem influenciado pela ‘velha escola’. O trio mostrou um bom entrosamento e, ao seu favor, uma sonorização muito boa, deixando tudo bem audível para o público. E, mesmo que o público ainda estivesse chegando, os presentes fizeram sua parte, abrindo umas rodas punks. O show teve cerca de 30 minutos e temas como “Unleash the Rebellion”, “Never Wise Enough” e “Hail to Cruelty (Yellowgoat)”. O show seria finalizado com “Anthropocene”, porém o público pediu mais uma, e o Demön Haunt repetiu a música de abertura, “War Between Centuries”. Muito bom show, com uma banda instigada e segura em palco.

Após um intervalo de cerca de 30 minutos, a segunda banda da noite já foi chegando e indo direto para o palco. Fiquei sabendo, depois, que houve um atraso e quase que o Terrible Force não chega a tempo. E parece que esse atraso fez com que a banda tocasse com mais fúria. Fazia anos, muitos anos, que eu não via a banda ao vivo. O último show que vi da banda, o guitarrista Osmair Luiz ainda tinha os cabelos compridos. A essa altura, o público já era um pouco mais numeroso, mas não ao ponto de ser um público bom (no sentido de quantidade). Voltando a comentar sobre o som, notei que a banda está mais pesada, agressiva, inserindo doses cavalares do Death Metal em seu típico e veloz Thrash Metal. Os vocais também estão numa linha mais gutural, mais Death Metal. A sonorização não estava tão ‘limpa’, razão pela qual achei as linhas de guitarras um pouco baixas, sendo encoberta pelo baixo de Ricardo Henrique (que também é o vocalista) e pela bateria de Vitor Alves. Vale mencionar que Vitor espancou sem qualquer piedade o kit de bateria. A banda tem apenas um álbum lançado e, neste show, informou que o novo álbum será lançado ainda este ano, em outubro. Assim sendo, o Terrible Force apresentou músicas como “Ritual”, “Who is the Killer?”, “Black Widow”, que estarão no próximo lançamento, com temas como “Doomed to Die”, “Madness” e “Despair”, presentes no álbum de estreia. O público, de início, estava meio frio, mas depois começou a agitar, já que a banda fez um show bem enérgico.

Após mais um intervalo, era chegada a hora do Korvak dar início a sua apresentação. Eu vi um show do trio ano passado, em João Pessoa, e esperava que esse show em Recife fosse realmente muito bom. E não me decepcionei. Após a banda executar “Korvakian’s Arrival”, uma espécie de introdução, com direito a interessantes levadas de bateria, a banda mandou “Korvak Attack!”. Destaco que desde o início, com a introdução, o público já estava a frente do palco, e não se poupou. Mesmo o microfone teimando em não ficar no lugar, André Luiz se garantiu, seja com os vocais graves, nas linhas graves e velozes do seu baixo e na sua agitação constante em palco, o que contagiava ainda mais o público presente. A banda atualmente vem divulgando o seu mais novo álbum, “II - World’s Duality”, lançado recentemente. E, desse álbum, além das duas primeiras músicas, mandaram “March to Death”, “Slaugther by Knives”, “Trial of the Century”... Não faltando, também, músicas do primeiro disco, homônimo, tais como “Mind Malefactor” e a insana “Maniac”, que serviria para encerrar o show. Porém, após vários pedidos, ficaram para executar “...What Comes From the Moon?”, encerrando, assim, um show insano, do início ao fim. O Korvak executa um Thrash Metal com uma sonoridade bem própria. Há diversos elementos em sua música, mas mesmo com a alternância de andamentos, a banda não perde a energia.

A principal banda da noite, Thrashera, foi a próxima a adentrar ao palco, porém demorando um pouco mais para ajustes do que as bandas anteriores. O tempo maior para ajustes foi em razão de que a banda estaria gravando o show para um futuro lançamento em DVD. E, mesmo com todos os ajustes, houve muitos problemas com o microfone. Ao menos no início. E também achei que os vocais graves de Chakal ficaram meio apagados. Mas a banda ficou alheia a tudo isso e não deixou que isso interferisse em sua apresentação. Iniciando seu show com “Metal!”, o público estava meio tímido, apenas olhando o Thrashera em palco. Mas a instigação, a fúria e a velocidade da banda, executando temas como “Sangue ao Metal”, “A Viúva do Capeta”, “Noite Obscena”, instigou os presentes, que logo foram para a frente do palco, agitar junto com a banda. Chakal estava realmente possesso e em músicas que exaltam o Metal, colocava ainda mais fúria nos seus vocais. O ‘set list’ abrangeu músicas de diversas fases da banda, mas, claro, dando maior ênfase ao disco mais recente, “Bastardos da Noite”. A pegada furiosa da banda, com seu Speed/Thrash Metal numa linha mais ‘old school’ e até mesmo fazendo algo mais primitivo em algumas passagens, é um belo convite para o mosh e o bagin’, algo que ocorreu praticamente durante toda a apresentação do Thrashera. Chakal, por algumas vezes, conversou com o público e mostrou toda a sua satisfação de estar tocando pelo Nordeste, o que era um sonho antigo da banda. Além das músicas próprias, a banda ainda mandou um cover para “Guerreiros de Satã” do Vulcano, com os vocais sendo divididos com Aschmedai do Praga. O fim do show veio com “Boteco Selvagem”, encerrando de forma realmente selvagem essa excelente apresentação da banda na capital pernambucana.

Já passava das 02h00 e ainda havia mais uma banda para se apresentar. O público, que já era pequeno, após o show do Thrashera debandou, ficando apenas algumas pessoas para conferir a banda Praga, que traz nos vocais Aschmedai, esta sendo acompanhada por Bode de Sade (guitarra) e Surtur Impurus (bateria), ambos do Thrashera. Aschmedai também é a guitarrista da banda, porém um acidente a impediu de tocar nesse evento, já que estava com uma das mãos imobilizada. Assim, Bode de Sade assumiu a guitarra e o show foi feito sem a presença de um baixo. Praga faz um Black Metal em português, com vocais vociferados e - para ser bem redundante - com puro ódio. As músicas, em sua maioria, foram executadas com bastante velocidade, com uma ou outra apresentando algumas passagens mais marcadas. A sonorização, apesar de todos os shows que ocorreram, estava muito boa até o final. Foi um bom show, porém, como já mencionei por diversas vezes, em todos esses anos que faço resenhas de eventos, o número maior de bandas em um evento acaba prejudicando quem toca por último, pois o público costuma não ficar até o fim, ainda mais quando os shows se estendem pela madrugada.

O ponto fraco da noite, como já mencionei diversas vezes nesta resenha, foi o público pequeno. Em conversa com Rostan da Gravura Art Studio, mencionamos sobre esse afastamento do público, e são diversos fatores que levam a isso. Horário, diversos eventos ocorrendo semanalmente, falta de renovação do público, alguns que preferem ver shows no YouTube ou apenas reclamar e falar mal de bandas... Mas, enfim, quem esteve presente gostou bastante de todos os shows que aconteceram.
 
 
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